sábado, 23 de setembro de 2017

“Não podemos deixar os governantes sozinhos. Os cristãos devem rezar por eles. Não rezar pelos governantes é pecado”

Oração pelos governantes  

Interpelado pelas palavras do Papa Francisco, que nos alerta para a necessidade de rezar pelos governantes, quero, hoje, elevar a minha oração, Senhor. Quero, assim, rezar por todos aqueles que, no mundo, exercem o poder. Uns, de um modo melhor, outros, talvez não tão bem. Mas quero pedir-Te por todos os governantes, para que não se esqueçam nunca dos mais frágeis e dos mais pobres; daqueles que não têm um teto que os abrigue. Que não se esqueçam que são tantos os que não têm emprego, que procuram ajuda para comer, que, envergonhados não conseguem sequer pedir ajuda. Quero pedir-Te, Senhor, que concedas o dom do serviço aos governantes que se aproveitam dos seus cargos para benefício próprio. Quero pedir-Te que ilumines aqueles que, ao tomarem as suas decisões, não pensem apenas no lucro ou nos seus ganhos, mas tenham a verdadeira consciência do que significa deixar tudo para servir.

Nesta minha oração, Senhor, suplico a Ti o dom do discernimento para os governantes que não olham a meios para alcançar os seus fins. Que tenham em conta o bem dos outros, daqueles que servem, mas acima de tudo, o bem da humanidade inteira. Que não pensem que a guerra ou que as armas são uma demonstração de poder, porque o verdadeiro poder está no Amor. Que sejam verdadeiros líderes pela sua entrega, capacidade de trabalhar em equipa, sem afirmações ditatoriais.

Peço-Te, Senhor, que os governantes não se esqueçam nunca de proteger a natureza que nos envolve e que é criação Tua. Se destruirmos este que é o nosso habitat, estamos a destruir o que Tu criaste. Invoco-Te, Senhor, pedindo o dom do discernimento para todos aqueles que governam no mundo, e não são capazes de perceber que há tantas decisões tomadas que não constroem a sociedade mas, que pelo contrário, a vão destruindo. Quando impõem ou pretendem impor leis que não defendem a vida; quando invocam a liberdade pessoal para criar formas de satisfazer caprichos, gostos, ideais ou culturas. Quando não se valoriza o ser humano, mas, pelo contrário, faz-se dele um ser egoísta, narcisista e individualista. A Ti, Senhor, dirijo hoje esta pequena e simples oração. Sei que muito mais há a pedir, mas deixo aos leitores a oportunidade da abertura de coração.
Editorial, pelo P. Nuno Rosário Fernandes, diretor

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