terça-feira, 25 de junho de 2013

Jornada Nacional da Pastoral da Cultura 2013

Bispo auxiliar do Porto recusa «gritaria» para resolver «tremenda realidade do desemprego» juvenil e denuncia facilitismo na família e educação
D. Pio Alves, um dos bispos auxiliares do Porto, considera que «entrar na gritaria pela gritaria, na acusação pela acusação» para resolver a «tremenda realidade do desemprego» juvenil não contribui «para uma verdadeira reconstrução da esperança». «O acesso à realidade do trabalho, mormente para os jovens, é, nas atuais circunstâncias, uma tarefa de tal modo árdua e sempre tão imprescindível que não se compadece com a fuga para o mundo das acusações», sustentou esta sexta-feira, em Fátima. O prelado referiu-se também à «educação familiar onde, com a melhor das intenções, estiveram ausentes os nãos» e onde «foram aplanadas as montanhas das dificuldades», «sistematicamente satisfeitas as vontades» e «os recursos financeiros não foram geridos com parcimónia. Acresce a este panorama, no mundo da escola, uma pedagogia que afinou, demasiadas vezes, por idêntico diapasão.»
Jornada Nacional da Pastoral da Cultura 2013 sobre “Culturas Juvenis Emergentes”: intervenção de abertura de D. Pio Alves
«Nós, mais adultos – família e escola –, demos o nosso contributo às marcas de uma formação que não é, certamente, a mais adequada para enfrentar os tremendos desafios de uma sociedade que, entretanto, se desregulou, baralhou, faliu. Podemos e devemos, certamente, corrigir a mão e não abandonar os jovens à sua sorte. Mas não podemos substitui-los no imprescindível protagonismo que só eles podem assumir. Caso contrário, não faríamos mais que prolongar uma infantilização que os diminuiria na sua dignidade e não os tornaria atores da sociedade nova que, entre todos, teremos que reinventar.» Intervenção de D. Pio Alves, bispo auxiliar do Porto e presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais.

Sem comentários: