sexta-feira, 21 de março de 2014

Léxico do bom viver social

Não é utopia uma alternativa à economia de domínio
A comunhão é felicidade, bem-estar, bem-viver. Mas dentro de nós e à nossa volta a vida mostra-nos continuamente um espetáculo de não-comunhão. Dizer – e recordá-lo sempre – que a comunhão é vocação da humanidade significa ter uma ideia acerca da saúde e da doença das sociedades humanas. O humanismo hebraico-cristão, por exemplo, fala-nos de um início da humanidade na comunhão, um início que é também o fim último da história, a meta para a qual tendemos. A não-comunhão não é nem a primeira nem a última palavra sobre o destino do homem. Dizer que a comunhão é a saúde e a não-comunhão a doença, significa ter uma ideia da terapia necessária. A cultura dominante, pelo contrário, está a inverter esta ordem e transformou a doença em saúde. É o que faz quando diz que a rivalidade, a inveja e a prepotência são os principais agentes de crescimento económico; e que a concórdia, a gratuidade e a igualdade não fazem crescer o PIB.

Sem comentários: