domingo, 3 de fevereiro de 2019

MEDITAÇÃO DIÁRIA Dom, 3 – Domingo IV do Tempo Comum – Ano C

Jr 1, 4-5.17-19 / Slm 70 (71), 1-4a.5-6ab.15ab.17 / 1 Cor 12, 31 – 13, 13 ou 13, 4-13 / Lc 4, 21-30

Encontramos, na primeira leitura, Jeremias que foi escolhido por Deus para ser seu profeta. Estamos no ano 627 antes de Cristo, sendo Jeremias um jovem que foi chamado para uma missão que ultrapassava grandemente as suas capacidades: ver a realidade com os olhos de Deus e ser seu porta-voz, sobretudo perante os grandes deste mundo, tanto no campo civil como religioso.

A força do profeta não vem de si mesmo, por mais qualidades que tenha. Vem do poder ilimitado de Deus que o envia. «Não temas diante deles... Eles combaterão contra ti, mas não poderão vencer-te, porque Eu estou contigo para te salvar».

Será oportuno rever a fonte da minha segurança e confiança: confio porque as circunstâncias são fáceis e julgo ter muita força de vontade? Ou a minha confiança assenta na força de Deus todo-poderoso que me envia a ser sua presença na família, no trabalho, na paróquia, na comunidade?

A segunda leitura é da primeira carta de S. Paulo aos cristãos da cidade de Corinto, onde havia invejas e desavenças por causa dos carismas. O apóstolo Paulo chama a atenção que a caridade é o carisma fundamental, que dá valor a todos os outros, pois «se não tiver caridade, nada sou». Somos e valemos quanta for a nossa caridade, o nosso amor.

Aqui vem entoado o tão belo hino da caridade, o cântico ao amor, que dá harmonia e beleza a tudo. Deixemo-nos interpelar em exame de consciência: «A caridade é paciente, a caridade é benigna; não é invejosa, não é altiva nem orgulhosa; não é inconveniente, não procura o próprio interesse; não se irrita, não guarda ressentimento; não se alegra com a injustiça, mas alegra-se com a verdade; tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta». Que maravilha é vivermos orientados por este ideal de amor!

No Evangelho vamos encontrar Jesus em Nazaré, na sua terra, onde poderia sentir-Se em casa com os seus conterrâneos. A primeira reação dos que estavam na sinagoga é muito positiva, pois a profecia de Isaías, que Jesus atribuiu a Si mesmo, acabava de se cumprir. O Messias prometido ali estava no meio do seu povo e isso enchia a todos de alegria: «Todos davam testemunho em seu favor e se admiravam das palavras cheias de graça que saíam da sua boca».

Mas deu-se uma reviravolta na relação dos conterrâneos com Jesus, com quem conviveram durante cerca de trinta anos. Sempre houve peritos em manipular a opinião pública, transformando heróis em gente a eliminar. E assim aconteceu com Jesus, que foi desqualificado, pois não passaria de um homem comum: «Não é este o filho de José?». É que, como observou Jesus, «nenhum profeta é bem recebido na sua terra». A proximidade facilita o conhecimento e a amizade, mas também pode levar à vulgarização das relações, perdendo a estima e consideração. Como me situo perante Jesus? É o meu amor preferencial, ou apenas mais um? Estagnei no seu conhecimento ou tenho crescido no seu amor?

Sendo hoje o «Dia da Universidade Católica Portuguesa», agradecemos o seu serviço de qualidade às jovens gerações, abertos à ajuda a esta instituição da Igreja.

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