sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Bíblia não é comunista, embora possa parecer, diz papa, que alerta: Cristãos incoerentes afastam ateus da fé
Francisco citou a passagem bíblica proclamada nas missas desta quinta-feira, que diz: «Privastes do salário os trabalhadores que ceifaram as vossas terras. O seu salário clama; e os brados dos ceifeiros chegaram aos ouvidos do Senhor do Universo». «Se alguém ouve isto, pode pensar: “Mas isto foi dito por um comunista”. Não, não, disse-o o apóstolo Tiago. É palavra do Senhor. É a incoerência. E quando não há a coerência cristã e se vive com esta incoerência, faz-se o escândalo. E os cristãos que não são coerentes fazem escândalo», afirmou o papa. «Muitas vezes ouvimos dizer: “Mas padre, eu creio em Deus, mas não na Igreja, porque vós, os cristãos, dizeis uma coisa e fazeis outra”», ou «Eu creio em Deus, mas em vós não», disse o papa, que apontou a origem destas posições: «É por causa da incoerência». A seguir, Francisco propôs um caso de vida: «Se tu estás diante de um ateu – imaginemos – e ele te diz que não acredita em Deus, tu podes ler-lhe toda uma biblioteca, onde se diz que Deus existe, e até provar que Deus existe, e ele não ficará com fé».

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Hoje - Azenhas do Mar

- QUINTA-FEIRA: Adoração ao SS.mo Sacramento, nas Azenhas do Mar às 21h30.
Unção dos Doentes não é presságio de morte, mas Cristo que dá a mão a quem sofre, sublinha papa Francisco
«No momento da dor e da doença não estamos sós», vincou esta quarta-feira o papa Francisco durante a audiência geral desta quarta-feira, no Vaticano, dedicada ao sacramento da Unção dos Enfermos, que que não é a antecâmara do funeral. Perante 50 mil pessoas reunidas na Praça de S. Pedro, o papa sublinhou que a Unção dos Doentes permite a quem a recebe «tocar com a mão a compaixão de Deus pelo homem», refere a Rádio Vaticano. «Há um pouco a ideia de que quando alguém está doente e vem o sacerdote, depois dele chegam as cerimónias fúnebres; e isso não é verdade. O sacerdote vem para ajudar o doente ou o idoso. Por isso é muito importante a visita dos sacerdotes aos doentes», frisou. Com a Unção dos Doentes, «é Jesus que chega para o erguer, para lhe dar força, para lhe dar esperança, para o ajudar. E também para lhe perdoar os pecados. E isto é belíssimo».
Mais instruídos mas menos solidários
Ao que parece temos criado um contexto de vida e uma cultura onde nos educamos apenas e só para ter, partindo do princípio que o processo será sempre numa lógica ascendente. Educamo-nos e formamo-nos no pressuposto de que somos invulneráveis e tornamo-nos de facto insensíveis à vulnerabilidade – bebemos para esquecer, engordamos para nos satisfazer, endividamo-nos para bem estar, medicamo-nos para não deprimir, suicidamo-nos no desespero de possuir tudo o anterior mas não ter sentido para viver. Centrados numa visão individual, e em fuga face aos pontos mais frágeis, limitamo-nos também na nossa capacidade de viver plenamente a alegria e a consciência de gratidão e de amor que nos torna vulneráveis, mas nos confere a esperança e o sentido porque é na vulnerabilidade e na relação que nos tornamos mais humanos! O mais que temos conseguido é para o menos que estamos a viver? Afinal que mais queremos Ser?

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Retoma económica distante das IPSS

Lisboa, 25 fev 2014 (Ecclesia) – O presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS), padre Lino Maia disse hoje que os sinais de retoma económica de que fala o governo “não chegaram às instituições de solidariedade” onde chegam cada vez “mais pedidos de ajuda”.

Leitura: “O sonho do papa Francisco – Os jovens no coração da Igreja”
«Que Igreja “serviria” para os homens de hoje, que são como os dois discípulos de Emaús? Então, o Papa desenha, em positivo, um retrato de Igreja realmente cheio de vida, acompanhando-o com uma análise da condição do homem contemporâneo: “Precisa-se de uma Igreja que não tenha medo de entrar na sua noite. Precisa-se de uma Igreja capaz de encontrá-los no seu caminho. Precisa-se de uma Igreja capaz de inserir-se na sua conversa. Precisa-se de uma Igreja que saiba dialogar com aqueles discípulos que, fugindo de Jerusalém, vagueiam sem destino, sozinhos, com o seu desencanto, com a sua desilusão de um cristianismo que já se considera terreno estéril, infecundo, incapaz de gerar sentido.” O elenco, quase litânico, contém uma visão fortemente projetiva. O retrato que daqui emerge é o de uma Igreja capaz de aproximar-se de cada homem e de caminhar ao lado dele.» Do livro “O sonho do papa Francisco”, publicado em fevereiro pela Paulinas Editora, apresentamos um excerto, extraído do capítulo “Emaús: o rosto futuro da Igreja”.

Partilha

Olá, meninas e meninos! Ah, enganei-me?!
Ainda no contexto do "Sermão da Montanha", atrevo-me a enviar-vos um escrito de São Cipriano:

                                  "DEUS NÃO ESCUTA A VOZ, MAS O CORAÇÃO"

Abraço fraterno na ALEGRIA do RESSUSCITADO.
ana saldanha (elemento da Equipa Casais Stª Maria/Colares)

- Agenda para hoje -

Lisboa
1.º Seminário de História do CristianismoPara saber mais: Pastoral da Cultura

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Vaticano 23-02-2014

Papa Francisco apela aos cardeais para fugirem das «intrigas» e pede-lhes para amarem quem é hostil à Igreja
O papa afirmou este domingo, no Vaticano, que cada cardeal «entra na Igreja de Roma, não entra numa corte», pelo que deve evitar «hábitos e comportamentos de corte», nomeadamente «intrigas», «falatório» ou «favoritismos». «A nossa linguagem seja a do Evangelho: “sim, sim, não não”», frisou na missa a que presidiu na basílica de S. Pedro com 18 dos 19 novos cardeais e a maior parte dos membros do Colégio Cardinalício, refere a Rádio Vaticano. Francisco vincou a necessidade de um comportamento exemplar por parte dos cardeais e do próprio papa: «O Senhor Jesus e a mãe Igreja pedem-nos para testemunhar com maior zelo e ardor estas atitudes de santidade». «Por isso – prosseguiu, amemos aqueles que nos são hostis; bendigamos quem diz mal de nós; saudemos com um sorriso quem talvez não o mereça; não aspiremos a fazermo-nos valer, mas contraponhamos a mansidão à prepotência; esqueçamos as humilhações sofridas.»

Léxico do bom viver social

Regenerar as virtudes subvertidas
Ultrapassámos por certo o ponto crítico da vida exterior (consumos, mercadorias, técnica), e assim parece-nos normal a grande carestia e incapacidade de interioridade, de meditação, de oração em que gradualmente precipitámos. A mesma sorte coube à imunidade. A boa conquista moderna de espaços e momentos de vida privada imune de poderosos e patrões, transformou-se numa “cultura da imunidade” na qual já não se abraça, nem sequer se toca, ninguém, cultura que está a fazer murchar tudo e todos; e assim uma maré cheia de solidão está inundando cidades e vidas. Habituamo-nos a sofrer sozinhos, a morrer sós, a crescer sozinhos em quartos fechados, vazios de pessoas amigas; mas cheias de demónios que nos roubam os filhos. Falar destes grandes temas civis é um primeiro passo decisivo para tomar deles consciência e para não ultrapassar outros pontos críticos que surgem no horizonte. Para nos determos ou mesmo voltar atrás: em alguns raros mas luminosos casos os povos foram capazes de fazê-lo.

Partilha

Uma saudação amiga em Xpto, com desejos de um fim de semana repousante, pelo menos da chuva, uma vez que o sol já nos veio visitar. Já fazia falta estes dias de luz!
Esta semana e, continuando o Sermão da Montanha, (Mateus 5,38-48), Jesus fala-nos da chamada lei de talião que é aquela que normalmente conhecemos por  "dente por dente, olho por olho, etc", isto é, tu fazes-me mal, eu pago da mesma maneira, toma lá a ver se gostas.  É uma lei antiquíssima que remonta a mais ou menos 1700 antes de Cristo (era uma lei avançada e como se pode imaginar não representando barbaridade nenhuma, pois o que vigorava era a pura vingança e violência, como por exemplo, tiraste-me o lugar de estacionamento do carro, agora vou-te furar os pneus e faço-te um risco no carro..... e por aí fora. Na lei de talião (lei do corte ou contusão), recai apenas sobre o infractor um mal igual ao feito e não uma vingança dobrada.
Vamos ver como Deus vai ensinando a mudar o duro coração do homem. É Deus a fazer História com a Humanidade!
Hoje na 1ª leitura (Levitico 19- Antigo Testº) Deus diz-nos "não odiarás", "não te vingarás", não guardarás rancor". "amarás o teu próximo como a ti mesmo"
Isto para nos dizer como a lei dos homens, naquela época, era uma barbaridade. E agora? contra põem vocês. Agora continua a ser injusta.... (a dos homens).
Entretanto haviam algumas correntes, no tempo de Jesus, que diziam "não faças aos outros o que não queres que te façam" ou "faz aos outros o que queres que te façam" Aqui o homem é o centro, é a medida do fazer. Claro que, para a época,é uma lei de ouro, mas sempre com o homem por medida. O homem limitado, frágil e por vezes mauzinho para termo de comparação do fazer aos outros.... (dá o que dá, ainda hoje nos nossos dias.... sabe Deus!)
Mas vamos ver a progressão de um povo que acredita num Deus de Amor e Misericórdia, que com ele caminha.
Neste ambiente; Jesus vem-nos dizer "Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei". Esta frase é cortante... este Jesus é p'ra frentex e estes ditos vão-Lhe sair caros..... 
Agora a medida já não sou eu. É Ele!  É uma medida sem medida!
Pensei: subiu ao alto da montanha para nos transmitir a felicidade (bem aventurados....), apontando-nos caminhos (o Sal da terra e a Luz do mundo, não matarás, não só a vida física, mas a esperança, o amor, a verdade e a justiça no teu coração e no do teu irmão. Manda-nos ser perfeitos como o nosso Pai que está nos céus o É) e, mais tarde, irá subir novamente ao monte ao Monte Calvário, para nos dizer, com a VIDA, como é AMAR.... AMAR COMO ELE! Sem limites, radical.  Amar porque AMA!  ELE É AMOR!  Dom gratuito
E como o AMOR é MISERICÓRDIA Ele, na cruz, vai dizer "Pai perdoa-lhes porque não sabem o que fazem" Sublime... DÁ A OUTRA FACE!
OH JESUS, como eu Te amo! Eu Te amo à minha medida, frágil é certo, dentro da minha imperfeição e pequenez. Eu Te adoro!. Humildemente te peço,  toma a minha vida em Tuas mãos, ajuda-me, eu quero ser um Homem Novo,...modela o meu coração!

Eu espero Senhor que um dia,  o meu coração. que tanta dificuldade tem em aprender a AMAR,  permanecerá eternamente no Teu AMOR.

 Para todos vós um fraterno abraço, na ALEGRIA de um DEUS que nos AMA,
ana saldanha (elemento da Equipa Casais Stª Maria/Colares)

domingo, 23 de fevereiro de 2014

7º domingo do tempo comum – Ano A

Evangelho - Mt 5, 38-48

Comentário breve

A liturgia do sétimo domingo do tempo comum conduz a nossa atenção à vocação primordial de cada baptizado: ser santo.
As leituras sugerem que o caminho do discípulo é um percurso sempre inacabado que exige de cada um que o percorre, em cada dia, um compromisso sério e radical com o Reino, cuja expressão é o amor e a partilha.
Fica um convite de fazer o caminho com os olhos permanentemente colocados nesse Deus que nos espera no final da viagem.
No Evangelho, acompanhamos Jesus na apresentação, no contexto do novo sermão da montanha, da Lei de vida. Contudo, advertindo para a tentação de uma prática "mecânica" de um conjunto de preceitos, Mateus perspectiva que se torne uma expressão verdadeira do compromisso com Deus e com o Reino.
Hoje, Cristo pede aos seus que aceitem inverter a lógica da violência e do ódio, pois esse “caminho” só gera egoísmo, sofrimento e morte; e pede-lhes, também, o amor que não marginaliza nem discrimina ninguém, atrevia-me a dizer, nem mesmo os inimigos. Este é o caminho que de santidade que constrói o Reino.
O conjunto de exemplos concretos do Evangelho aponta numa única direcção: os membros da comunidade de Jesus devem manifestar a todos um amor sem medida, que vai muito além daquilo que é humanamente exigido. Assim se inaugura uma nova era de relações entre os homens.
Olhando para a actualidade, mundial e local, assistimos ao grande paradoxo da nossa era: tanto elevamos o discurso do Direitos Humanos e, em vez de fazermos guerra à violência, continuamos, por actos e omissões, a pisar os nossos irmãos no que mais de elementar a vida tem que é viver.
Fica o desafio de construir um mundo mais amável e de o transmitir aos nossos vindouros.

sábado, 22 de fevereiro de 2014

Igreja «é também casa dos cristãos divorciados e daqueles que se recasaram», considera novo bispo do Porto
D. António Francisco dos Santos, que o papa Francisco nomeou esta sexta-feira bispo do Porto, considera que a Igreja deve ter mais atenção às pessoas que se separaram do seu cônjuge ou que se voltaram a casar. «A consciência de que a Igreja é também a casa dos cristãos divorciados e daqueles que se recasaram, e o desejo expresso de que o exercício da justiça também nos Tribunais Eclesiásticos deve ser mais célere não bastam para tranquilizar pessoas que desejam viver uma comunhão maior de fé, de sacramentos e de missão na Igreja», sublinha. «Urge uma pastoral matrimonial e familiar mais atenta aos novos problemas para que, longe de submetermos estes casais à resignação ou de os precipitarmos no afastamento da Igreja, lhes saibamos incutir esperança e incentivar novos caminhos a quem nunca falte a certeza da misericórdia e bondade de Deus e a garantia da presença materna da Igreja», frisa o bispo no prefácio da obra “Alianças partidas”.

REZE. ACENDA UMA VELA

 Unamo-nos em oração. Acenda uma vela virtual no nosso site. Em cada Domingo será acesa uma vela no Santuário de Nossa Senhora de Fátima, simbolizando todas as velas acesas aqui.
ORAÇÃO PELA PAZ
Ó, Maria, doce Mãe de Jesus Cristo,
o Príncipe da Paz,
eis a vossos pés vossos filhos tristes,
perturbados e cheios de confusão,
pois afastou-se de nós a paz
por causa dos nossos pecados.
Intercedei por nós
para que gozemos a paz com Deus
e com nosso próximo
Ó Maria, doce mãe de Jesus,
o Príncipe da Paz,
olha especialmente pelos nossos irmãos na Ucrânia e concede o dom da Paz.

Nossa Senhora de Fátima rogai por nós, rogai pelo povo da Ucrânia,

Amén

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Deus abraça-nos quando nos confessamos, diz papa Francisco
O papa Francisco afirmou hoje, na audiência geral das quartas-feiras realizada na Praça de S. Pedro, no Vaticano, que o sacramento da Reconciliação (confissão) é «um abraço» de Deus a quem o recebe. A Reconciliação, à semelhança da Unção dos Doentes, «é um sacramento de cura»: «Quando vou confessar-me, é para me curar: curar-me a alma, curar-me o coração por alguma coisa que fiz que não está bem», salientou Francisco, citado pela Rádio Vaticano. «Celebrar o sacramento da Reconciliação significa ser envolvido num abraço caloroso: é o abraço da infinita misericórdia do Pai», realçou. Francisco também acentuou a dimensão comunitária da Reconciliação, contrapondo os argumentos de quem defende que o perdão de Deus obtém-se numa relação direta, sem mediações. «Alguém pode dizer: “Eu confesso-me apenas a Deus”. Sim, podes dizer a Deus: “Perdoa-me”, e dizer os teus pecados. Mas os nossos pecados são também contra os irmãos, contra a Igreja, e por isto é necessário pedir perdão à Igreja e aos irmãos, na pessoa do sacerdote», apontou.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Algumas Palavras sobre o maravilhoso "SERMÃO DA MONTANHA"

OLÁ! CÁ ESTOU EU PARA FALAR CONVOSCO, OU ANTES, VOCÊS A OUVIREM A CHATA.
Quero partilhar convosco, o que já não faço há muito tempo, o IV Domingo do Tempo Comum - Ano A (que, se não estou em erro, foi no dia 02.02.14) e que este ano coincidiu com a Festa de Apresentação do SENHOR, isto é, de acordo com a Lei de Moisés, Maria e José levaram o Menino Jesus ao templo para o apresentarem ao Senhor.

Se não tivesse havido esta coincidência, a liturgia, concretamente o Evangelho (Mat. 5, 1-12a), ter-se-ia debruçado sobre o maravilhoso Sermão da Montanha..... BEM AVENTURADOS... FELIZES... 

Só um DEUS de AMOR, com tanta Misericórdia como o nosso, sabe saudar assim....! Só Jesus tem tanta felicidade para nos dar e  transmitir. Sabemos nós-eu-recebe-la?

No Sermão da Montanha Jesus repete 9 vezes a palavra "bem-aventurados, ou seja, se não é abuso meu, "felizes sóis vós". Enche-me por completo....

Alguém me disse um dia que as "BEM-AVENTURANÇAS" são o coração do Evangelho.

E é aqui que Deus, pelo anuncio de Jesus, nos fala concretamente dos caminhos que se abrem ao Homem. O que faço Senhor Jesus para ser feliz? Tu me dizes, mas como sempre e inesperadamente : bem-aventurados os pobres de espírito, felizes os mansos, os que lutam pela justiça os que promovem a Paz , os puros........Quando escuto esta Tua voz no meu coração, fico fascinada e em simultâneo tão leve e tão pequenina, como se a minha alma fosse um pássaro elevando-se no céu.... "Caiu na real" e aterro... mas Senhor como?  neste mundo, nesta terra tão agressiva...... Mas Tua voz continua e vais nomeando os que choram, os perseguidos, os que perdoam, os que amam, os que acreditam em Mim e comigo fazem o Caminho da Salvação. ... Alegra-te Eu estou contigo!

E depois, nas leituras dos domingos seguintes (do V até ao IX) continua o Sermão da Montanha: "vós sois o SAL da terra"  (Mat. 5,13-16) "vós sois a LUZ do mundo" (Mat 5,14).

O mundo é a nossa casa em ponto grande ....e são muitos os irmãos que passam fome, não tem casa nem agasalho, não tem paz nem saúde, tem a solidão por companhia ..... e eu vou-me blindando dentro das portas e janelas do meu egoísmo e comodismo e é assim que vou ficando cada vez mais insípida deixando que a minha luz se esmoreça.....

Na continuação do Sermão, Jesus no VI Domingo (Mat. 5, 17-37) - o de ontem, dia 16 -  diz-nos que não veio abolir a Lei dada a Moisés nem  (Dez Mandamentos, também conhecida pelas Tábuas da Lei), mas completa-la. Veio completa-la com a Lei do Amor! É o regresso ao coração.

Lá vem Ele, depois do Sal e da Luz  falar-nos de homicídio, adultério, divórcio e perjúrio. Diz-nos para não alimentarmos dentro de nós raivas ou rancores, ciúme ou inveja, ódio ou desprezo "não matarás" Sim, não matar para além da vida humana no sentido literalista e legalista da palavra, é preciso ir mais longe. Pede-nos para não matar a esperança no coração do próximo. "Quem não ama seu irmão é homicida" (1Jo)

Assim, também o adultério, o divórcio e o perjúrio, representam o fim de um amor, que é sempre um acontecimento dramático. Hoje, na nossa sociedade, são factos que acontecem com maior regularidade, no entanto, são sempre estados de dor e sofrimento para quem os vive.

O Livro de Ben-Sirá (15,16-21) lembra-nos que os mandamentos de Deus estão todos cheios de bondade, e eu atrevo-me a dizer, também cheios de Misericórdia.

É o nosso Deus! ELE AMA-ME! A mim, a ti e a todos! Ele veio para todos, reconhece-Lo é  a nossa ALEGRIA!

São estes os caminhos do Senhor! .... Os caminhos que o Senhor nos convida a caminhar, com alegria e felicidade de quem dá e recebe (por mim nem sempre!).

No próximo domingo (VII -Tempo Comum), continuará Jesus com o Sermão da Montanha, falando-nos na "lei de talião" (aquela que conhecemos por olho por olho, dente por dente..), contrapondo a Sua "Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei".

Compreendo estes textos como uma sequência, em que Jesus nos aponta o caminho para sermos Felizes :-Bem-Aventurados....os......se....

Já escrevi por meio mês, e eu queria muito falar sobre "os pobres, os que choram (também de alegria!), os que tem fome, os misericordiosos, etc. mas isto vai longo. Um dia vocês vão-me aturar ....

Um abraço em Cristo, nossa Pascoa, ana saldanha (elemento da Equipa Casais Stª Maria/Colares)

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Os media que nos aspiram para a morte
O modo de olhar o mundo quase só pela negativa (pela desgraça que acontece, pela facada e pelo sangue, pelo roubo espetacular e pelo assalto violento, pela bomba que explodiu), que todos os dias preenche os telejornais e alguns jornais, corrompe a visão do mundo e marca violentamente um modo sombrio de estar no mundo, descrente da vida e das pessoas (o síndrome do “mal do mundo” de que hoje se fala ou a “psicologia do túmulo” (A alegria do Evangelho, nº 83) que nos faz uns “desencantados com cara de vinagre” (nº 84)), como diz tão assertivamente o Papa Francisco. E isso inscreve realmente no nosso exíguo espaço público um olhar negativo profundamente criador de significados e sentidos que nada interessam à vida, à solidariedade e ao bem comum.

Porquê apresentar a vida como um ato de combate, em vez de um ato de amor?
A meditação fortalece a necessária desconfiança no mundo exterior e a incompreensível confiança no nosso verdadeiro mundo, que costumamos desconhecer. Quando meditamos, as nossas feições suavizam-se e a nossa expressão transfigura-se. Continuamos aqui, nesta terra, mas é como se já nem lhe pertencêssemos. Moramos noutro país, pouco frequentado, e atravessamos os campos de batalha sem ser feridos. Embora as flechas se cravem em nós e as balas penetrem nas nossas carnes, essas balas não nos derrubam nem essas flechas fazem com que brote sangue… Saímos desses campos de batalha crivados, mas vivos; caminhando e sorrindo porque não sucumbimos e demonstrámos a nossa eternidade. Meditamos para sermos mais fortes do que a morte.

domingo, 16 de fevereiro de 2014

Concertos a seis órgãos regressam à basílica de Mafra | VÍDEO |
A basílica do palácio nacional de Mafra recebe a partir de março o 4.º ciclo de concertos a seis órgãos, composto por 10 atuações que decorrem no primeiro domingo do mês, às 16h00. João Vaz é o responsável pela direção artística, enquanto que as peças são interpretadas por Sérgio Silva (órgão do Evangelho), Isabel Albergaria (Epístola), David Paccetti Correia (S. Pedro d’Alcântara), Margarida Oliveira (Sacramento), Diogo Rato Pombo (Conceição) e Daniela Moreira (Santa Bárbara). O que faz dos órgãos de Mafra «um conjunto único não é o seu número – já de si notável – mas o facto de terem sido construídos ao mesmo tempo e de terem sido concebidos originalmente para tocar em conjunto», refere o site do palácio. «Os seis instrumentos foram construídos pelos dois mais importantes organeiros portugueses do seu tempo – António Xavier Machado e Cerveira e Joaquim António Peres Fontanes – tendo sido terminados entre 1806 e 1807.

sábado, 15 de fevereiro de 2014

6º domingo do tempo comum – Ano A

Evangelho Mt 5,17-37

Comentário breve
A liturgia da Palavra deste sexto domingo do tempo comum reclama a nossa atenção pata um projecto de Deus preparado desde sempre “para aqueles que o amam”. O projecto, mantido oculto aos olhos dos homens foi relevado em Jesus Cristo na sua pessoa, nas suas palavras, nos seus gestos e, sobretudo, na sua morte na cruz. Na entrega total de Jesus revela-se aos homens a medida do amor de Deus e e manifesta-se para cada um de nós o caminho que leva à realização plena.
Na sequência dos domingos anteriores, adentramo-nos no corpo do discurso, tendo o evangelista compilado mais um conjunto de ditos de Jesus que oferecem à comunidade um novo código de ética, uma nova Lei que vai guiar os discípulos na peregrinação pela história.
Mais do que o cumprimento casuístico da normas de uma Lei que é eterna, nada dela passará, a proposta de Jesus vai mais além e o cumprimento vem de uma atitude interior de plena adesão às propostas e compromisso total com Deus.
Passando para o concreto da vida, nas relações com os irmãos, não basta não matar, urge tomar como atitude evitar causar qualquer tipo de dano ao irmão. São tantas as formas de destruição, de eliminção, de roubo de vida e dignidade: palavras que ofendem, calúnias que destroem, gestos de desprezo que excluem, confrontos que põem fim à relação, etc.
Aos discípulos exige-se uma nova atitude, mais abrangente, de respeito absoluto pela vida e pela dignidade do irmão. Quanto precisamos de viver e de evangelizar, numa altura em que, em nome da modernidade, se abre a porta dar a morte, não só às crianças no ventre e aos velhos, como agora aos jovens.
Respeito e reconciliação com o irmão devem sobrepor-se ao próprio culto, pois é uma mentira a relação com Deus de alguém que não ama os irmãos.
Falando do adultério, Cristo alude à necessidade de uma radical conversão do coração porque é nele que nasce toda a cobiça e toda a fonte do mal.
O repúdio da mulher, o divórcio, não estava nos planos de Deus que os fez, homem e mulher, para se amarem e partilharem a vida ao serviço da mesma.
Finalmente, quem vive a dinâmica da adesão de coração a Deus e ao próximo não necessita de juramento. A sua existência implica um clima de desconfiança o que é incompatível com o Reino. A vivência do Reino cria um tal clima de sinceridade e confiança que "sim" ou "não" bastam e qualquer fórmula de juramento está a mais.
Portanto: para quem quer viver na dinâmica do “Reino”, não chega cumprir estrita e casuisticamente as regras da Lei. É preciso uma atitude interior inteiramente nova, um compromisso verdadeiro com Deus que envolva o homem todo e lhe transforme o coração.
Há não crentes que se aproximam de Deus por serem humildes, e há crentes que se afastam por causa das paixões, diz papa
Um crente pode perder a fé por causa das suas paixões, enquanto que uma pessoa não crente pode começar a acreditar em Deus através da sua humildade, sublinhou o papa Francisco na missa a que presidiu hoje no Vaticano. Diariamente há pessoas na Igreja que fazem esse caminho «silenciosamente» para encontrar Deus, «mas também há o caminho contrário». Segundo Francisco, «ter fé não significa ser-se capaz de recitar o Credo», ao passo que saber dizer o núcleo do cristianismo não é necessariamente sinal do seguimento de Cristo: «Tu podes recitar o Credo e ter perdido a fé».
Papa Francisco ofereceu “curso de preparação para o matrimónio” e deu conselhos «para sempre»
«Na oração do Pai-nosso, dizemos: “O pão nosso de cada dia nos dai hoje”. Os esposos podem aprender a rezar também assim: “Senhor, o amor nosso de cada dia nos dai hoje”.» O papa Francisco encontrou-se na manhã desta sexta-feira com mais de vinte mil noivos de vários países que se estão a preparar para o matrimónio, por ocasião da memória litúrgica de S. Valentim, padroeiro dos namorados. A iniciativa, que decorreu na Praça de S. Pedro, no Vaticano, começou com testemunhos, música e poesia. O papa chegou depois, tendo respondido às perguntas colocadas por três casais de noivos, antecipadamente escolhidas. O “para sempre” do casamento cristão, as três palavras que consolidam a «arte» de viver juntos e os critérios que determinam a celebração do sacramento e a festa que se lhe segue constituíram os temas abordados por Francisco, numa intervenção pautada pelo improviso e pelo humor, de que apresentamos alguns excertos.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Educação: Escolas Católicas lamentam «confusão e tensão» à volta do debate sobre a liberdade de escolha

Jorge Cotovio recorda que está em causa o «direito natural» dos pais educarem os filhos segundo as suas convicções sociais e religiosas

Lisboa, 13 fev 2014 (Ecclesia) – O secretário-geral da Associação Portuguesa das Escolas Católicas diz que a semana nacional dedicada à liberdade de escolha da escola “é para continuar” nos próximos anos, porque se trata de uma matéria envolta em muita “confusão e tensão”.

Em entrevista à Agência ECCLESIA, Jorge Cotovio frisa que o que está em causa é o “direito natural”, também “consagrado na constituição”, dos pais “educarem os seus filhos da forma que entenderem”, de “escolherem a escola que mais se adapte às suas convicções de pensamento”, às suas crenças “religiosas”.

“Neste caso”, acrescenta o docente, “o Estado deve garantir essa educação nas mesmas condições” financeiras, quer se trate de colocar “um filho numa escola estatal” ou “numa escola privada, confessional”.

“O garantir não significa que tenha que prestar esse serviço, o Estado deve utilizar o princípio da subsidiariedade no sentido de, em primeiro lugar, ser a sociedade civil e a Igreja a atuar. Quando elas não conseguem cobrir todo o país, então deve atuar o Estado na retaguarda”, frisa Jorge Cotovio.

Confrontado com a questão da liberdade de escolha da escola poder ser entendida apenas como uma forma das escolas privadas obterem mais financiamento, em tempo de crise, o secretário-geral da APEC considera que essa é a posição defendida pelos setores da sociedade a quem “não interessa de forma alguma que a educação saia do perímetro do Estado”.

“Há uma campanha estratégica para denegrir o ensino privado, desde o Marquês de Pombal, há 250 anos, que sucede esta pressão do Estado para controlar toda a educação, porque sabe que ela é a base do desenvolvimento do país”, aponta Jorge Cotovio, reforçando que “a questão de base é a liberdade de escolha”.

“O que os pais querem são escolas boas, independentemente da sua propriedade, privada ou estatal”, salienta.

HM/JCP
Papa Francisco: Diz-me como te dás aos excluídos, dir-te-ei como celebras a missa
O papa Francisco realçou hoje que há «sinais muito concretos» que permitem discernir se a missa é bem vivida e tem reflexos fora da igreja, nomeadamente no cuidado com as pessoas mais excluídas, ou se não passa de uma «tradição consolidada». «O primeiro indício é o nosso modo de olhar e considerar os outros», frisou na audiência geral semanal, realizada na Praça de S. Pedro. Depois de recordar os estragos causados pela chuva intensa que caiu nos últimos dias em Roma e o desemprego, causado pela «crise social», o papa questionou: «Pergunto-me, todos nós nos perguntamos: eu que vou à missa, como vivo isto? Preocupo-me em ajudar, aproximar-me, rezar por eles, que têm este problema? Ou sou algo indiferente?». «Ou talvez me preocupe em cochichar: “Viste como estava vestida aquela, ou como está vestido aquele?”. Às vezes faz-se isto depois da missa, ou não? Sim, faz-se. E não se deve fazer. Devemos preocupar-nos pelos nossos irmãos e irmãs que têm uma necessidade, uma doença, um problema», apontou.

- Agenda para hoje -

Lisboa
Colóquio internacional: Livros de Horas – O imaginário da devoção privada
Biblioteca Nacional de Portugal
Dias 13 e 14
Para saber mais: Biblioteca Nacional de Portugal
Lisboa
Colóquio “Falar de Jesus”
P. Joaquim Carreira das Neves, Tiago Cavaco, António Marujo, Anabela Mota Ribeiro
Para saber mais: Pastoral da Cultura
Bento XVI e Francisco: Respeito e afeto | IMAGENS + VÍDEOS |
«Vós sabeis que o dever do Conclave era dar um Bispo a Roma. Parece que os meus irmãos Cardeais tenham ido buscá-lo quase ao fim do mundo… Eis-me aqui! Agradeço-vos o acolhimento: a comunidade diocesana de Roma tem o seu Bispo. Obrigado! E, antes de mais nada, quero fazer uma oração pelo nosso Bispo emérito Bento XVI. Rezemos todos juntos por ele, para que o Senhor o abençoe e Nossa Senhora o guarde» (Primeira saudação do papa Francisco. Vaticano, 13.3.2013) «Nós tivemos um exemplo maravilhoso do modo como se realiza esta relação com Deus na própria consciência, um recente exemplo maravilhoso. O Papa Bento XVI deu-nos este grande exemplo quando o Senhor lhe fez compreender, na oração, qual era o passo que devia dar. E seguiu, com um profundo sentido de discernimento e coragem, a sua consciência, ou seja, a vontade de Deus que falava ao seu coração» (Papa Francisco, Vaticano, 30.6.2013). Um ano após o anúncio da renúncia de Bento XVI ao pontificado, que abriu caminho para a eleição de Francisco, recordamos imagens e vídeos que realçam o respeito e o afeto que une os dois papas.
Leitura: “O matrimónio feliz”
O cônjuge ideal é aquele que em cada amanhecer alimenta o amor com um novo favo de mel; e que, antes de nascer o sol, se dirige ao jardim interior para cortar um cravo coberto de orvalho, e o oferece ao outro sem dizer palavra. O cônjuge ideal é aquele que sabe que o matrimónio é como um mar dilatado e que os dois são navegantes que todos os dias saem para o mar alto, à descoberta de novos mundos em águas desconhecidas. Um cônjuge que sabe que a realidade do outro não reside naquilo que ele revela, mas naquilo que não pode ser revelado.Um cônjuge que sabe e aceita que, para descobrir a verdade, são necessárias duas pessoas: uma para dizê-la e outra para escutá-la. Um cônjuge que sabe que, quando se voltam as costas ao sol (do outro cônjuge) só se veem sombras.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Hoje a Igreja é outra

A resignação que mudou o curso da história da Igreja
«Depois de ter examinado repetidamente a minha consciência diante de Deus, cheguei à certeza de que as minhas forças, devido à idade avançada, já não são idóneas para exercer adequadamente o ministério petrino.» Foi assim que Bento XVI justificou a renúncia ao pontificado. Logo depois, anunciou o início da sé vacante: às 20h00 (19h00 em Lisboa) de 28 de fevereiro. Foi uma declaração redigida por Raztinger na tarde do dia anterior e que foi traduzida em várias línguas pela Secretaria de Estado na manhã daquela segunda-feira, 11 de fevereiro, depois de o substituto daquele organismo, o arcebispo Angelo Becciu, ter obrigado cada tradutor a jurar que não violaria o segredo, que haveria de o ser apenas por poucas horas. Os rostos dos cardeais ficam atónitos. O esmoler, Guido Pozzo, próximo de Bento XVI, parece empedernido. Muitos têm o olhar parado e os músculos faciais imóveis. Naquele silêncio irreal, o decano do colégio cardinalício, Angelo Sodano, declara em nome de todos: «A notícia apanha-nos como um raio em céu sereno». Hoje, a Igreja é outra.
Ir à missa não é fazer turismo nem é tempo para estar a olhar para o relógio, diz papa Francisco
O papa Francisco sublinhou hoje, no Vaticano, que a celebração da Eucaristia a que preside, na Casa de Santa Marta, não pode ser mais uma atividade no roteiro turístico de quem visita Roma, nem um período passado à espera que acabe. «A liturgia é tempo de Deus e espaço de Deus, e nós devemos colocar-nos nele, no tempo de Deus, no espaço de Deus, e não olhar para o relógio», vincou Francisco, que criticou quem conta os minutos durante a missa: «Não é a atitude própria que nos pede a liturgia». «A celebração litúrgica não é um ato social, um bom ato social; não é uma reunião de crentes para rezar juntos. É outra coisa. Na liturgia, Deus está presente» de maneira «real», realçou Francisco, acrescentando que eucaristia «não se ouve mas participa-se», porque ela é «uma comemoração real, isto é, uma teofania».

- Agenda para hoje -

Colares
TERÇA-FEIRA: Dia De Nossa Senhora de Lourdes e dia Mundial do Doente. Missa em Colares às 19h00 com administação da Santa Unção aos doentes e idosos que desejarem.

Lisboa
Ciclo de conferências “A fé em crise”
Testamento vital
José González
Paróquia de S. Tomás de Aquino
21h00

sábado, 8 de fevereiro de 2014

5º domingo do tempo comum – Ano A

Evangelho - Mt 5, 13-16

Comentário breve
A liturgia da Palavra deste domingo apresenta Deus que nos eleva à categoria de luz no meio do mundo. 
A questão que se coloca é: como podemos ser uma luz que acende a esperança no mundo e aponta no sentido de uma nova terra, mais cheia de paz, de esperança, de felicidade?
Mateus coloca Jesus, no cimo do monte, a apresentar a nova Lei que deve reger a caminhada do novo Povo de Deus na história. Reúne um grupo de ditos de Jesus formulando um conjunto de ensinamentos básicos para a vida cristã.
Em estreita ligação com a primeira leitura, é posto em causa a pompa e o ritualismo da celebração da fé. Atenção: não se diz que os momentos de oração e de encontro pessoal com Deus sejam supérfluos, inúteis, desnecessários. O que se diz aqui é que os ritos em si nada significam, se não correspondem a uma vivência interior que se traduza em gestos concretos de compromisso com Deus e com os seus valores e com os irmãos
No discurso, Jesus socorre-se de duas imagens. A primeira aponta para o sal, este elemento que dissolvendo-se apura o sabor dos alimentos, mas que tem, igualmente, a propriedade de os preservar.
Dizer que somos “o sal” significa, portanto, sermos chamados a trazer ao mundo essa “qualquer coisa mais” que o mundo não tem e que dá sabor à vida dos homens. Significa também que da fidelidade dos discípulos ao programa enunciado por Jesus (as “bem-aventuranças”) depende a perenidade da aliança entre Deus e os homens e a permanência do projecto salvador e libertador de Deus no mundo e na história.
Os discípulos devem ajudar os homens a viver o verdadeiro sabor da vida, sem os deixar cair na corrupção da mesma.
Convocar os discípulos para serem luz do mundo, significa ser "reflexo" da Luz verdadeira que ilumina e desafia os tempos e a história.
A missão das testemunhas do “Reino” deve levá-las a dar testemunho, a questionar o mundo, a ser uma interpelação profética, e não a esconder-se, demitir-se da sua missão, fugir às suas responsabilidades. Ou seja a criar uma cultura de comunhão, sem medo de enfretar o rosto do mais pobre.
Eu sou, no meu quotidiano, o sal que dá o sabor, que traz uma mais valia de amor e de esperança à vida daqueles que caminham ao meu lado?
Eu sou essa luz que aponta no sentido das coisas importantes, impedindo que a vida dos meus irmãos se gaste em nadas do mundo?

- Agenda para hoje -

Lisboa
Conferência: A caridade dá que fazer
Manuela Silva
Para saber mais: Pastoral da Cultura
Lisboa
Visita guiada: “Itinerários da Fé – Fé, História e Arte de mãos dadas”
Igreja e Museu de São Roque, Ermida de Nossa Senhora da Vitória, Igreja de São Nicolau, Igreja da Conceição Velha
10h00 -12h30
Informações e inscrições: Paróquia de São Nicolau (tel. 218 879 549); endereço eletrónico: itinerarios@paroquiasaonicolau.pt
Santarém
Música: Recital de órgão
Obras de Bach, Seixas, Correa de Arauxo, Correa Braga, Fischer, Muffat, Reinken, Scheidemann
João Santos
Igreja de S. Nicolau
17h30
Papa Francisco: «Pedir a graça de morrer em casa, na Igreja», na certeza de que «do outro lado nos esperam»
«Morrer em casa, na Igreja» é um «presente de Deus» e uma graça que «não se compra», mas que deve ser pedida, na esperança de que a vida continua, sublinhou hoje o papa na missa a que presidiu no Vaticano. Na homilia, Francisco realçou também a necessidade de invocar «outra graça»: «[A] consciência [de que] do outro lado nos esperam; do outro lado também continua a casa, continua a família». «Que herança deixo eu àqueles que vêm atrás de mim? Uma herança de vida? Fiz tanto bem que as pessoas me querem como pai ou como mãe? Plantei uma árvore? Dei a vida, sabedoria? Escrevi um livro?», questionou. O legado dos católicos é o seu «testemunho» como cristãos, vincou Francisco: «Alguns de nós deixam uma grande herança: pensemos nos santos, que viveram o Evangelho com tanta força que nos deixam uma estrada de vida e um modo de viver como herança».

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

«É muito importante ir à missa ao domingo», sublinha papa Francisco, que explicou significado da Eucaristia
A Eucaristia «é um dom muito grande e por isso é muito importante ir à missa ao domingo», afirmou hoje o papa Francisco no Vaticano, durante a audiência geral semanal, em que prosseguiu a catequese sobre os sacramentos. «O que vemos quando nos reunimos para celebrar a Eucaristia, a missa, já nos faz intuir o que estamos para viver. Ao centro do espaço destinado à celebração encontra-se o altar, que é uma mesa, coberta por uma toalha, e isto faz pensar num banquete», referiu o papa, citado pela Rádio Vaticano. A explicação da geografia eucarística e do seu significado prosseguiu com a cruz, colocada «sobre a mesa», indicando que sobre o altar é oferecido o «sacrifício de Cristo», o «alimento espiritual» que se recebe «sob os sinais do pão e do vinho».
Casais que vivem juntos antes do casamento: As dúvidas de um pároco
«Oito casais de noivos estão a participar este ano no caminho para o matrimónio na minha unidade pastoral, sete dos quais vivem juntos. A realidade da convivência em comum é assaz difundida e quase generalizada, dado de facto que emerge também da comparação entre párocos.» Mesmo «entre os “próximos” – os regularmente praticantes, que fazem parte dos grupos ou associações católicas, as pessoas comprometidas como catequistas, animadores ou ao serviço da caridade – não faltam casais que escolhem a convivência pré-matrimonial». Estas são palavras do padre Antonio Cecconi di Calci, da cidade italiana de Pisa, numa longa carta dirigida a párocos, catequistas e agentes de pastoral publicada na mais recente edição da revista “Settimana”. A realidade dos casais que vivem em comum antes do casamento está também bem presente no relatório enviado pelos bispos alemães ao Vaticano, em resposta ao questionário do secretariado do Sínodo dos Bispos sobre a Família, que decorrerá em outubro.
Olá!
No dia 04.02.14 a Igreja celebrou (MO) de S. João de Brito (1647-1693). É português, e foi canonizado em 1947 (Pio XII) .
Descendente de famílias  nobres e adoentado, conseguiu entrar para a Companhia de Jesus e a partir dos seus 26 anos, dedicou-se completamente à causa missionária.
Na Índia, assumiu a língua e os costumes locais, incluindo as vestes, para melhor poder espalhar a Boa Nova do Evangelho. Sofreu vários martírios tendo morrido mártir.

No dia 07.02.14 celebra-se o culto das Cinco Chagas do Senhor.
Esta devoção é muito antiga entre o povo português. Já Camões, nos Lusiadas, na dedicatória ao rei D. Sebastião, regista essa antiga tradição, assim como  é visivel na Bandeira Nacional e no escudo da Casa Real.
É uma festa litúrgica que nos foi concedida a partir de Bento XIV, leva-nos a meditar nestes sinais amorosos e de glorificação de Cristo.

Despeço-me com alegria em Cristo, deixando esta frase de Voltaire:
- " Fé, é acreditar quando está para além do poder da razão acreditar"
Numa passagem do Evangelho de hoje (Mc 5,21-43), Jesus diz para Jairo ( chefe da sinagoga)

                                                   "Não temas; crê somente"

ana saldanha (elemento da Equipa Casais Stª Maria/Colares)

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

CNE: Chefe nacional destaca importância do movimento na preparação dos jovens «para a selva que é a sociedade»

O escutismo ensina a jogar «o jogo da vida, que deve ser jogado de forma limpa», salienta Norberto Correia

Lisboa, 14 jan 2014 (Ecclesia) – O chefe nacional dos escuteiros destacou hoje a importância do movimento na preparação dos jovens “para a selva que é a sociedade hoje em dia”.
Numa mensagem vídeo difundida através da internet, Norberto Correia salientou que o escutismo é uma “escola de educação” onde os mais novos aprendem a jogar “o jogo da vida”.
“Um jogo com regras, que deve ser jogado de forma limpa, onde cada um tem a oportunidade de se aperfeiçoar, de aprender”, realça aquele responsável, que recentemente abraçou a liderança do Corpo Nacional de Escutas.
Um dos principais projetos de Norberto Correia, para os próximos três anos, passa por apostar na formação dos adultos do movimento, dos dirigentes, para que eles possam ajudar crianças, adolescentes e jovens a serem “cidadãos úteis e sobretudo bem realizados com a vida, homens e mulheres felizes”.
“Os adultos são companheiros, amigos mas sobretudo modelos, sigam o seu exemplo, aprendam com eles, obriguem-nos a acompanhar-vos, a seguirem os seus anseios, eles ficarão muito satisfeitos por poderem contribuir”, apelou o chefe nacional, na mensagem dirigida aos mais novos.
JCP

MENSAGEM DO SANTO PADRE FRANCISCO PARA A QUARESMA DE 2014

Fez-Se pobre, para nos enriquecer com a sua pobreza
(cf. 2 Cor 8, 9)
Queridos irmãos e irmãs!
Por ocasião da Quaresma, ofereço-vos algumas reflexões com a esperança de que possam servir para o caminho pessoal e comunitário de conversão. Como motivo inspirador tomei a seguinte frase de São Paulo: «Conheceis bem a bondade de Nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, Se fez pobre por vós, para vos enriquecer com a sua pobreza» (2 Cor 8, 9). O Apóstolo escreve aos cristãos de Corinto encorajando-os a serem generosos na ajuda aos fiéis de Jerusalém que passam necessidade. A nós, cristãos de hoje, que nos dizem estas palavras de São Paulo? Que nos diz, hoje, a nós, o convite à pobreza, a uma vida pobre em sentido evangélico?

A graça de Cristo
Tais palavras dizem-nos, antes de mais nada, qual é o estilo de Deus. Deus não Se revela através dos meios do poder e da riqueza do mundo, mas com os da fragilidade e da pobreza: «sendo rico, Se fez pobre por vós».
Cristo, o Filho eterno de Deus, igual ao Pai em poder e glória, fez-Se pobre; desceu ao nosso meio, aproximou-Se de cada um de nós; despojou-Se, «esvaziou-Se», para Se tornar em tudo semelhante a nós (cf. Fil 2, 7; Heb 4, 15). A encarnação de Deus é um grande mistério. Mas, a razão de tudo isso é o amor divino: um amor que é graça, generosidade, desejo de proximidade, não hesitando em doar-Se e sacrificar-Se pelas suas amadas criaturas. A caridade, o amor é partilhar, em tudo, a sorte do amado. O amor torna semelhante, cria igualdade, abate os muros e as distâncias. Foi o que Deus fez connosco. Na realidade, Jesus «trabalhou com mãos humanas, pensou com uma inteligência humana, agiu com uma vontade humana, amou com um coração humano. Nascido da Virgem Maria, tornou-Se verdadeiramente um de nós, semelhante a nós em tudo, excepto no pecado» (Conc. Ecum. Vat. II, Const. past. Gaudium et spes, 22).

A finalidade de Jesus Se fazer pobre não foi a pobreza em si mesma, mas – como diz São Paulo – «para vos enriquecer com a sua pobreza». Não se trata dum jogo de palavras, duma frase sensacional. Pelo contrário, é uma síntese da lógica de Deus: a lógica do amor, a lógica da Encarnação e da Cruz. Deus não fez cair do alto a salvação sobre nós, como a esmola de quem dá parte do próprio supérfluo com piedade filantrópica. Não é assim o amor de Cristo! Quando Jesus desce às águas do Jordão e pede a João Baptista para O baptizar, não o faz porque tem necessidade de penitência, de conversão; mas fá-lo para se colocar no meio do povo necessitado de perdão, no meio de nós pecadores, e carregar sobre Si o peso dos nossos pecados. Este foi o caminho que Ele escolheu para nos consolar, salvar, libertar da nossa miséria. Faz impressão ouvir o Apóstolo dizer que fomos libertados, não por meio da riqueza de Cristo, mas por meio da sua pobreza. E todavia São Paulo conhece bem a «insondável riqueza de Cristo» (Ef 3, 8), «herdeiro de todas as coisas» (Heb 1, 2).

Em que consiste então esta pobreza com a qual Jesus nos liberta e torna ricos? É precisamente o seu modo de nos amar, o seu aproximar-Se de nós como fez o Bom Samaritano com o homem abandonado meio morto na berma da estrada (cf. Lc 10, 25-37). Aquilo que nos dá verdadeira liberdade, verdadeira salvação e verdadeira felicidade é o seu amor de compaixão, de ternura e de partilha. A pobreza de Cristo, que nos enriquece, é Ele fazer-Se carne, tomar sobre Si as nossas fraquezas, os nossos pecados, comunicando-nos a misericórdia infinita de Deus. A pobreza de Cristo é a maior riqueza: Jesus é rico de confiança ilimitada em Deus Pai, confiando-Se a Ele em todo o momento, procurando sempre e apenas a sua vontade e a sua glória. É rico como o é uma criança que se sente amada e ama os seus pais, não duvidando um momento sequer do seu amor e da sua ternura. A riqueza de Jesus é Ele ser o Filho: a sua relação única com o Pai é a prerrogativa soberana deste Messias pobre. Quando Jesus nos convida a tomar sobre nós o seu «jugo suave» (cf. Mt 11, 30), convida-nos a enriquecer-nos com esta sua «rica pobreza» e «pobre riqueza», a partilhar com Ele o seu Espírito filial e fraterno, a tornar-nos filhos no Filho, irmãos no Irmão Primogénito (cf.Rm 8, 29).

Foi dito que a única verdadeira tristeza é não ser santos (Léon Bloy); poder-se-ia dizer também que só há uma verdadeira miséria: é não viver como filhos de Deus e irmãos de Cristo.

O nosso testemunho
Poderíamos pensar que este «caminho» da pobreza fora o de Jesus, mas não o nosso: nós, que viemos depois d'Ele, podemos salvar o mundo com meios humanos adequados. Isto não é verdade. Em cada época e lugar, Deus continua a salvar os homens e o mundo por meio da pobreza de Cristo, que Se faz pobre nos Sacramentos, na Palavra e na sua Igreja, que é um povo de pobres. A riqueza de Deus não pode passar através da nossa riqueza, mas sempre e apenas através da nossa pobreza, pessoal e comunitária, animada pelo Espírito de Cristo.
À imitação do nosso Mestre, nós, cristãos, somos chamados a ver as misérias dos irmãos, a tocá-las, a ocupar-nos delas e a trabalhar concretamente para as aliviar. A miséria não coincide com a pobreza; a miséria é a pobreza sem confiança, sem solidariedade, sem esperança. Podemos distinguir três tipos de miséria: a miséria material, a miséria moral e a miséria espiritual. A miséria material é a que habitualmente designamos por pobreza e atinge todos aqueles que vivem numa condição indigna da pessoa humana: privados dos direitos fundamentais e dos bens de primeira necessidade como o alimento, a água, as condições higiénicas, o trabalho, a possibilidade de progresso e de crescimento cultural. Perante esta miséria, a Igreja oferece o seu serviço, a sua diakonia, para ir ao encontro das necessidades e curar estas chagas que deturpam o rosto da humanidade. Nos pobres e nos últimos, vemos o rosto de Cristo; amando e ajudando os pobres, amamos e servimos Cristo. O nosso compromisso orienta-se também para fazer com que cessem no mundo as violações da dignidade humana, as discriminações e os abusos, que, em muitos casos, estão na origem da miséria. Quando o poder, o luxo e o dinheiro se tornam ídolos, acabam por se antepor à exigência duma distribuição equitativa das riquezas. Portanto, é necessário que as consciências se convertam à justiça, à igualdade, à sobriedade e à partilha.

Não menos preocupante é a miséria moral, que consiste em tornar-se escravo do vício e do pecado. Quantas famílias vivem na angústia, porque algum dos seus membros – frequentemente jovem – se deixou subjugar pelo álcool, pela droga, pelo jogo, pela pornografia! Quantas pessoas perderam o sentido da vida; sem perspectivas de futuro, perderam a esperança! E quantas pessoas se vêem constrangidas a tal miséria por condições sociais injustas, por falta de trabalho que as priva da dignidade de poderem trazer o pão para casa, por falta de igualdade nos direitos à educação e à saúde. Nestes casos, a miséria moral pode-se justamente chamar um suicídio incipiente. Esta forma de miséria, que é causa também de ruína económica, anda sempre associada com a miséria espiritual, que nos atinge quando nos afastamos de Deus e recusamos o seu amor. Se julgamos não ter necessidade de Deus, que em Cristo nos dá a mão, porque nos consideramos auto-suficientes, vamos a caminho da falência. O único que verdadeiramente salva e liberta é Deus.

O Evangelho é o verdadeiro antídoto contra a miséria espiritual: o cristão é chamado a levar a todo o ambiente o anúncio libertador de que existe o perdão do mal cometido, de que Deus é maior que o nosso pecado e nos ama gratuitamente e sempre, e de que estamos feitos para a comunhão e a vida eterna. O Senhor convida-nos a sermos jubilosos anunciadores desta mensagem de misericórdia e esperança. É bom experimentar a alegria de difundir esta boa nova, partilhar o tesouro que nos foi confiado para consolar os corações dilacerados e dar esperança a tantos irmãos e irmãs imersos na escuridão. Trata-se de seguir e imitar Jesus, que foi ao encontro dos pobres e dos pecadores como o pastor à procura da ovelha perdida, e fê-lo cheio de amor. Unidos a Ele, podemos corajosamente abrir novas vias de evangelização e promoção humana.

Queridos irmãos e irmãs, possa este tempo de Quaresma encontrar a Igreja inteira pronta e solícita para testemunhar, a quantos vivem na miséria material, moral e espiritual, a mensagem evangélica, que se resume no anúncio do amor do Pai misericordioso, pronto a abraçar em Cristo toda a pessoa. E poderemos fazê-lo na medida em que estivermos configurados com Cristo, que Se fez pobre e nos enriqueceu com a sua pobreza. A Quaresma é um tempo propício para o despojamento; e far-nos-á bem questionar-nos acerca do que nos podemos privar a fim de ajudar e enriquecer a outros com a nossa pobreza. Não esqueçamos que a verdadeira pobreza dói: não seria válido um despojamento sem esta dimensão penitencial. Desconfio da esmola que não custa nem dói.

Pedimos a graça do Espírito Santo que nos permita ser «tidos por pobres, nós que enriquecemos a muitos; por nada tendo e, no entanto, tudo possuindo» (2 Cor 6, 10). Que Ele sustente estes nossos propósitos e reforce em nós a atenção e solicitude pela miséria humana, para nos tornarmos misericordiosos e agentes de misericórdia. Com estes votos, asseguro a minha oração para que cada crente e cada comunidade eclesial percorra frutuosamente o itinerário quaresmal, e peço-vos que rezeis por mim. Que o Senhor vos abençoe e Nossa Senhora vos guarde!

Vaticano, 26 de Dezembro de 2013
Festa de Santo Estêvão, diácono e protomártir

FRANCISCO

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

São João de Brito - 4 de fevereiro, terça-feira

Vida de São João de Brito
João de Brito, o mais novo de quatro filhos, nasceu na Costa do Castelo (Mouraria), em Lisboa, a 1 de Março de 1647, sendo batizado de urgência nesse mesmo dia, na igreja paroquial de Santo André (hoje sediada na Igreja da Graça).
O pai, Salvador de Brito Pereira, descendente de famílias ilustres, veio de Vila Viçosa como braço direito do Duque de Bragança, o Rei aclamado em 1640, D. João IV. A mãe, D. Brites Pereira, era proveniente de família brasonada de Portalegre. Tinha João dois anos, quando o pai foi nomeado Governador do Rio de Janeiro, ali falecendo poucos meses depois.
Aos nove anos, ao lado de seu irmão Fernão, vai, como pajem, para a Corte de D. João IV e de D. Luísa de Gusmão, sendo educado com o príncipe D. Pedro, futuro rei. No ambiente da corte, não perde a seriedade de espírito e torna-se exemplo de delicadeza e de bondade para todos.
Aos onze anos, adoece gravemente. No meio de grande aflição, a mãe pede a Deus a sua cura, por intermédio de São Francisco Xavier, e promete vestir o menino à maneira jesuíta, durante um ano, no caso de ser atendida – o que veio a acontecer.
Entretanto, vestido como o grande “Apóstolo das Índias” (daí a alcunha de “o apostolinho”), adota também o seu zelo pela evangelização, enquanto frequenta as aulas do Colégio de Santo Antão (atual Hospital de São José).
A perspetiva de um futuro brilhante, que a mãe antevia, e a glória e as facilidades de vida que usufruía na Corte, não o conseguem influenciar e desviar. Assim, em 1662, com 15 anos, pede para entrar no Noviciado da Companhia de Jesus, onde é admitido no dia 17 de Dezembro. Cada vez mais aumentava o desejo de imitar São Francisco Xavier e de ser missionário na Índia.
Talentoso e aplicado, estuda na Universidade de Évora e depois em Coimbra, com as melhores referências. No Colégio de Santo Antão, faz o estágio (magistério).
Em 1668, escreve ao Padre Provincial, expondo o desejo de ir para a Índia... “para corresponder ao chamamento de Xavier... que me restituiu ao corpo a saúde perdida...”
É ordenado sacerdote em 1673, ano em que parte para a Índia. De Goa, passa à Costa de Malabar, onde se procura adaptar aos costumes e ideias das castas mais baixas. É entre os párias, sem direitos, desprezados e desamparados, que o Padre João de Brito exerce a sua ação missionária. Para estar mais perto deles, veste-se como os seus penitentes “pandará-suami”, come só vegetais e até muda de nome: “Arula Anândar”.
Entretanto, por entre os milhares de conversões e batismos, há também muitos dissabores, prisão, torturas, violências incríveis, num autêntico martírio, causados pelos inimigos da fé cristã. Por isso, o Superior Provincial escolhe-o para vir à Europa, em nome das Missões da Índia, após 14 anos de tão grande dedicação. Vem então a Portugal em 1687.
Visita o rei D. Pedro II, amigo de infância, e é muito festejado, procurando manter a simplicidade de vida que sempre o distinguiu. Por onde passa (Lisboa, Santarém, Coimbra, Porto...), vai falando com tal entusiasmo da sua missão no Maduré que muitos jovens se deixam atrair pelo seu ardor apostólico e querem segui-lo na vida missionária.
Cumprida a sua missão na Europa, quer regressar à Índia, mas o rei opõe-se, inventando mil razões e subterfúgios para o demover da sua intenção. Mas ele consegue finalmente a autorização e, a 8 de Abril de 1690, parte de novo para o seu Maduré.
“Eu quero mais o Céu que a Terra, e mais os matos do Maduré que o Paço de Portugal” – dirá em carta a seu irmão Fernão.
Os brâmanes desencadeiam, em várias povoações, violentas perseguições contra os cristãos e, principalmente, contra o missionário, tendo conseguido obter licença do rei para os prenderem e maltratarem. O Padre João de Brito não se cansa de encorajar e animar os fiéis. Ele próprio é sujeito a injúrias e ofensas corporais, é torturado, sofre a fome, a sede e o cansaço, a ponto de os próprios sacerdotes hindus se compadecerem dele.
No princípio de 1693, acontece o que se temia, pelas muitas e cerradas perseguições feitas ao grande missionário, por continuar a batizar. Preso e insultado, passando fome e sede, assim vive no cárcere, onde confessa a sua fé cristã.
Em carta, escrita do cárcere ao Superior da Missão, na véspera do martírio, explica que o mal de que o acusam é ensinar o Evangelho, concluindo: “Quando a culpa é virtude, o padecer é glória.”
No dia 4 de Fevereiro, o rajá entregou-o nas mãos dos algozes. O Santo pede algum tempo para rezar. Em seguida, abraça e perdoa aos algozes, faz o sinal da cruz, e, de mãos postas, inclina a cabeça... à espera do golpe mortal. Cortam-lhe depois os pés e as mãos, acabando por atar o corpo e a cabeça a um poste, para que o seu corpo desapareça durante a noite, comido pelos abutres e pelos animais selvagens.
Hoje, há nesse local, Oriyur, um santuário com três igrejas, dois colégios e duas comunidades religiosas, assinalando o lugar do martírio de João de Brito. “Sangue de mártires é semente de cristãos!” Neste Santuário, está em execução um projeto moderno e dinâmico, fazendo com que corresponda cada mais às solicitações dos cristãos e dos tempos atuais.
A fama de santidade e os milagres operados por intercessão de João de Brito levaram Pio IX  a proceder à sua beatificação, em 21 de Agosto de 1853. A 22 de Junho de 1947, Pio XII procedeu à sua canonização, apresentando-o ao mundo como “sacerdote apóstolo, evangelizador e mártir, modelo e intercessor junto de Deus”.
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“A culpa de que me acusam vem de ser que ensino a lei de Deus Nosso Senhor, e que de nenhuma maneira hão-de ser adorados os ídolos. Quando a culpa é virtude, o padecer é glória.”
Do cárcere de Oriyur, na véspera do martírio,
em carta ao Superior da Missão de Maduré, Padre Lainez.

“Como não lembrar, entre outros, aqui em Lisboa, o exemplo de São João de Brito, jovem lisboeta que, deixando a vida fácil da Corte, partiu para a Índia, a anunciar o Evangelho da Salvação aos mais pobres e desprotegidos, identificando-se com eles e selando a sua fidelidade a Cristo e aos irmãos com o testemunho do martírio?”
João Paulo II,
falando aos jovens em Lisboa (Parque Eduardo VII),
 a 14 de Maio de 1982.

domingo, 2 de fevereiro de 2014

- Agenda para hoje -

Dia Nacional da Universidade Católica Portuguesa
Para saber mais: Pastoral da Cultura
Lisboa
Visita guiada: Azulejaria da igreja de S. Roque
15h00
Participação gratuita mediante marcação prévia pelos telefones 213 235 233/824/065/444
Duração: 45 minutos

sábado, 1 de fevereiro de 2014

– Agenda para hoje –

Lisboa
Visita guiada: Os edifícios históricos da Companhia de Jesus
Igreja de S. Roque, Museu Nacional de História Natural (antigo Noviciado da Cotovia), Hospital de S. José (antigo Colégio de Santo Antão-o-Novo), Colégio de Santo Antão-o-Velho (Coleginho)
Ponto de encontro: Museu de S. Roque
10h00
Participação gratuita, sujeita a inscrição prévia obrigatória (telef. 213 235 824/233/065/444)
Lisboa
Música: Concerto com a liturgia da Apresentação do Senhor no Templo
Coro Gregoriano de Lisboa

21h30

Catequese - oração jovem 25-01-2014

Igreja da Misericórdia - Colares