sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Para ler e meditar

Papa Francisco na primeira grande entrevista após a eleição: do que a Igreja mais precisa é curar as feridas e aquecer os corações dos fiéis
A revista “Brotéria”, propriedade dos Jesuítas Portugueses, publica esta quinta-feira no seu site uma entrevista exclusiva que o papa Francisco concedeu a 16 publicações periódicas da Companhia de Jesus ao longo de três encontros, a 19, 23 e 29 de agosto, no Vaticano. “Quem é Jorge Mario Bergoglio?”, “viver em comunidade”, “ouvir os outros”, “santidade para todos”, Igreja de portas abertas”, “o que a Igreja mais precisa”, “uma Igreja à procura de novos caminhos”, “Igreja e homossexualidade”, “aborto, casamento homossexual e métodos contracetivos”, “anunciar o essencial está primeiro do que as normas morais”, “sinodalidade”, “mulher na Igreja”, “perigo da instrumentalização do rito litúrgico anterior ao Concílio Vaticano II”, “encontrar Deus no dia a dia, “paciência com Deus”, “desconfiar de quem diz saber tudo de Deus”, “a surpresa de Deus”, “soluções disciplinares e segurança doutrinal”, “referências culturais”, “fé de fronteira”, “pensamento da Igreja” e “oração”, são alguns dos temas e questões abordadas na entrevista, de que apresentamos alguns excertos.
Bispos precisam de bom humor, diz papa Francisco
«Perguntai-vos: aqueles que batem à porta da minha casa, como é que a encontram? Se a encontram aberta, através da vossa bondade, da vossa disponibilidade, experimentarão a paternidade de Deus e compreenderão como a Igreja é uma boa mãe que acolhe e ama sempre.» «Nós, pastores, não somos (…) homens ambiciosos, esposos de uma Igreja na expetativa de outra mais bela, mais importante ou mais rica. Isto é um escândalo. (…) Estai bem atentos para não cairdes no espírito do carreirismo. É um cancro. Não é só com a palavra, mas também e sobretudo com o testemunho concreto de vida, que somos mestres e educadores do nosso povo. O anúncio da fé pede que se conforme a vida ao que se ensina. Missão e vida são inseparáveis. Há uma pergunta a fazer a cada dia: o que vivo corresponde ao que ensino?» O papa Francisco dirigiu esta quinta-feira alguns conselhos a prelados recentemente nomeados, a quem pediu para não se tornarem «bispos de aeroporto», sempre em viagem e distantes da proximidade com os fiéis que lhe estão confiados, tendo-lhes também sugerido que cultivem o bom humor.

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