Santo
António lido por D. Manuel Clemente, novo patriarca de Lisboa
«Há quatro
espécies de orgulho, no dizer da Glossa: quando alguém possui um bem e julga ter
ele vindo de si mesmo; ou se dado por Deus, considera-o dado em razão dos seus
méritos; ou jacta-se de possuir o que não possui; ou despreza os outros e
procura pôr em evidência o que possui. Daqui o provérbio: Incha falsamente dos
seus méritos e quer passar à frente de todos (…). Que são os outros homens,
senão toda a gente, exceto ele? Como se dissesse: Só eu sou justo; os demais são
pecadores.» Manuel Clemente tinha sido ordenado padre há três anos quando, em
1982, interveio no Colóquio Antoniano promovido pela Câmara Municipal de Lisboa
para evocar o 750.º aniversário da morte de Santo António (1195-1231), doutor da
Igreja e padroeiro secundário de Portugal. É da intervenção do historiador,
intitulada “Santo António e a reforma do clero do seu tempo”, que apresentamos
alguns excertos.
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