PARA CHEGAR À PAZ
No início de mais um ano, que começa com a celebração do Dia Mundial da Paz, o Papa defende que é necessário vencer a indiferença, «uma ameaça para a família humana».Francisco realça que a indiferença perante as tragédias tem rosto, «há quem esteja bem informado, ouça a rádio, leia os jornais ou veja programas de televisão, mas fá-lo de maneira entorpecida, quase numa condição de rendição: estas pessoas conhecem bem os dramas que afligem a humanidade, mas não se sentem envolvidas, não vivem a compaixão».
Na Mensagem para o Dia Mundial da Paz, o Santo Padre recorda os momentos marcantes de 2015, «guerras e atos terroristas com trágicas consequências», ao ponto de assumir os contornos de uma «terceira guerra mundial por pedaços», mas assinala que, neste contexto, também se verificaram acontecimentos que «representam a capacidade de a humanidade agir» contra o mal.
Neste novo ano, Francisco pede que se faça «do amor, da compaixão, da misericórdia e da solidariedade um verdadeiro programa de vida» no sentido de transformar «o nosso coração de pedra num coração de carne, capaz de se abrir aos outros com autêntica solidariedade».
O pontífice conclui com um «triplo apelo» aos Estados: que se abstenham «de arrastar os outros povos para conflitos ou guerras que destroem não só as suas riquezas mas também – e por longo tempo – a sua integridade»; que cancelem ou façam uma «gestão sustentável da dívida internacional dos Estados mais pobres» e que adotem políticas respeitadoras dos valores das populações locais e, «de maneira nenhuma, lesem o direito fundamental e inalienável dos nascituros à vida».
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