Conheça o significado deste gesto
Este gesto de humildade teve origem nos tempos de Jesus. As crianças corriam para ele quando o viam, e os pais orientavam para que elas beijassem a mão dele. Jesus colocava suas mãos sobre as cabeças dos pequenos, pedindo que Deus os abençoasse. Depois, ficou o costume de beijar as mãos dos apóstolos, continuando até hoje com os padres, seus sucessores.
Mãos consagradas
É costume sempre ao fim de uma ordenação sacerdotal que os fiéis se aproximem dos novos padres e beijem as mãos deles, porque elas acabaram de ser consagradas.
Durante a consagração dos óleos, na Sexta-feira Santa, derrama-se perfume sobre eles. Com este perfume, o Crisma tem um novo odor, o bom odor de Cristo, de que fala São Paulo.
As mãos de um padre foram consagradas pelos óleos do Crisma. Além disso, elas administram o poder e a graça de Deus na Eucaristia, o perdão dos pecados e a transmissão dos sacramentos. Por isso é que se beija a mão do sacerdote, porque essa mão está cheia do poder de Deus.
Sábia lição
O padre José Rodrigo López Cepeda conta que, quando chegou ao México, foi nomeado vigário de uma zona rural e visitava 24 comunidades dedicadas às atividades do campo.
No primeiro ano, foi convidado por sr. Nicanor – um fazendeiro de intensos olhos azuis e pele branca – para conhecer sua propriedade. Ele já tinha mais de 60 anos, mas seu físico, acostumado ao trabalho, era o de um homem jovem e forte. Na fazenda, era respeitado por sua prudência e sabedoria empírica.
O padre José Rodrigo não se esquece da primeira vez que se aproximou dele e estendeu a mão. “Eu o cumprimentei como faria com qualquer outra pessoa, mas ele fez um gesto que logo eu tratei de evitar”.
É que sr. Nicanor quis beijar a mão do padre. Com força, o sacerdote quis impedir. Talvez porque tenha vindo da Espanha, onde toda forma de clericalismo mudou, devido à indiferença e até à rejeição aos religiosos.
Mas, sem pensar, sr. Nicanor pegou fortemente na mão do padre, levou-a à boca e a beijou. Logo, ele olhou nos olhos do sacerdote e disse com certa autoridade na voz: “Não beijo você. Beijo o Senhor, através de suas mãos consagradas”.
Artigo publicado originalmente por Catholic.net, traduzido e adaptado ao português
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