Vivemos num tempo de incúria das palavras, no qual abundam neologismos eufemísticos: fala-se de «guerra preventiva» para definir a agressão militar; recorre-se ao termo «flexibilidade» para falar de desemprego ou despedimento. Mais do que nunca há necessidade de filologia, isto é, de amor pelas palavras; ou também, para o dizer com outra metáfora, de ecologia da linguagem. A esta sorte não escapa sequer um termo que muitas vezes ouvimos ressoar: «Conviver/com-vivência». Na linguagem comum, é agora sinónimo quase unicamente de coabitação entre pessoas não casadas. Que empobrecimento!
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