Gen 1, 1 – 2, 2 / Gen 22, 1-18 / Ex 14, 15 – 15, 1 / Is 54, 5-14 / Is 55, 1-11 / Bar 3, 9-15.32 – 4, 4 / Ez 36, 16-17a.18-28 / Rom 6, 3-11 / Mc 16, 1-7
Ontem, na Cruz, víamos Cristo carregado com a mentira, com o mal, com todo o pecado deste mundo. Agora vemos entre nós o Ressuscitado, o homem realizado, a humanidade cumprida. Cristo ressuscitado mostra-nos a meta da peregrinação da nossa vida; mostra-nos o «fim dos tempos», a comunhão dos santos e como seremos também nós quando o Amor for tudo em todos. Mostra-nos aquilo que S. João descreve no livro do Apocalipse: a praça de ouro da Jerusalém Celeste, a meta para toda a humanidade.
«Jesus, o Nazareno, o Crucificado, ressuscitou, não está aqui!», exclama o jovem vestido de branco. Este é o grito do dia de Páscoa. O grito da vitória do Amor sobre a morte. O grito que sai do túmulo e ecoa por todo o mundo e todos os tempos, até aos confins do Cosmos, até aos confins da história.
Este é o centro da nossa fé. É este o anúncio que os primeiros cristãos não podiam calar dentro de si. Cristo está vivo! Ele ressuscitou! Aquele que esteve pendurado na cruz, aquele que foi depositado num sepulcro está vivo! Venceu a morte!
O Evangelho desta Vigília Pascal, a mais importante vigília do calendário litúrgico, narra-nos a experiência da manhã de Páscoa: as mulheres que tinham contemplado a cruz escutam agora o anúncio, veem o Senhor e recebem a importante missão de ir anunciar a Boa Nova: o Senhor está vivo. Não é só para consolar os seus amigos que Ele aparece, mas para que estes, partindo para a Galileia, isto é, para a vida do dia a dia, da normalidade do quotidiano, sejam, no concreto das suas vidas, enviados a anunciar a todos os povos que Cristo está vivo.
Estas mulheres que foram ao sepulcro recebem de imediato a missão de ir anunciar aos irmãos o sucedido porque todo o Evangelho nos indica a missão de irmos anunciar que o Senhor está vivo e presente na nossa vida de cada dia. É assim que realizamos a nossa vocação de filhos, é assim que estamos com Ele todos os dias da nossa vida, é assim que levamos até ao fim a missão de Jesus. É no encontro com os outros que se encontra o Outro. É amando que se encontra o Amor. Amando os irmãos, somos animados pela mesma Vida que anima Jesus Cristo.
O sepulcro está vazio. O Senhor não está ali, mas estará sempre nos irmãos, no mais pequeno dos nossos irmãos, e poderemos encontrá-Lo sempre que vamos ao encontro deles.
Sem comentários:
Enviar um comentário