Nesta situação, surge a oportunidade de voltar ao essencial, ao que está no coração de cada acontecimento
Os tempos são de pouca luz. A crise, essa sombra persistente que teima em acompanhar o quotidiano dos portugueses, obriga sistematicamente a cortes, cada vez mais cortes, e é sem surpresa que vemos chegar essa lógica à celebração do Natal.
Naturalmente, nenhum dos que durante tantos anos criticou a progressiva comercialização e até folclorização de uma festa tão importante para a fé cristã pode vir agora lamentar algum esvaziamento nas decorações das ruas ou a quebra das vendas nesta quadra, depois de tanto se ter apontado o dedo à febre consumista pré-25 de Dezembro.
Curiosamente, por estes dias, é de outra luz, a «Luz do mundo», de que se fala. Do que Bento XVI disse ou não sobre os mais diversos temas, das revoluções amplamente saudadas ainda que não o sejam. Mais uma vez, o essencial aqui é diferente: é a oportunidade de nos encontrarmos com este Papa, pelas suas palavras, com um pensamento que é e será referência para a teologia católica.
As surpresas, como é evidente, estão onde menos se espera. Assim se faça luz.
Octávio Carmo
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