sábado, 8 de novembro de 2014

32º Domingo - Ano

Festa da Dedicação da Basílica de Latrão
Evangelho - Jo 2,13-22
Comentário Breve
A Basílica de S. João de Latrão, cuja “dedicação” ou consagração aconteceu no ano de 320, é a catedral do Papa, enquanto Bispo de Roma. Ela é a “mãe de todas as igrejas”, o símbolo das Igrejas de todo o mundo, unidas à volta do sucessor de Pedro.
A Festa da Dedicação da Basílica de Latrão, que este ano celebramos ao domingo, convida-nos a tomar consciência de que a Igreja de Deus (que a Basílica de Latrão simboliza e representa) é hoje, no meio do mundo, a “morada de Deus”, o testemunho vivo da presença de Deus na caminhada histórica dos homens.
O Evangelho que nos é proposto nesta Festa diz que é olhando para Jesus que poderemos responder a tantas pergunta que constantemente o homem levanta, nomeadamente, como O encontrar, chegar até Ele ou perceber e descobrir propostas e caminhos.
Somos convidados a olhar para Jesus e a descobrir nas suas indicações, no seu anúncio, no seu “Evangelho”, aquela proposta de vida e de salvação que Deus nunca desistiu de nos apresentar.
Os homens do nosso tempo têm de ver no rosto dos cristãos o rosto bondoso e terno de Deus; têm de experimentar, nos gestos de partilha, de solidariedade, de serviço, de perdão dos cristãos, a vida nova de Deus; têm de encontrar, na preocupação dos cristãos com a justiça e com a paz o anúncio desse mundo novo que Deus quer oferecer a todos os homens.
Talvez o facto de Deus parecer tão ausente da vida, das preocupações e dos valores dos homens do nosso tempo tenha a ver com o facto de os discípulos de Jesus se demitirem da sua missão e da sua responsabilidade.
Por isso, importa perguntar se o nosso testemunho pessoal é um sinal de Deus para os irmãos que caminham ao nosso lado? A vida das nossas famílias dá testemunho da vida de Deus?
A Igreja é essa “casa de Deus” onde qualquer homem ou qualquer mulher pode encontrar essa proposta de libertação e de salvação que Deus oferece a todos?
Ao gesto profético de Jesus, os líderes judaicos respondem com incompreensão e arrogância. Consideram-se os donos da verdade e os únicos intérpretes autênticos da vontade divina. Instalados nas suas certezas e preconceitos, nem sequer admitem que a denúncia que Jesus faz esteja correcta. Aquela auto-suficiência impede-os de ver para além dos seus projectos pessoais e de descobrir os projectos de Deus.
Trata-se de uma atitude que, mais uma vez, nos questiona.
Quando nos barricamos atrás de certezas absolutas e de atitudes intransigentes, podemos estar a fechar o nosso coração aos desafios e à novidade de Deus.

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