No
passado dia 29 de Junho de 2017 a Paróquia de Colares realizou o seu já
tradicional passeio.
Este
ano com destino a Tomar, passando por Vila Nova da Barquinha e Almourol.
Na
Barquinha visitamos o Barquinha Parque, que foi inaugurado em Julho de 2005.
Desde essa data tornou-se num ícone de Vila Nova da Barquinha, sendo hoje um
local de eleição dos habitantes do concelho e da região para passar os seus
tempos livres. Projectado pela dupla de Arquitectos Paisagistas – Hipólito
Bettencourt e Joana Sena Rego, conquistou o Prémio Nacional de Arquitectura
Paisagista 2007, na categoria "Espaços Exteriores de Uso Público",
embora houvesse muito mais para visitar o tempo escasseava, em Almourol o barco
esperava-nos para nos levar até ao Castelo Medieval de Almourol,
À
época da Reconquista cristã da península Ibérica, quando esta região foi
ocupada por forças portuguesas, Almourol foi conquistado em 1129 por D. Afonso
Henriques (1112-1185). O soberano entregou-o aos cavaleiros da Ordem dos
Templários, então encarregados do povoamento do território entre o rio Mondego
e o Tejo, e da defesa da então capital de Portugal, Coimbra.
Nesta
fase, o castelo foi reedificado, tendo adquirido, em linhas gerais, as suas
atuais feições, características da arquitectura templária: espaços de planta
quadrangular, muralhas elevadas, reforçadas por torres adossadas, Tinham 9
torres e uma mais alta e na janela virada a nascente tem uma cruz dos templários.
Dominadas por uma torre de menagem. Uma placa epigráfica, colocada sobre o
portão principal, dá conta que as suas obras foram concluídas em 1171, dois
anos após a conclusão do Castelo de Tomar, edificado por determinação de
Gualdim Pais, filho de Paio Ramires. As mesmas características arquitectónicas estão
presentes também no Castelo de Idanha, no de Monsanto, no de Pombal, no de
Tomar e no de Zêzere, seus contemporâneos.
Sob
os cuidados da Ordem, constituído em sede de uma Comenda, o castelo tornou-se
um ponto nevrálgico da zona do Tejo, controlando o comércio de azeite, trigo,
carne de porco, frutas e madeira entre as diferentes regiões do território e
Lisboa. Acredita-se ainda que teria existido uma povoação associada ao castelo,
em uma ou em ambas as margens do rio, uma vez que, em 1170, foi concedido foral
aos seus moradores.
Com
o avanço da reconquista para o sul e a extinção da Ordem dos Templários em 1311
pelo Papa Clemente V durante o reinado de D. Dinis (1279-1325), a estrutura
passou para a Ordem de Cristo, vindo posteriormente a perder importância, tendo
sofrido diversas alterações.
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Chegados
a Tomar pelas 13h00 dirigimo-nos ao restaurante “Casa Matreno & Casa das
Ratas” onde nos esperava um reconfortante almoço. Seguiu-se uma visita guiada a
esta magnífica cidade templária. Fundada em 1157 por Gualdim Pais, o primeiro
Grão-mestre da Ordem dos Templários em Portugal, a cidade é dominada pelo
castelo do séc. XII que contém o famoso Convento de Cristo. O centro da cidade
é formado por ruas estreitas, a mais importante das quais conduz à Igreja
gótica de São João Batista, do século XV, que possui um elegante portal
manuelino rematado por um coruchéu octogonal, um púlpito esculpido em pedra e
pinturas do séc. XVI das quais se destaca uma Última Ceia de Gregório Lopes. À
volta desta igreja, desenrola-se em Julho, de 2 em 2 anos ou de 3 em 3 anos, a
espetacular Festa dos Tabuleiros, de origem pagã, em que as raparigas de branco
transportam à cabeça tabuleiros com pães e flores. Esta celebração tem origens
semelhantes às da festa do Espirito Santo que acontece nos Açores. Na zona
antiga de Tomar ergue-se também uma das mais antigas sinagogas de Portugal, do
século XV. Depois de D. Manuel I banir os judeus, esta tornou-se prisão,
palheiro e armazém. Hoje abriga um pequeno museu: o Museu Luso-hebraico de
Abraham Zacuto (astrónomo e matemático do séc. XV). Não houve tempo para
visitar mais a sul a igreja de São Francisco do séc. XVII, onde se encontra
hoje o Museu dos Fósforos, que se orgulha de ter a maior coleção do género: 43.000 caixas de fósforos de 104 países. Dirigimenos ao autocarro que nos levou
para continuar-mos a visita pelo inevitável Convento de Cristo. Fundado em 1162
por Gualdim Pais, conserva ainda hoje recordações desses monges-cavaleiros e
dos seus herdeiros no cargo, a Ordem de Cristo. Aqui se destacam a Charola, o
Grande Claustro, a Janela Manuelina, o Claustro do Pão, a Igreja Manuelina, o
Claustro do Cemitério, o Claustro da Lavandaria, a Torre de Menagem, o Claustro
dos Corvos, o Aqueduto e o Castelo Templário. Concluída a visita, regressamos
ao autocarro, para seguirmos para a margem leste do rio Nabão, onde se situa a
Igreja de Nossa Senhora do Olival do séc. XIII. Restaurada, diversas vezes,
esta igreja preserva a sua fachada gótica e uma rosácea. No seu interior
encontram-se os túmulos de Gualdim Pais e de outros mestres templários. À época
dos Descobrimentos, tornou-se na Igreja-mãe dos Marinheiros
Foi nesta bonita e bem conservada Igreja que o nosso Pároco celebrou a Santa
Missa do dia de São Pedro. De volta ao autocarro para o inevitável regresso à
nossa Paróquia.
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