Saúde: Cuidados continuados devem dar
mais atenção ao doente do que à doença, diz capelão hospitalar
Lisboa, 02 fev 2012 (Ecclesia) – Os cuidados continuados na saúde
exigem que a prioridade seja dada ao bem-estar físico e espiritual do paciente,
remetendo para segundo plano a cura da doença, considera o capelão do Hospital
do Mar, em Loures.
“Muito mais do que cuidados centrados na doença da pessoa, são
cuidados centrados na pessoa da doença”, frisa frei Hermínio Araújo na mais
recente edição do Semanário Agência ECCLESIA, dedicada ao Dia Mundial do
Doente, que a Igreja Católica assinala a 11 de fevereiro.
O religioso franciscano salienta também a relevância da “relação
entre a pessoa vulnerável e o cuidador”, que é “determinante” para a evolução
positiva dos cuidados continuados, cuja importância tem vindo a aumentar devido
às doenças de “evolução prolongada” e à “complexidade de patologias como as de
cariz crónico degenerativo”.
“Na maior parte dos casos, as pessoas chegam a situações de grande
fragilidade pelas inúmeras perdas que vão ocorrendo”, observa o sacerdote,
acrescentando que o “aumento da esperança média de vida está na origem de um
número crescente de pessoas com necessidades cada vez maiores”.
O especialista considera que se impõe a criação de “condições que
permitam obter ganhos em saúde e evitar o isolamento e a exclusão social”,
preservando a dignidade do ser humano independentemente do seu estado de saúde.
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