quarta-feira, 5 de julho de 2017

Fátima Missionária

Fátima Missionária
Texto F.P. | Foto Lusa | 03/07/2017 | 15:06

Papa: «A fome e a desnutrição não são fenómenos naturais»
A situação difícil em que se encontram milhões de pessoas em todo o mundo resulta de uma complexa condição desenvolvimento, causada pela inércia ou pelo egoísmo, considera Francisco

O Papa Francisco alertou esta segunda-feira, 3 de julho, que «as guerras, o terrorismo e os deslocamentos forçados não são fruto da fatalidade, mas consequência de decisões concretas» e pediu à comunidade internacional que use a solidariedade como um critério inspirador em qualquer forma de cooperação. 

«Todos estamos conscientes de que não basta a intenção de garantir a todos o pão quotidiano, mas que é necessário reconhecer que todos têm direito a ele e que devem, portanto, beneficiar-se do mesmo. Se os contínuos objetivos propostos permanecem distantes, isso depende da falta de uma cultura da solidariedade e de atividades internacionais que ficam ligadas somente ao pragmatismo das estatísticas» sublinhou o Pontífice, numa mensagem enviada aos participantes da 40ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), que se iniciou em Roma, Itália.

Para Francisco, quando um país não é capaz de oferecer respostas adequadas à desnutrição devido a seu grau de desenvolvimento, às suas condições de pobreza, mudanças climáticas ou insegurança, é necessário que a FAO e as demais instituições intergovernamentais possam ter a capacidade de intervir especificamente para empreender uma adequada ação solidária.

«A partir da consciência de que os bens que Deus Criador nos entregou são para todos, é urgente que a solidariedade seja o critério inspirador de qualquer forma de cooperação nas relações internacionais». A fome e a desnutrição «não são fenómenos naturais ou estruturais de determinadas áreas geográficas, mas o resultado de uma complexa condição de desenvolvimento, causada pela inércia de muitos ou pelo egoísmo de poucos», referiu o Papa.

A reunião magna da FAO decorre até 8 de julho e tem como principal objetivo a análise e votação do programa de trabalho proposto pelo diretor-geral da organização, José Graziano da Silva, relacionado com a alimentação e agricultura.

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