O patriarca de Lisboa considera que os desafios colocados à Igreja por
católicos e por quem não assume convicções religiosas exige resposta efetiva das
estruturas eclesiais, podendo estas ser chamadas a uma «conversão» que exija a
sua «reforma». «A interpelação que tantos nos fazem, crentes e não crentes, para
agirmos, para falarmos, para reavivarmos a esperança, torna-se para nós um
verdadeiro “sinal dos tempos”, que só nos pode comprometer, mais e mais, nesse
sentido». D. Manuel Clemente elenca alguns dos elementos constitutivos da
«crise», como a «economia “que mata”», o «esvaziamento cultural, que dissolve
valores globais e se fica por impressões e afetos» e a «dificuldade em manter
verdadeiros diálogos, em que se escutem e partilhem realmente convicções e
projetos». «Todos havemos de redobrar o nosso ser Igreja, para darmos ao mundo o
que Deus lhe quer proporcionar através de nós – e talvez não o faça sem nós»,
vinca o prelado, antes de apontar as insuficiências da atual estrutura eclesial,
«que conserva virtualidades, mas apresenta grandes problemas». Continuar
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