Taizé: Cardeal-patriarca de Lisboa destaca experiência que reúne os «elementos essenciais da vida cristã»
Lisboa, 18 ago 2015 (Ecclesia) – O cardeal-patriarca de Lisboa regressou a Portugal depois de uma semana junto da comunidade ecuménica de Taizé (França), com 58 jovens da diocese, inserida no encontro internacional ‘por uma nova solidariedade’.
D. Manuel Clemente foi convidado pelo prior de Taizé, o irmão Alois, para participar no evento, que juntou milhares de jovens de todo o mundo e que foi marcado também por três datas especiais: o centenário do nascimento e os 10 anos da morte do irmão Roger (1915 – 2015), fundador da comunidade ecuménica e os 75 anos do projeto, lançado em 1940 no contexto da II Guerra Mundial.
Em entrevista à Agência ECCLESIA, o cardeal-patriarca destacou a oportunidade que os mais novos tiveram para contactar com uma comunidade onde se vive de forma “profunda” aqueles que são os “elementos essenciais da vida cristã”, desde a “oração” à “solidariedade” para com os outros.
“Somos filhos de Deus, irmãos uns dos outros, e uma coisa é eles ouvirem dizer isto, como se ouve nas catequeses, nas homilias, outra coisa é experimentar, e durante os testemunhos que eles foram dando, ao longo da semana e agora no regresso, foi o que veio ao de cima”, salientou.
Entre 8 e 16 deste mês, acorreram à pequena aldeia de Taizé, a cerca de 360 quilómetros de Paris, mais de quatro mil jovens de todo o mundo, entre os quais centenas de portugueses, de Lisboa e de outras dioceses.
Ao longo desses dias, tiveram oportunidade de participar em várias atividades, desde momentos de oração e partilha, com especial destaque para a celebração da memória do irmão Roger, até conferências e workshops com responsáveis das várias Igrejas cristãs, dedicadas a temas como a misericórdia, a simplicidade e a alegria.
Para D. Manuel Clemente, tratou-se de uma semana fundamental para “alargar o espírito” dos jovens e prepará-los para continuarem a ser portadores da mensagem cristã no mundo.
“O que vem ao de cima é que, com aqueles milhares de jovens que anualmente passam em Taizé, a Europa pode contar para se reafirmar como continente verdadeiramente cristão e solidário, porque cada geração é uma sementeira de esperança”, complementou.
A ida da comitiva lisboeta a França contou com a organização do serviço diocesano da Juventude.
Para Cláudia Lourenço, que integra aquele organismo, este não foi apenas um desafio profissional mas também pessoal, já que foi a primeira vez que esteve junto da comunidade ecuménica.
Frisando que o Serviço da Juventude do Patriarcado de Lisboa tem como único propósito “levar os jovens a aproximarem-se mais de Jesus Cristo”, a responsável recordou uma “semana muito especial”, que mostrou na prática a “universalidade” da fé em Cristo, que une tantas pessoas.
“Nós podemos ouvir falar muita coisa sobre Taizé mas só indo e experimentando é que realmente se tem a noção e se vive muito aquela universalidade e intensidade da oração, do encontro com o irmão, da partilha, de conhecermos pessoas do mundo inteiro que acreditam em Jesus Cristo e que trabalham no mundo real, concreto, de todos os dias, sempre com essa presença de Jesus nas suas vidas”, realçou.
No próximo domingo, a partir das 11h20 na RTP2, a comunidade ecuménica de Taizé e o último encontro internacional de jovens em França vão ser tema em destaque no programa ‘70x7’.
JCP
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