sábado, 1 de fevereiro de 2020

XXIV Dia Mundial da Vida Consagrada que será celebrado neste domingo (02/02)

Vida Consagrada: «A minha vocação nasceu mais no mar do que em terra» – Irmã Amélia Costa

Faz mergulho, tinha 12 anos quando “fugiu” dos vulcão dos Capelinhos, queria viver numa roulotte, começou a acompanhar jovens com o padre Max, em Vila Real, toca, canta e assina uma das músicas mais populares entre os jovens

Lisboa, 01 fev 2020 (Ecclesia) – A irmã Maria Amélia Costa é natural dos Açores, gosta de mergulhar, deixou a “rebeldia” há 50 anos quando experimentou o “contágio” de uma comunidade franciscana e aposta na música para acompanhar grupos de jovens.

“Jesus chamou-me mais junto à praia do que junto ao templo”, afirma a religiosa da Congregação das Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição (CONFHIC) que este ano assinalou as bodas de ouro de Vida Religiosa.

Por ocasião do Dia do Consagrado, que se assinala no dia 2 de fevereiro, a irmã Amélia Costa falou sobre o seu percurso de vida à Agência ECCLESIA, disse que a sua vocação “tem muito de mar”, recordou a praia e os pescadores da ilha onde morava, o Faial, e a inspiração que encontrava “nas rochas, nas fajãs, junto ao mar”.

“Sempre que é possível, retiro-me oito a 10 dias para um local que tenha mar – porque se não tiver mar, nenhum local serve para repousar e regenerar – e aproveito a manhã, a tarde e o fim de tarde para desfrutar o máximo que é possível do mar”, afirmou.

Com três irmãos, Amélia Costa era a “mais rebelde” e o pai quis que estudasse num colégio, onde o testemunho de cinco religiosas professoras “começou a alterar completamente” o seu interior, que “estava muito confuso, muito fechado”.

Prestes a abandonar a prática cristã, participou num retiro durante três dias e recorda que foi na madrugada de domingo que a sua vida mudou após ter falado com um sacerdote que estava a confessar as colegas da turma.

“Pelas duas e meia da manhã eu vou igreja a cima, fui ter com o sacerdote e pedi-lhe para me dizer o que tinha dito a elas, porque vi que vinham com rostos diferentes, vinham bem, ficavam bem”, recorda.

“A partir daí a minha vida mudou, até em casa”, afirmou.


Sem comentários: