Pe José António Rebelo da Silva |
Caros amigos que nos visitais nesta página da internet e neste tempo festivo da Solenidade da Páscoa que se celebrará por cinquenta dias.Na celebração da Páscoa, festa da Ressurreição do Senhor, estamos a professar, a celebrar e a viver o mistério central da nossa fé cristã, a tal ponto que São Paulo avisara os coríntios: “Se Cristo não ressuscitou é vã a vossa fé (…) Mas não! Cristo ressuscitou dos mortos, como primícia dos que morreram” (cf. 1Cor.15,16-21). Por outras palavras, a ressurreição de Jesus inaugura, para cada um de nós, uma nova vida. A ressurreição não é apenas um acontecimento isolado e do passado, que diga apenas respeito a um homem chamado Jesus de Nazaré. Trata-se sobretudo de uma mudança decisiva, de uma transformação completa, dentro da nossa própria humanidade, que a todos nos atinge e interpela, que a todos liberta da morte, no sentido de uma vida autêntica e completa. A ressurreição de Jesus é, por este motivo, o «princípio e fonte da nossa ressurreição futura» (CIC, n. 655).
Crer que Jesus «ressuscitou ao terceiro dia» significa reconhecer que o mal e a morte, o ódio e o pecado, a desgraça e a injustiça, não têm a última palavra, pois o amor de Deus é mais forte do que a própria morte! Na Páscoa de Cristo tem apenas início aquela Vida, para a qual o ser humano foi criado por Deus, e, com esta inaugura-se a regeneração da humanidade inteira. Até lá, até à nossa ressurreição futura, até que Cristo venha, a nossa vida está em boas mãos, está “escondida, com Cristo, em Deus” (Col.3,1-4). Até lá, até que Ele venha e se manifeste na nossa vida em toda a sua glória, celebremos, com beleza e alegria, o mistério da fé, em cada Eucaristia, anunciando a sua morte e proclamando a Sua Ressurreição!
De resto, a ressurreição é uma surpresa completa, para a fé dos judeus e também para a esperança das mulheres e dos discípulos, que nem queriam crer, nem podiam ainda entender. E, neste sentido, também a ressurreição, constitui um mistério, um acontecimento que os transcende a todos, uma realidade que supera todas as suas expectativas (cf. CIC, nn. 639-647), e que só o olhar da fé, iluminado pela Palavra das Escrituras, poderá alcançar! Por isso se diz, que o discípulo amado “viu e acreditou” (Jo 20,8)! O sepulcro vazio é apenas um sinal visível para a fé. Da experiência, real e histórica do encontro divinal, com o Cristo Ressuscitado, é que brotarão depois todos os testemunhos da Sua Ressurreição.
Hoje somos nós que temos como missão anunciar, com a nossa fé e com a nossa vida, o Mistério da Ressurreição de Jesus. Em ambiente de caminho sinodal, vivido pela nossa Diocese de Lisboa peçamos esta graça ao Senhor. A graça de sermos enviados em Missão, de forma a anunciar a todos o Evangelho da Alegria
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A todos uma Páscoa abençoada e feliz!
Pe. José António Rebelo da Silva
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