A Alegria do Natal
Com a solenidade do Natal, começa um ciclo de festas
que se prolongará por mais de duas semanas, e nas
quais contemplamos vários aspectos da manifestação de
Jesus.
Mas é certamente no dia 25 de Dezembro que os
cristãos do mundo inteiro vivem mais intensamente a
entrada visível de Deus no mundo. Deus feito menino,
para salvar todos os homens. Depois da expectativa e da
oração insistente do advento, o Natal significa a resposta
de Deus.
A Igreja alegra-se no Natal por vários motivos:
certamente porque comemora o acontecimento histórico
do nascimento de Cristo, mas também porque ela tem
como missão prolongar entre os homens a presença de
Jesus. Através dos cristãos, o Senhor continua a nascer
no mundo. Por isso, a alegria do Natal se repete todos os
anos, duma maneira nova e verdadeira.
Através do relato de São Lucas, impressiona-nos a
simplicidade com que ele narra o facto e as
circunstâncias em que ocorreu o nascimento de Jesus:
uma viagem inesperada, a falta de lugar na hospedaria,
o nascimento num estábulo, por outro lado e a cobrir
esta pobreza extrema, a manifestação de Deus através
dos anjos, em ambiente de luz, música e glória (cf. Lc.2,
1-14).
Sabemos que para Deus não existem acasos. As
circunstâncias que envolvem o nascimento de Jesus não
serão já uma mensagem?
Entre os vários sentimentos que o Natal suscita em nós
(alegria, gratidão, fidelidade, partilha…), um há que não
podemos descurar e que é profundamente cristão: o
apreço pelo homem, o respeito pela sua dignidade.
Porque Deus amou tanto o homem, que lhe deu o Seu
Filho. Procuremos cultivar estes sentimentos e façamos
sobretudo no nosso coração um presépio de virtudes
para acolhermos Deus na nossa vida, e na vida das
nossas famílias. A todos um Santo Natal e um feliz e um
abençoado Ano novo na alegria de Jesus menino, de
Santa Maria e de São José.
Pe. José António Rebelo da Silva
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