A União Europeia começou por ser um clube de países unidos por interesses económicos, onde era dado como adquirido um conjunto de dados base: que todos tinham uma história comum que os identificava; que todos tinham, como fruto dessa história comum, um chamado “Estado social” que protegia os respectivos cidadãos como nunca tinha acontecido na história universal; que todos tinham uma série de objectivos de crescimento cultural.
Só faltava a capacidade de gerar um mercado económico que cimentasse todas estas realidades comuns, e que fosse gerador de ainda maior união. O mesmo é dizer: os fundadores da Europa tinham consciência da realidade comum que os juntava – a história europeia marcada de modo indelével pelo cristianismo – e procuraram dar uma nova forma a essa realidade, de modo a ser possível uma maior competição com os outros dois colossos que então marcavam o mundo: os Estados Unidos e a União Soviética.
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