Olá, amigos! para vós o
desejo de óptimo início de semana, na Paz de Cristo, nossa Pascoa.
Ao iniciar este tempo de
alegre meditação (própria da quadra, mas válida a qualquer tempo), não
quis deixar de partilhar convosco umas palavrinhas (muitas...!) que me puseram
a pensar e achar que eram enriquecedoras para todos nós, pelo menos
abrem-nos pensamentos....
Claro que não são minhas, mas
do Padre José F. Rodrigues e aqui vão:
"Tu porém...
É assim que Jesus ensina os
discípulos a fazerem coisas à maneira de Deus. Tu, porém, quando
jejuares.... Tu porém quando rezares...
As religiões monoteístas têm
estas três atitudes ascéticas: o jejum, a oração e a esmola, que no específico,
como a Quaresma.
Podemos considera-las
acessórias, que o são. Deus não quer que passemos a vida em jejuns,
orações e esmolas VAZIAS de sentido. No ofício de Leituras de hoje, ouvimos a
passagem de Isaías (58,1-12) em que Deus critica os cumpridores de jejuns
que não passavam de rituais exteriores e apressados. E diz que o jejum que Lhe
é agradável consiste em acabar com as injustiças, partilhar o pão com quem o
não tem, vestir os nus, não voltar as costas ao nosso semelhante...
O que escutámos no Evangelho
e que a Igreja tomou como caminho de Quaresma é útil para nós e não para Deus.
Se o fazemos, é para nós. Para que tiremos proveito, Jesus quer que, quando
fazemos estas coisas, elas aconteçam não como formas de assumirmos protagonismo
diante de Deus e dos outros, mas com humildade, segredo e discrição.
A Quaresma é o tempo do
reconhecimento da importância de Deus na nossa vida. De que ainda somos
muito superficiais, de que ainda nos falta caminho para percorrer, de que
neste caminho ainda temos muita carga supérflua, a começar pelo nosso feitio,
pelas nossas murmurações, pelo nosso mau olhar sobre os outros e sobre o mundo.
Jesus criticou o farisaísmo
dos rituais e de quem os cumpre. Mas também nos deu a entender, por palavras e
acções, que não podemos passar a vida a relativizar tudo; e que antes de
questionarmos os outros devemos fechar-nos no nosso quarto e questionar-mo-nos a
nós próprios. Jesus indicou um caminho, que não é o mais espaçoso, mas o mais
apertado. Indicou uma porta, não a porta larga, mas a porta estreita, pediu-nos
que tirássemos o argueiro do olho do próximo, mas depois de tirarmos a trave
que está nos nossos olhos (nada que já não soubéssemos mas pouco fazemos, digo
eu por mim..!)
É tempo, então, de trocarmos
a maledicência e as murmurações pela oração; então ela será mais benéfica e
mais autêntica. Troquemos a ambição e a concorrência desleal pelo jejum; então
sentiremos que a pobreza voluntária é uma riqueza. Troquemos os nossos
interesses e o nosso consumismo pela gratuitidade de esmolas. Então sentir nos emos todos irmãos, e responsáveis uns pelos outros.
Quaresma é tomarmos
consciência de que não somos nós o nosso critério - Deus é que é o nosso
critério porque n'Ele vivemos, nos movemos e existimos, como diz um dos
prefácios da Liturgia.
A Quaresma não é
necessariamente um tempo de tristezas. Porque é um tempo novo, tem a dimensão
da alegria: a alegria de acolher a misericórdia de Deus, a alegria de nos
reconciliarmos com Deus e com os irmãos, a alegria de perdoarmos e sermos
também perdoados, a alegria da conversão, a alegria da coragem de mudarmos de
vida para que ela seja autêntica e mais de Deus."- Frei José F. Rodrigues -
prior do Convento de S. Domingos e colaborador com a Paróquia do Campo Grande.
Foi grande a partilha, por
isso, vos desejo uma semana na alegria deste tempo de conversão (todo o tempo
é): "Arrependei-vos e acreditai no Evangelho"- Palavras de Jesus
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