quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Pastoral da Cultura

Três apelos aos cristãos
Na conjunção do evangelho e do homem, da fé e da dimensão antropológica, joga-se hoje o futuro da fé cristã. Se houve e existe um fracasso, é o da transmissão, da «tradição» da fé, mas o antídoto consiste apenas no restabelecimento do primado do evangelho e da escuta do humano. Num período em que tudo está posto em causa – a concepção da relação com o seu corpo, com o outro sexo, com o sofrimento, com o tempo, com a natureza … – é necessário elaborar respostas de sabedoria que digam quem é o ser humano e como se pode humanizar mediante uma qualidade de vida pessoal e de convivência.

Solidariedade nas empresas: Perspetiva cristã para gestores e trabalhadores
Quem permanece na empresa não pode deixar de sentir-se interpelado, não pode deixar de preocupar-se com o que poderá fazer para ir ao encontro de quem é despedido. Antes de tudo, seria necessário assegurar uma proximidade sincera e cordial, para que a exclusão do trabalho não fosse uma premissa para uma exclusão social ainda mais dolorosa e mais grave. Depois, penso em formas concretas de solidariedade e de atenção para apoiar economicamente quem foi expulso da atividade laboral. No entanto, não podemos esquecer-nos de que em alguns setores subsistem e perduram formas de corporativismo que protegem e tutelam amplamente quem faz parte da corporação, fornecendo tutelas e privilégios a estes trabalhadores. Mas tais proteções não estarão em contradição, e muito claramente, com o clima global de recessão que atinge e penaliza a maior parte dos trabalhadores? Já para não referir que muitas destas proteções e tutelas chegam a impedir que outros trabalhadores – sobretudo os jovens – entrem nesse sistema.


Cristãos não devem ser legalistas e a fé não pode ser um peso, sublinha papa Francisco
O papa Francisco alertou esta terça-feira, no Vaticano, para os comportamentos hipócritas ou legalistas que distanciam as pessoas da fé, tendo também criticado os «cristãos corruptos». Nas suas pregações, Jesus «ensinava como quem tem autoridade, e não como os escribas», que «ensinavam, pregavam, mas atavam as pessoas com muitas coisas pesadas às costas, e a pobre gente não podia avançar», afirmou na homilia da missa a que presidiu, refere a Rádio Vaticano. «Quantas vezes o povo de Deus não se sente querido por parte daqueles que devem dar testemunho: dos cristãos, dos leigos cristãos, dos padres, dos bispos… “Mas, pobre gente, não percebe nada… Deve fazer um curso de teologia para perceber bem”», ironizou o papa.

Sem comentários: