O Secretariado Nacional dos Bens Culturais da Igreja (SNBCI) vai constituir um grupo técnico para a área da conservação e restauro, constituído pelas “principais instituições nacionais ligadas à área”.
A revelação é feita pela directora do SNBCI, Sandra Costa Saldanha, em entrevista à Agência ECCLESIA.
Segundo esta responsável, o património da Igreja Católica “precisa de uma intervenção urgente e qualificada”.
“Não encontraremos solução para todos os problemas – nem é esse o papel do secretariado -, mas com este grupo de trabalho pretende-se, essencialmente, abrir um novo caminho e dar novas indicações e orientações”, sublinha.
Nesta perspectiva da conservação e restauro, o grupo de trabalho integra instituições “não só da parte da Igreja, mas também do lado do Estado e de alguns particulares”.
Uma das prioridades passa pela “aplicação da legislação em vigor no que toca à conservação dos Bens Culturais”.
Por outro lado, foi recentemente assinado um acordo com o Instituto de Museus e Conservação (IMC), que se disponibiliza a “prestar apoio técnico”, em processos de restauro.
Em 2011, para além da constituição do grupo técnico, vai promover, em colaboração com o IMC, “um conjunto de acções de formação centradas, fundamentalmente, na conservação preventiva”, destinadas a “todo o público que lida directamente com esta área”.
Serão ministradas pelo IMC e estão previstas quatro acções, deslocalizadas geograficamente, para poder abranger o máximo de paróquias e dioceses.
Para Sandra Costa Saldanha, a questão da conservação e restauro é de “vida ou de morte”.
“Estamos a falar de acervos que estão em risco. Só que, muitas vezes, a boa vontade acaba por complicar mais a situação: em vez de um bom restauro faz-se uma intervenção perigosa que põe em causa a integridade do objecto”, lamenta.
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