sábado, 31 de outubro de 2020

MEDITAÇÃO DIÁRIA Sáb, 31 – Semana XXX do Tempo Comum

 filip 1, 18b-26 / Slm 41 (42), 2.3.5 / Lc 14, 1.7-11

Ao notar como os convidados escolhiam os primeiros lugares. (Evangelho)

Quer queiramos quer não, todos nós somos influenciados pelos valores do mundo. Aqui há tempos uma amiga contou-me, muito maçada, porque humilhada, que num casamento tinha sido relegada para a mesa mais afastada, ela que era madrinha de batismo do noivo. Poucas pessoas terão a descontração de não se importar. E é normal. O que temos é de usar de caridade para com todas as pessoas. E às vezes isso é tão difícil que nem notamos que não o fazemos.

sexta-feira, 30 de outubro de 2020

MEDITAÇÃO DIÁRIA Sex, 30 – Semana XXX do Tempo Comum

 Filip 1, 1-11 / Slm 110 (111), 1-6 / Lc 14, 1-6

Que a vossa caridade cresça em ciência e discernimento, para que (…) vos torneis (…) irrepreensíveis. (1ª Leitura)

A ciência e o discernimento devem estar ao serviço da caridade, isto é, a caridade deve ter ciência. Toda a nossa atividade tem de estar imbuída de caridade. Deve ser caridosa a maneira como nos relacionamos, a maneira como trabalhamos, a maneira como comemos, a maneira como nos sentamos, etc. Por exemplo, a maneira como nos sentamos e comemos deve ser caridosa para connosco (a nossa saúde, a nossa coluna) e para com os outros (não os chocar).


quinta-feira, 29 de outubro de 2020

MEDITAÇÃO DIÁRIA Qui, 29 – Semana XXX do Tempo Comum

Ef 6, 10-20 / Slm 143 (144), 1.2.9-10 / Lc 13, 31-35

Devo seguir o meu caminho. (Evangelho)

Jesus devia seguir o seu caminho que era morrer em Jerusalém. Hoje proponho ao leitor que siga o caminho de Jesus dentro de si. Veja que caminho é que Jesus tem percorrido consigo. Desde determinada data. Desde ontem, desde há um mês, há seis meses… Ou de alegria, ou de acalmia, ou ternura ou uma mistura disto ou outra coisa. Faça uma espécie de revisão para reviver essas alegrias, voltar a saborear esses momentos, para os aprofundar, como se fosse para tirar todo o sumo que eles possam ter.

quarta-feira, 28 de outubro de 2020

MEDITAÇÃO DIÁRIA Qua, 28 – Santos Simão e Judas, Apóstolos (Festa)

Ef 2, 19-22 / Slm 18 A (19 A), 2-5 / Lc 6, 12-19

Saía d’Ele uma força que a todos sarava. (Evangelho)

Podemos estar certos que de Jesus, através do Espírito Santo, sai uma força. (Claro que não vamos notar essa força a sair mas notaremos os frutos.) Nós temos de a pedir insistente e regularmente. Essa força acabará por nos ajudar. Mas a insistência e a regularidade são fundamentais. Se for preciso, comecemos por pedir a graça da regularidade. Jesus dá-nos todas essas graças desde que nós as peçamos, porque Jesus está muito empenhado no nosso aperfeiçoamento espiritual e numa maior união nossa com Ele.

segunda-feira, 26 de outubro de 2020

MEDITAÇÃO DIÁRIA Seg, 26 – Semana XXX do Tempo Comum

 Ef 4, 32 – 5, 8 / Slm 1, 1-4.6 / Lc 13, 10-17

Apareceu lá uma mulher com um espírito. (Evangelho)

O espírito era um espírito mau. Os bons espíritos dão paz e os maus espíritos inquietação e ansiedade. (Se bem que a ansiedade também possa vir de doenças). Se estivermos de boa consciência, normalmente estamos em paz. O problema são aqueles estados em que não sabemos o que é bem ou o que é mal. Para isso Santo Inácio dá-nos algumas regras. Por exemplo, o que é que aconselharíamos a um amigo e, na hora da morte, olhando para trás, o que é que desejaríamos ter feito.

domingo, 25 de outubro de 2020

MEDITAÇÃO DIÁRIA Dom, 25 – Domingo XXX do Tempo Comum – Ano A

x 22, 20-26 / Slm 17 (18), 2-3.7.47.51ab / 1 Tes 1, 5c-10 / Mt 22, 34-40

O livro do Êxodo apresenta-nos Deus como protetor dos desprotegidos. A omnipotência divina é usada em favor dos mais frágeis. São mencionados como prioritários a serem protegidos: os estrangeiros, os órfãos e as viúvas. Usos e abusos dos indigentes são infelizmente comuns, ontem e hoje. Desrespeitar o próximo necessitado é ofender a Deus, que se apresenta como o seu defensor.

Aproveitar-se da penúria de alguém que precisa de um empréstimo, extorquindo juros, é um pecado que brada aos céus. Esta a doutrina da palavra de Deus, vários séculos antes de Jesus Cristo, e de grande atualidade no presente século XXI.

São Paulo elogia a comunidade dos cristãos de Tessalónica, cujo exemplo tem sido um estímulo para outras comunidades. Ele mesmo pregou com o testemunho da sua vida, passando por tribulações e mantendo a alegria, fruto do Espírito de Jesus Cristo. Também aqui se verifica a verdade do ditado latino: «As palavras voam, mas os exemplos arrastam». Como nos recorda Santo António de Lisboa: «A linguagem é viva quando falam as obras. Calem-se, portanto, as palavras e falem as obras».

No tempo de Jesus, os rabis, os mestres na lei de Deus, tinham-na resumido em 613 mandamentos, sendo 365 preceitos negativos (tantos quantos os dias do ano), com a indicação de ações proibidas, e 248 positivos (número de elementos do corpo humano, segundo a ciência da época), explicitando o que se devia fazer. Era uma floresta complicada de normas e leis. Por isso, Cristo adverte fortemente os doutores da lei: «Ai de vós, porque carregais os homens com fardos insuportáveis!» Jesus simplifica tudo, resumindo toda a lei no duplo mandamento do amor: «Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todo o teu espírito... e amarás o teu próximo como a ti mesmo». Sendo Deus amor, a sua lei não pode ser senão amar. Provamos que somos de Deus amando.

sábado, 24 de outubro de 2020

MEDITAÇÃO DIÁRIA Sáb, 24 – Semana XXIX do Tempo Comum

 Ef 4, 7-16 / Slm 121 (122), 1-5 / Lc 13, 1-9

Senhor, deixa-a ficar ainda este ano. (Evangelho)

Esta parábola sobre a misericórdia de Deus também pode ser usada para connosco próprios. Temos de ter paciência para com as nossas faltas de progresso. O que devemos fazer quando nos sentimos a baixar a guarda é retomar o propósito com mais vigor, fazer um exame escrito de como é que esse propósito está a correr e, eventualmente, estabelecer limites para a sua concretização. Assim subiremos a escada da vida degrau a degrau, em vez de estacionarmos num patamar.

ALPHA JOVENS



 

sexta-feira, 23 de outubro de 2020

MEDITAÇÃO DIÁRIA Sex, 23 – Semana XXIX do Tempo Comum

 Ef 4, 1-6 / Slm 23 (24), 1-6 / Lc 12, 54-59

hipócritas (…) porque não julgais (…) o que é justo? (Evangelho)

Algumas vezes pode não ser do nosso interesse «julgar» o que é justo e aí seremos hipócritas. Mas outras vezes poderemos estar genuinamente confusos, indecisos. Se a oração estiver entrelaçada com a nossa vida, se estiver sempre latente, porque, evidentemente, não pode ser sempre consciente, quando for precisa estará «lá». Assim deve acontecer quando precisarmos de «julgar» o que é justo. Devemos estar abertos ao Espírito Santo para podermos discernir o que é justo, o que vem de Deus, e não tapar o sol com a peneira.

quinta-feira, 22 de outubro de 2020

"Não tenhais medo": a frase mais usada por São João Paulo II

 

Philip Kosloski - publicado em 22/10/20


Já na sua primeira missa como papa, em outubro de 1978, João Paulo II proferiu a frase que marcaria todo o seu pontificado

Ao longo de seu pontificado de 26 anos, uma das frases mais usadas de São João Paulo II foi: “Não tenhais medo”.

Mas será que isso foi Isso foi planejado? Como isso aconteceu?

João Paulo II refletiu sobre isso no livro “Cruzando o Limiar da Esperança“. Ele explicou, então, que foi o Espírito Santo que o inspirou a dizer essas palavras:

"Quando, em 22 de outubro de 1978, eu disse as palavras: ‘Não tenhais medo!’ na Praça de São Pedro, eu não poderia saber bem até onde elas iriam me levar e toda a Igreja. Seu significado veio mais do Espírito Santo, o Consolador prometido pelo Senhor Jesus aos Seus discípulos, do que do homem que os falou.”

Em seguida, ele continua a reflexão e explica por que costumava voltar à frase durante seus muitos anos como papa:

“A exortação ‘Não tenhais medo!’ deve ser interpretada como tendo um significado muito amplo. Em certo sentido, foi uma exortação dirigida a todas as pessoas, uma exortação para vencer o medo na situação atual do mundo … Por que não devemos ter medo? Porque o homem foi redimido por Deus. Ao pronunciar essas palavras na Praça de São Pedro, eu já sabia que minha primeira encíclica e todo meu papado estariam vinculados à verdade da Redenção. Na Redenção encontramos a base mais profunda para as palavras ‘Não tenhais medo’: ‘Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito'”.

Medo x esperança

Os cristãos, portanto, nunca devem ter medo de nenhuma tempestade que possa atingi-los. Ou seja: eles devem tem esperança em Jesus Cristo, que veio para salvar o mundo das trevas.

Para São João Paulo II, nada deve tirar nossa esperança no Senhor. Como resultado, quando sabemos que Deus está no controle e que ele é amor, nossos medos desaparecem. Disse ele:

“Povos e nações de todo o mundo precisam ouvir essas palavras. Sua consciência precisa crescer na certeza de que existe Alguém que segura em suas mãos o destino deste mundo passageiro … E esse Alguém é Amor.”

Deus é amor! Portanto, se realmente entendermos isso, não teremos mais medo da “situação atual do mundo”, mesmo que ela fique mais escura.

Em resumo: Deus é amor e ele está no controle.

MEDITAÇÃO DIÁRIA Qui, 22 – Semana XXIX do Tempo Comum

Ef 3, 14-21 / Slm 32 (33), 1.3-5.11-12.18-19 / Lc 12, 49-53

Eu vos digo que vim trazer a divisão. (Evangelho)

Às vezes, a defesa dos valores do Evangelho divide-nos. A defesa dos nossos valores tem de ser muito firme, nos artigos, nas homilias, na família, na educação dos filhos e netos (não pode ser um silêncio cúmplice), nas conversas com os nossos amigos. Por exemplo, a Igreja é um alvo muito fácil de atacar enquanto os antivalores não têm uma instituição paralela que os represente. Daí que a defesa dos valores tenha de ser caso a caso, o que implica estarmos muito bem informados. O leitor informa-se das posições da Igreja?

quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Papa Francisco defende uniões civis de casais homossexuais

Foto: PIZZOLI / AFPar

 O Papa Francisco declarou, num novo documentário, que os casais homossexuais devem ser protegidos pelas leis da união civil.

"As pessoas homossexuais têm o direito de pertencer a uma família. Eles são filhos de Deus e têm direito a uma família. Ninguém deve ser expulso ou ser miserável por isso", diz o pontífice máximo da Igreja Católica no documentário "Francesco", que estreou esta quarta-feira no Festival de Cinema de Roma e que aprofunda temas de interesse do Papa, como ambiente, pobreza, migração, desigualdade racial e discriminação.

"O que temos que criar é uma lei de união civil. Dessa forma, estarão legalmente abrangidos. Eu defendo isso", acrescentou Francisco, citado pela agência Reuters.

MEDITAÇÃO DIÁRIA Qua, 21 – Semana XXIX do Tempo Comum

Ef 3, 2-12 / Is 12, 2-3.4bcd.5-6 / Lc 12, 39-48

A quem muito foi confiado, mais se lhe pedirá. (Evangelho)

O que é que nós fazemos daquilo que Deus nos deu para administrarmos? O que é que o leitor faz da sua reforma? Por exemplo, aproveita-a para rezar? O que é que faz do seu corpo saudável? Ou tornou o seu corpo menos saudável por desleixo? Como é que agora vai reparar isso? O que é que faz da sua inteligência? Aproveita-a? Põe-na ao serviço dos outros? É bom conversador? Visita um hospital ou um lar de idosos? Ou talvez nada disto, mas, enfim, usa as capacidades que Deus lhe deu, as físicas, as psíquicas, as da fé?

terça-feira, 20 de outubro de 2020

Como abençoar nossos filhos

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Philip Kosloski - publicado em 24/08/17

Um costume antigo que os pais e as mães podem repetir todos os dias

Atenção, papais e mamãs! Vocês têm uma linda missão de vida: apresentar seus filhos a Deus. O Catecismo da Igreja Católica explica que: “Pela graça do sacramento do matrimónio, os pais receberam a responsabilidade e o privilégio de evangelizar os filhos. Desde tenra idade devem iniciá-los nos mistérios da fé, de que são os «primeiros arautos». Hão de associá-los, desde a sua primeira infância, à vida da Igreja. A maneira como se vive em família pode alimentar as disposições afetivas, que durante toda a vida permanecem como autêntico preâmbulo e esteio de uma fé viva.”(CIC 2225).

Com toda certeza, esta não é uma tarefa fácil. Frequentemente, pode até parecer infrutífera. E digo mais: talvez nós nunca vamos saber a influência religiosa que tivemos sobre nossos filhos. Mas é preciso exercê-la.

Uma parte importante da “evangelização” de nossos filhos é bastante simples e muito antiga. É a chamada “Bênção Parental”, que consiste na habilidade de derramar as bênçãos de Deus sobre nossos filhos. Como pais e mães, temos o dever de confiar nossos filhos a Deus e nossas orações têm um duplo efeito sobre eles. Por quê? Porque Deus nos deu nossos filhos e é nosso dever devolvê-los a Ele.

Exemplos de Bênçãos Parentais podem ser encontrados ao longo do Antigo Testamento. Um dos exemplos mais conhecidos é o de Isaac, que abençoa seu filho Jacó (cf Gênesis 27).

Em Números, está a conhecida Bênção Aarônica ou Bênção Sacerdotal: “O Senhor te abençoe e te guarde; o Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti e te conceda graça; o Senhor volte para ti o seu rosto e te dê a paz” (Números 6:24-26). Linda e verdadeira, não é?

Outra Bênção Parental pode ser encontrada no livro de Tobias, onde Tobit abençoa seu filho Tobias, que está prestes a partir para uma viagem: “Que Deus nos céus te proteja no teu caminho e te traga salvo de volta pra mim; que o teu anjo te acompanhe “(Tobias 5:17).

Todas essas orações você pode recitar para seus filhos. Outra maneira simples de fazer isso seria pegar um pouco de água benta (se disponível) e traçar o sinal da cruz na mão direita de seu filho (ou simplesmente colocar a mão na cabeça dele). Ao fazer isso, você pode rezar qualquer uma das orações acima, ou apenas dizer: “Que Deus o abençoe em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”.

Não existe uma fórmula definida para a oração de bênção dos filhos. Ela pode até ser espontânea. O importante é invocar a benção de Deus sobre eles, reconhecendo o poder que Ele lhe deu como pai ou mãe.

Este tipo de bênção é comumente feita na hora de dormir, mas também pode ser aplicada antes de seu filho ir para a escola, embarcar em um ônibus ou fazer uma viagem. Isso lhe dará conforto adicional para saber que Deus está com eles enquanto eles saem de sua casa e um anjo está a seu lado a cada passo do caminho.

Não é fácil ser pai e mãe e ter que ensinar a fé aos filhos. No entanto, com a ajuda de Deus, todas as coisas são possíveis. E eles, um dia, vão te agradecer por isso.

MEDITAÇÃO DIÁRIA Ter, 20 – Semana XXIX do Tempo Comum

 Ef 2, 12-22 / Slm 84 (85), 9-14 / Lc 12, 35-38

A sua glória habitará na nossa terra. (Salmo)

Quer dizer, o brilho e esplendor de Deus habitarão na nossa terra. Isto é, a irradiação de Deus. Esses brilho, esplendor e irradiação não são uma luz vinda de algum sítio mas propagam-se através de nós e de todas as criaturas. São a Beleza e a Bondade universais. Compete-nos a nós sermos vasos comunicantes fiéis da beleza de Deus e também da sua bondade e assim o mundo – que tanto precisa – irá ficando «mais Bom» e mais Belo.

segunda-feira, 19 de outubro de 2020


 

Sintra - Lugar da Musica

 A Câmara de Sintra promove, pelo segundo ano, um ciclo de 6 concertos de Música Barroca. Esta iniciativa de entrada gratuita acontecerá em diversos pontos de concelho.

23.OUT - 21h30 | Igreja Paroquial de N.ª Sr.ª da Assunção de Colares

LES SECRETS DES ROYS | Ensemble de Música Antiga - Officium Tenebræ - Polifonia Sacra

Saiba mais em: http://bit.ly/musicabarrocasintra

Reserva: http: http://bit.ly/23outsintra

Ingressos limitados aos lugares disponíveis. 

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MEDITAÇÃO DIÁRIA Seg, 19 – Semana XXIX do Tempo Comum

 Ef 2, 1-10 / Slm 99 (100), 2-5 / Lc 12, 13-21

A vida de uma pessoa não depende da abundância dos seus bens. (Evangelho)

Mas, algumas (muitas?) vezes nós achamos que depende. Vou dar ao leitor um exemplo. Alguns movimentos religiosos pedem aos seus membros um dia de salário como contributo. Estas contas podem fazer-se de modo a contribuir-se da seguinte maneira: pode dar-se um dia de salário do mês dos 31 dias (do casal ou só de um?) ou podemos dividir 14 meses mais as eventuais comparticipações nos lucros, para os felizardos que delas usufruem. Ou também se pode achar que um dia de salário para o movimento a que pertencemos é demais.

domingo, 18 de outubro de 2020

MEDITAÇÃO DIÁRIA Dom, 18 – Domingo XXIX do Tempo Comum – Ano A / Dia Mundial das Missões

 Is 45, 1.4-6 / Slm 95 (96), 1.3-5.7-10a.c / 1 Tes 1, 1-5b / Mt 22, 15-21

O profeta Isaías, em nome de Deus, levanta a voz para anunciar que o povo de Israel, deportado na Babilónia, será finalmente libertado por Ciro, rei dos Persas. Este rei pagão é o ungido do Senhor para uma missão providencial, pois Deus não faz aceção de pessoas, aproveitando todas as boas vontades para realizar os seus planos de salvação.

A segunda leitura apresenta-nos o início da primeira carta de São Paulo aos cristãos de Tessalónica, populosa cidade portuária, rica metrópole comercial, com o nome da irmã de Alexandre Magno. O apóstolo Paulo dá graças a Deus e assim elogia os cristãos desta comunidade: «Recordamos a atividade da vossa fé, o esforço da vossa caridade e a firmeza da vossa esperança em Nosso Senhor Jesus Cristo». Poderá ele dirigir-me um elogio semelhante?

Os fariseus programaram armar uma cilada a Jesus, sobre um tema que sempre foi delicado, o dever de pagar impostos: «É lícito ou não pagar tributo a César?». Ficou proverbial a sábia resposta de Jesus, depois de pedir que lhe mostrassem uma moeda do tributo, onde estava gravada a imagem do imperador: «Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus». O verbo que Jesus usa tem o significado de «restituir», isto é: o que pertence às autoridades civis a elas se restitui; e o que pertence a Deus, a Ele se deve restituir. A esfera civil e a esfera religiosa devem respeitar-se mutuamente, sem confusões nem intromissões. Todo o bom cristão deve ser um bom cidadão. Também nisso manifesta a sua fé, que não pode ficar encerrada num templo, mas deve concretizar-se em todos os setores da vida humana: família e trabalho, economia e política.

Celebramos neste domingo o «Dia Mundial das Missões». Somos desafiados a alargar os horizontes da nossa solicitude até aos confins da terra. A Mensagem pontifícia para esta jornada tem por título uma expressão do profeta Isaías: «Eis-me aqui, envia-me». Ser cristão é viver como missionário, ou seja, como enviado por Cristo. Assim nos exorta o Papa Francisco na sua Mensagem: «A compreensão daquilo que Deus nos está a dizer nestes tempos de pandemia torna-se um desafio também para a missão da Igreja. Desafia-nos a doença, a tribulação, o medo, o isolamento. Interpela-nos a pobreza de quem morre sozinho, de quem está abandonado a si mesmo, de quem perde o emprego e o salário, de quem não tem abrigo e comida. Obrigados à distância física e a permanecer em casa, somos convidados a redescobrir que precisamos das relações sociais e também da relação comunitária com Deus. Longe de aumentar a desconfiança e a indiferença, esta condição deveria tornar-nos mais atentos à nossa maneira de nos relacionarmos com os outros. E a oração, na qual Deus toca e move o nosso coração, abre-nos às carências de amor, dignidade e liberdade dos nossos irmãos, bem como ao cuidado por toda a criação».

sábado, 17 de outubro de 2020

MEDITAÇÃO DIÁRIA Sáb, 17 – Santo Inácio de Antioquia (Memória)

 Filip 3, 17 – 4, 1 / Slm 33 (34), 2-9 / Jo 12, 24-26 (L. Santoral)

Se o grão de trigo, lançado à terra, não morrer, fica só. (Evangelho)

Temos de morrer para algumas (muitas?) coisas, mas sempre numa perspetiva de felicidade futura. Se nos libertarmos de algo que não nos permite dar muito fruto, essa libertação provocará muita alegria. (Ao contrário de uma renúncia «pura».) Imagine o leitor que é uma pessoa por natureza muito sedentária e que passa a frequentar aulas de ginástica. Toda a agilidade que isso lhe trará poderá causar-lhe alegria. Morreu para algum sedentarismo ou, se quiser, fez penitência e ficou contente.

sexta-feira, 16 de outubro de 2020

Igreja/Sociedade: Portuguesa é a nova presidente do Movimento de Trabalhadores Cristãos Europeus

Olinda Marques foi escolhida para um mandato de dois anos 

Foto: MTCE
Lisboa, 16 out 2020 (Ecclesia) – A portuguesa Olinda Marques foi eleitahoje “por unanimidade” presidente do Movimento de Trabalhadores Cristãos Europeus – MTCE, para um mandato de dois anos, na assembleia geral realizada online.

Num comunicado enviado à Agência ECCLESIA, a coordenação nacional da Liga Operária Católica/Movimento de Trabalhadores Cristãos (LOC/MTC) informa que Olinda Marques é profissional de Farmácia “no centro interior” de Portugal e “tem uma experiência longa de militante cristão”.

Atualmente, Olinda Marques é dirigente nacional da LOC/MTC e da Diocese de Coimbra; começou como militante e dirigente da JOC – Juventude Operária Católica “durante muitos anos”.

A nova presidente do Movimento de Trabalhadores Cristãos Europeus – MTCE foi “eleita por unanimidade” na assembleia-geral que se realizou hoje, pela primeira vez, através das plataformas digitais.

De Portugal participaram também no encontro o coordenador e a vice-coordenadora nacional da LOC/MTC, respetivamente Américo Monteiro e Alice Marques, bem como Olinda Marques, que era já membro do grupo de coordenação europeu, e Fátima Almeida que é copresidente do Movimento Mundial de Trabalhadores Cristãos – MMTC.

O comunicado destaca que o MTCE vai continuar “a dar especial atenção à sua campanha europeia pelo Domingo Livre”; Foram vários os assuntos debatidos na assembleia-geral, e “aprovados no exercício da democracia plena desta organização”.

A mais recente encíclica do Papa Francisco ‘Fratelli Tutti’ também esteve pressente na reflexão destes militantes: “É preciso prestar atenção à dimensão global para não cair numa mesquinha quotidianidade. Ao mesmo tempo convém não perder de vista o que é local, que nos faz caminhar com os pés na terra”.

“Apelo que levou a que Olinda Marques, aceitasse o desafio feito pelos diversos membros do MTCE, por um mandato de dois anos”, salienta ainda o comunicado da da Liga Operária Católica/Movimento de Trabalhadores Cristãos em Portugal.

A próxima assembleia-geral do Movimento de Trabalhadores Cristãos da Europa deve realizar-se em Portugal, no mês setembro de 2021, em Alfragide (Amadora), antecedendo o Conselho Mundial do MMTC que vai ter lugar no mesmo local.

A LOC/MTC vai promover, de 12 a 15 de novembro, um seminário internacional sobre o tema ‘Evolução das relações e formas de trabalho na era digital’, em Aveiro.

CB/OC

MEDITAÇÃO DIÁRIA Sex, 16 – Semana XXVIII do Tempo Comum

Ef 1, 11-14 / Slm 32 (33), 1.3-5.12-13 / Lc 12, 1-7

Acautelai-vos do fermento dos fariseus, que é a hipocrisia. (Evangelho)

O leitor conhece aquelas pessoas que em frente a «A» dizem «A» e em frente a «B» dizem «B» e que quando se trata de defender alguém optam pelo lado mais forte? No fundo, estas pessoas só pensam em si. Assim são os hipócritas, pessoas sem espinha dorsal que vivem para usar os outros em seu proveito. Termos espinha dorsal pode ser duro quando há divisões e nós estamos do lado da minoria. Mas lembremo-nos sempre que o nosso rei é Cristo crucificado e não a nossa irradiação.

quinta-feira, 15 de outubro de 2020

MEDITAÇÃO DIÁRIA Qui, 15 – Santa Teresa de Jesus (Memória)

Rom 8, 22-27 / Slm 18 B (19 B), 8-11 / Jo 15, 1-8 (L. Santoral)

O próprio Espírito intercede por nós com gemidos inefáveis. (1ª Leitura)

Nós podemos pedir ao Espírito Santo que reze por nós, que nos ilumine sobre o que é que havemos de pedir para que os nossos pedidos sejam mais em consonância com a vontade de Deus, que só quer a nossa felicidade. Não nos esqueçamos de pedir pela conversão dos pecadores e pelas almas do purgatório e de oferecer a Deus os nossos sofrimentos em desconto dos nossos pecados e dos das almas do purgatório.


quarta-feira, 14 de outubro de 2020

Um milhão de crianças rezam o Terço pela paz - Domingo 18 de Outubro


“Um milhão de crianças rezam o Terço” pela unidade e a paz no próximo domingo, dia 18 de outubro. Esta iniciativa da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre congrega crianças e famílias de 80 países. Em Portugal, a oração do Terço será rezada por cinco crianças, a partir das 18h30, na Capelinha das Aparições, em Fátima, com transmissão em direto pela Rádio Renascença, TCVN e redes sociais.

Os materiais de apoio à oração do Terço estão disponíveis na página oficial do evento. Pode descarregar aqui o desdobrável com a oração de Consagração das Crianças à Mãe de Deus e orientações para o Terço pela Unidade e a paz. + info

MEDITAÇÃO DIÁRIA Qua, 14 – Semana XXVIII do Tempo Comum

 Gal 5, 18-25 / Slm 1, 1-4.6 / Lc 11, 42-46

Se vos deixais conduzir pelo Espírito, não estais sujeitos à Lei de Moisés. As obras da carne são bem conhecidas… (1ª Leitura)

A nossa carne está ao serviço do nosso espírito. Mas o espírito não oprime a carne. O espírito quer que a carne cumpra a sua função de dar prazer ao corpo. Devemos deixar o espírito regular esse prazer. O que não quer dizer que não possamos ter muito prazer. Temperança não é sinónimo de um prazer morno. E a lei do espírito dá-nos a liberdade dos filhos de Deus. É o espírito que nos permite evoluir.



 

terça-feira, 13 de outubro de 2020

MEDITAÇÃO DIÁRIA Ter, 13 – Semana XXVIII do Tempo Comum

 Gal 5, 1-6 / Slm 118 (119), 41.43-45.47-48 / Lc 11, 37-41

A palavra de Deus é viva. (Do Aleluia)

A palavra de Deus, ao longo da vida do leitor, tem-se vindo a transformar na vida do leitor. O desejo de Deus é que isso seja uma dinâmica cada vez mais profunda porque os textos, por exemplo, os da santa missa dominical, que se repetem todos os três anos, podem sempre apresentar novidades, consoante a situação do leitor também muda; ou o leitor vai «vendo» os textos sob perspetivas diferentes, assim tendo mais matéria para evoluir na sua vida.


segunda-feira, 12 de outubro de 2020

Dia Mundial de Saúde Mental - 12 de Outubro de 2020

 
“A solidão é hoje um problema tremendo”

O Cardeal-Patriarca de Lisboa assinalou este sábado o Dia Mundial da Saúde Mental na Clínica Psiquiátrica de São José e afirmou, na homilia da Missa, que a “solidão é hoje um problema tremendo”. “Numa sociedade como a portuguesa, há quase um milhão de pessoas que vive só. Esse é um dos fatores de agravamento da saúde mental”, afirmou D. Manuel Clemente na celebração transmitida nas redes sociais do Patriarcado de Lisboa.

Para o Cardeal-Patriarca de Lisboa, nunca como em sociedades como a atual houve “tantas ocasiões” para comunicar, estar uns com os outros, também com os recursos tecnológicos. “Quando temos tantas possibilidades de nos encontrarmos, encontramo-nos muito pouco”, afirmou D. Manuel Clemente. “Com a pandemia não podemos estar tão fisicamente como estávamos. Mas há um telefonema! Telefone, lembre-se do seu familiar, do seu amigo, da sua amiga que está doente, que está sozinho”, apelou o Patriarca.

A celebração deste sábado, 10 de outubro, também pretendeu assinalar a passagem da Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima pela clínica das Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus. Estes acontecimentos, inserem-se no âmbito das iniciativas que, entre os dias 9 e 18 de outubro, refletem sobre o “impacto da pandemia na saúde mental”. 

A Clínica Psiquiátrica de S. José, um centro das Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus, preparou um programa de reflexão e de celebração pelo Dia Mundial da Saúde Mental, que se assinala anualmente a 10 de outubro, envolvendo outros centros das religiosas na zona da grande Lisboa, bem como dos irmãos de S. João de Deus, o ramo masculino.

A Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima iniciou a visita às casas de saúde das Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus e dos Irmãos de São João de Deus na Clínica Psiquiátrica de São José; esta segunda-feira, às 10h30, foi acolhida na Casa de Saúde da Idanha (Sintra); no dia 13 visita a Casa de Saúde Santa Rosa de Lima, às 10h30, e o Centro Psicogeriátrico Nossa Senhora de Fátima, às 15h00; e a Casa de Saúde do Telhal, dos Irmãos de S. João de Deus, nos dias 14 e 15 de outubro, regressando à Clínica Psiquiátrica de S. José para ali permanecer até 18 deste mês.

com Ecclesia


MEDITAÇÃO DIÁRIA Seg, 12 – Semana XXVIII do Tempo Comum

 Gal 4, 22-24.26-27.31 – 5, 1 / Slm 112 (113), 1-5a.6-7 / Lc 11, 29-32

Se hoje ouvirdes a voz do Senhor… (Do Aleluia)

Este excerto de um salmo implica que hoje talvez ouçamos a voz do Senhor ou talvez não. Nem sempre ouviremos a voz do Senhor, quero dizer, nem sempre alguma parte da palavra ouvida ou lida, ou algum gesto, nos tocará. Mas temos Deus dentro de nós, que nos acompanha e guia mesmo quando não se manifesta, porque já está enraizado na nossa maneira de ser. Só temos de ser fiéis a essa maneira de ser que surge naturalmente. E deixarmo-nos levar.

domingo, 11 de outubro de 2020

MEDITAÇÃO DIÁRIA Dom, 11 – Domingo XXVIII do Tempo Comum – Ano A

 Is 25, 6-10a / Slm 22 (23), 1-6 / Filip 4, 12-14.19-20 / Mt 22, 1-14

O profeta Isaías refere-se aos tempos messiânicos, com imagens surpreendentes. Com a vinda do Messias, o Senhor do Universo preparará para todos os povos um banquete, com ricos e abundantes manjares. A morte vai ser vencida, suprimindo-se o luto e enxugando-se as lágrimas. A conclusão não pode ser mais animadora: «Alegremo-nos e rejubilemos, porque o Senhor nos salvou».

Esta é a meta gloriosa da presente maratona das nossas vidas, em que nos caberá lutar com «sangue, suor e lágrimas». Citemos a propósito o nosso poeta da Mensagem: «Tudo vale a pena quando a alma não é pequena». Aqui diria que vale toda a pena pagar um alto preço pelo prémio da glória eterna, que Deus nos quer presentear.

A segunda leitura relata-nos as palavras finais da Carta de São Paulo aos cristãos de Filipos, que manifestam estreita amizade e profunda gratidão. Nesta altura, encontra-se em Éfeso, preso pelo motivo de seguir a Cristo. O seu testemunho é admirável, pois nesta tão penosa situação, afirma cheio de fé e confiança: «Tudo posso n’Aquele que me conforta... Glória a Deus, nosso Pai, pelos séculos dos séculos».

Jesus aproveita histórias simples, como nesta parábola, para descrever o reino de Deus. Os convidados para o banquete nupcial do filho do rei, Jesus Cristo, encontram as suas desculpas e recusam-se a participar. A festa de núpcias, o encontro de amor entre o Senhor e Israel é recusado pelos guias espirituais do povo. Assim, o Senhor ordena aos servos que vão, pelas ruas e praças, a convidar toda a gente, «bons e maus», ou seja, sem olhar aos méritos de cada um.

Encontramos aqui o desafio que hoje Jesus faz à sua Igreja, que deve ser uma «Igreja em saída», segundo a expressão do Papa Francisco, uma Igreja especialista em acolhimento. Assim nos adverte na Exortação apostólica A Alegria do Evangelho: «Muitas vezes agimos como controladores da graça e não como facilitadores. Mas a Igreja não é uma alfândega; é a casa paterna, onde há lugar para todos com a sua vida fatigante». Ser católico deve significar ser universal, não exclusivista, mas acolhedor e inclusivo.

sábado, 10 de outubro de 2020

MEDITAÇÃO DIÁRIA Sáb, 10 – Semana XXVII do Tempo Comum


 Gal 3, 22-29 / Slm 104 (105), 2-7 / Lc 11, 27-28

Procurai o Senhor (…) buscai sempre a sua face. (Salmo)

É claro que Deus não tem face. Ou, se o leitor quiser, tem infinitas faces. No fim do nosso dia ou, pelo menos, de vez em quando, podemos deixar que Deus nos revele uma das suas faces ao meditarmos nos acontecimentos recentes e pedindo luz ao Espírito Santo para discernirmos onde esteve a «face» de Deus nesse acontecimento. Desta maneira, vamos criando uma sensibilidade que depois, mais sobre o acontecimento, nos permitirá ler os sinais de Deus.

terça-feira, 6 de outubro de 2020

MEDITAÇÃO DIÁRIA Ter, 6 – Semana XXVII do Tempo Comum

 Gal 1, 13-24 / Slm 138 (139), 1-2.3b.13-15 / Lc 10, 38-42

Maria (...), sentada aos pés de Jesus, ouvia a sua palavra. (Evangelho)

A palavra de Jesus, na sua relação connosco, pode ser muito volátil. Entrar em nós e evaporar-se na altura em que saímos da igreja. Muitas vezes – vezes demais – a oração não comanda a vida. E uma oração que não mexe com a nossa vida é uma oração inútil, porque o objetivo da oração é o cumprimento cada vez melhor do 1º e do 2º mandamentos. Rezar sem que isto aconteça é como soprar para o ar. Deve, pois, acontecer.

segunda-feira, 5 de outubro de 2020

MEDITAÇÃO DIÁRIA Seg, 5 – Semana XXVII do Tempo Comum

Gal 1, 6-12 / Slm 110 (111), 1-2.4-5.7-10ac / Lc 10, 25-37

Instituiu um memorial das suas maravilhas. (Salmo)

Podemos aumentar o nosso amor por Deus refletindo sobre tudo o que Deus tem feito por nós ao longo do nosso caminho. Desde os nossos cuidadores até àqueles que nos amam no presente, passando por todas as pessoas envolvidas na nossa vida e todos os bens materiais, da natureza ou feitos pelo homem, de que usufruímos. E é claro que também devemos refletir na nossa história espiritual, na história da nossa relação com Deus. Hoje façamos esta meditação.

domingo, 4 de outubro de 2020

MEDITAÇÃO DIÁRIA Dom, 4 – Domingo XXVII do Tempo Comum – Ano A

 Is 5, 1-7 / Slm 79 (80), 9.12-16.19-20 / Filip 4, 6-9 / Mt 21, 33-43
O profeta Isaías descreve Deus como o agricultor que trata com toda a solicitude a sua vinha, que é o povo de Israel. A este amor, que não se poupa a trabalhos e canseiras, a vinha responde com a ingratidão, não produzindo uvas. Então, Deus abandona à sua sorte aquele campo, que passa a ser um terreno de silvas e espinheiros. É a imagem que o autor sagrado usa para falar dos acontecimentos históricos: a infidelidade de Israel foi a porta aberta para a invasão de povos estrangeiros, como os Assírios e Babilónios, que conquistaram e escravizaram Israel.

A profecia de Isaías é também um aviso para nós hoje. Virar as costas a Deus, sendo aparentemente um ato de liberdade, acaba por nos reduzir à esterilidade, não dando frutos de boas obras e deixando-nos escravizar pelos vícios que nos invadem e subjugam.

A mensagem de Paulo é de profundo humanismo. Quem adere a Cristo, de alma e coração, encontra a verdadeira paz, pois sabe ultrapassar as inquietações e preocupações. Rezar é encontrar a «paz de Deus», que nos pacifica e nos converte em pacificadores.

O apóstolo Paulo apresenta uma lista de virtudes humanas que facilitam as nossas relações mútuas e credibilizam o nosso testemunho de cristãos: amabilidade, retidão, pureza de vida, bom nome, honestidade. A fé em Deus precisa de um suporte humano de qualidade.

No Evangelho, Jesus usa também a imagem da vinha. O proprietário é Deus que delega o seu cultivo a uns vinhateiros de Israel, que se mostram irresponsáveis. Talvez nada tenham feito para que a vinha produzisse os esperados frutos, esbanjando o tempo em vícios e ociosidade. Os servos que o Senhor faz chegar aos vinhateiros podem considerar-se os profetas que Deus enviou ao seu amado povo. Os maus-tratos infligidos aos servos não fazem desistir o amor de Deus, que lhes envia o seu próprio filho, Jesus Cristo. Mas os arrendatários julgam que é a ocasião de passarem a proprietários, matando o filho herdeiro.

Esta é a parábola da revolta do homem contra Deus, é a imagem de todo o pecado, em que se absolutiza uma paixão para destronar a Deus. A felicidade está em assumir o nosso verdadeiro papel, que é de administradores honestos e responsáveis, aceitando o verdadeiro e ideal proprietário. «Servir a Deus é reinar».

Neste dia 4 de outubro, recordamos a figura ímpar de São Francisco de Assis. Filho de um rico comerciante, com radicalidade renunciou a tudo, aderindo à mãe pobreza por amor de Cristo. Como nos recorda o Papa atual, que assumiu o seu nome, na encíclica sobre ecologia: Francisco «manifestou uma atenção particular pela criação de Deus e pelos mais pobres e abandonados. Amava e era amado pela sua alegria, a sua dedicação generosa, o seu coração universal. Era um místico e um peregrino que vivia com simplicidade e numa maravilhosa harmonia com Deus, com os outros, com a natureza e consigo mesmo».

sábado, 3 de outubro de 2020

MEDITAÇÃO DIÁRIA Sáb, 3 – Semana XXVI do Tempo Comum / 1º Sábado

 Job 42, 1-3.5-6.12-16 / Slm 118 (119), 66.71.75.91.125.130 / Lc 10, 17-24

Senhor, até os demónios nos obedecem em teu nome. (Evangelho)

Que «demónios» acossam o leitor? Preocupações pessoais, preocupações com o mundo… Ponha tudo isso nas mãos de Deus e ponha-se nas mãos de Deus, também. Peça a iluminação do Espírito Santo e não espere resultados já amanhã. Às vezes, mesmo a capacidade de se pôr nas mãos de Deus pode demorar a vir. Pode ser que esteja muito voltado para o seu problema; voltad
o de mais.

Atenção ao horário das missas dominicais