quinta-feira, 25 de maio de 2017

RELIGIÃO

Só existem 3 aniversários celebrados pela liturgia da Igreja. Sabe quais?

Todos os santos são celebrados no dia de sua morte, por ser a sua entrada na vida eterna. Mas existem estas três exceções.

A Igreja católica celebra numerosas festas de santos ao longo do calendário litúrgico – e essas festas não são celebradas no dia do nascimento do santo, mas sim no da sua morte nesta vida: afinal, essa é a data do seu nascimento para a vida eterna!

No entanto, existem três notórias datas de nascimento que nós, católicos, comemoramos liturgicamente:

- o Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo;
- o nascimento de São João Batista;
- a natividade da Santíssima Virgem Maria.

O Natal de Jesus Cristo é uma festa central da fé cristã porque celebra o nascimento do próprio Deus feito homem, na gruta de Belém. Nem é preciso dizer mais!

Já o caso de São João Batista precisa de um esclarecimento: ele foi concebido no pecado original, como todos os homens, mas ficou purificado antes ainda de nascer, quando sua mãe, Santa Isabel, foi visitada pela Santíssima Virgem Maria, que, por sua vez, já portava em seu seio o Salvador, Jesus Cristo. Santo Agostinho observou que a Igreja sempre celebra a festa dos santos na dia de sua morte, mas, no caso de São João Batista, santificado já no ventre da mãe, ele é celebrado também no dia de seu nascimento. Sua festa é no dia 24 de junho.

E a natividade de Nossa Senhora é celebrada porque ela sim foi concebida livre do pecado original, por especialíssima graça concedida por Deus à mulher escolhida para ser a Mãe Puríssima do Redentor. Este é o dogma da Imaculada Conceição: a Virgem Maria Santíssima foi concebida sem pecado. A festa da natividade de Nossa Senhora é celebrada em 8 de setembro, precisamente nove meses depois da celebração da Imaculada Conceição, em 8 de dezembro.

A propósito: a festa da Natividade de Maria já era celebrada no Oriente católico muito antes de ser instituída no Ocidente. Segundo uma bela tradição, ela teve início quando São Maurílio a introduziu na diocese de Angers, na França, em consequência de uma revelação no ano de 430:

“Um senhor de Angers se encontrava na pradaria de Marillais, na noite de 8 de setembro daquele ano, quando ouviu os anjos cantarem no céu. Perguntou-lhes qual o motivo do cântico. Responderam-lhe que cantavam de alegria pelo nascimento de Nossa Senhora naquela noite” (cf. La fête angevine N.D. de France, IV, Paris, 1864, 188).

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