sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Saúde


Saúde: Cuidados continuados devem dar mais atenção ao doente do que à doença, diz capelão hospitalar

Lisboa, 02 fev 2012 (Ecclesia) – Os cuidados continuados na saúde exigem que a prioridade seja dada ao bem-estar físico e espiritual do paciente, remetendo para segundo plano a cura da doença, considera o capelão do Hospital do Mar, em Loures.
“Muito mais do que cuidados centrados na doença da pessoa, são cuidados centrados na pessoa da doença”, frisa frei Hermínio Araújo na mais recente edição do Semanário Agência ECCLESIA, dedicada ao Dia Mundial do Doente, que a Igreja Católica assinala a 11 de fevereiro.
O religioso franciscano salienta também a relevância da “relação entre a pessoa vulnerável e o cuidador”, que é “determinante” para a evolução positiva dos cuidados continuados, cuja importância tem vindo a aumentar devido às doenças de “evolução prolongada” e à “complexidade de patologias como as de cariz crónico degenerativo”.
“Na maior parte dos casos, as pessoas chegam a situações de grande fragilidade pelas inúmeras perdas que vão ocorrendo”, observa o sacerdote, acrescentando que o “aumento da esperança média de vida está na origem de um número crescente de pessoas com necessidades cada vez maiores”.
O especialista considera que se impõe a criação de “condições que permitam obter ganhos em saúde e evitar o isolamento e a exclusão social”, preservando a dignidade do ser humano independentemente do seu estado de saúde.

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