S.
Pedro e S. Paulo: heróis não nascem – fazem-se
Quando celebramos o
triunfo da graça de Deus em Pedro e Paulo, celebramos igualmente o facto de
também nós podermos ser grandes, cada um de acordo com a sua realidade. A festa
é também uma oportunidade para afastar todos os falsos medos que nos segredam
que nunca sairemos do que somos hoje, todos aqueles medos que nos dizem que nem
Deus nos pode fazer crescer interiormente, que nem Deus nos pode tornar grandes.
sábado, 29 de junho de 2013
quinta-feira, 27 de junho de 2013
Cardeal
Bergoglio (Papa Francisco): O desafio de ir ao encontro das pessoas
João XXIII também era um pastor que saía para a rua. Quando era patriarca de Veneza, às onze horas, costumava descer até à praça de São Marcos para cumprir o chamado «ritual da sombra», que consiste em pôr-se à sombra de uma árvore ou à porta dos bares e beber um copinho de vinho branco e conversar uns minutos com os paroquianos. Fazia-o como qualquer veneziano e, depois, continuava o seu trabalho. Isso para mim é um pastor: alguém que sai ao encontro das pessoas. (…) As pessoas afastam-se quando não são recebidas, quando não são reconhecidas nas pequenas coisas, quando não as vamos buscar. Mas também quando não as fazemos participar da alegria da mensagem evangélica, da felicidade de viver cristãmente. Não é um problema só dos padres, mas também dos leigos. Não é de bom católico estar à procura só do negativo, do que nos separa. Não é isso o que Jesus quer.
João XXIII também era um pastor que saía para a rua. Quando era patriarca de Veneza, às onze horas, costumava descer até à praça de São Marcos para cumprir o chamado «ritual da sombra», que consiste em pôr-se à sombra de uma árvore ou à porta dos bares e beber um copinho de vinho branco e conversar uns minutos com os paroquianos. Fazia-o como qualquer veneziano e, depois, continuava o seu trabalho. Isso para mim é um pastor: alguém que sai ao encontro das pessoas. (…) As pessoas afastam-se quando não são recebidas, quando não são reconhecidas nas pequenas coisas, quando não as vamos buscar. Mas também quando não as fazemos participar da alegria da mensagem evangélica, da felicidade de viver cristãmente. Não é um problema só dos padres, mas também dos leigos. Não é de bom católico estar à procura só do negativo, do que nos separa. Não é isso o que Jesus quer.
terça-feira, 25 de junho de 2013
Jornada Nacional da Pastoral da Cultura 2013
Bispo
auxiliar do Porto recusa «gritaria» para resolver «tremenda realidade do
desemprego» juvenil e denuncia facilitismo na família e educação
D. Pio Alves, um dos bispos auxiliares do Porto, considera que «entrar na gritaria pela gritaria, na acusação pela acusação» para resolver a «tremenda realidade do desemprego» juvenil não contribui «para uma verdadeira reconstrução da esperança». «O acesso à realidade do trabalho, mormente para os jovens, é, nas atuais circunstâncias, uma tarefa de tal modo árdua e sempre tão imprescindível que não se compadece com a fuga para o mundo das acusações», sustentou esta sexta-feira, em Fátima. O prelado referiu-se também à «educação familiar onde, com a melhor das intenções, estiveram ausentes os nãos» e onde «foram aplanadas as montanhas das dificuldades», «sistematicamente satisfeitas as vontades» e «os recursos financeiros não foram geridos com parcimónia. Acresce a este panorama, no mundo da escola, uma pedagogia que afinou, demasiadas vezes, por idêntico diapasão.»
Jornada Nacional da Pastoral da Cultura 2013 sobre “Culturas Juvenis Emergentes”: intervenção de abertura de D. Pio Alves
«Nós, mais adultos – família e escola –, demos o nosso contributo às marcas de uma formação que não é, certamente, a mais adequada para enfrentar os tremendos desafios de uma sociedade que, entretanto, se desregulou, baralhou, faliu. Podemos e devemos, certamente, corrigir a mão e não abandonar os jovens à sua sorte. Mas não podemos substitui-los no imprescindível protagonismo que só eles podem assumir. Caso contrário, não faríamos mais que prolongar uma infantilização que os diminuiria na sua dignidade e não os tornaria atores da sociedade nova que, entre todos, teremos que reinventar.» Intervenção de D. Pio Alves, bispo auxiliar do Porto e presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais.
D. Pio Alves, um dos bispos auxiliares do Porto, considera que «entrar na gritaria pela gritaria, na acusação pela acusação» para resolver a «tremenda realidade do desemprego» juvenil não contribui «para uma verdadeira reconstrução da esperança». «O acesso à realidade do trabalho, mormente para os jovens, é, nas atuais circunstâncias, uma tarefa de tal modo árdua e sempre tão imprescindível que não se compadece com a fuga para o mundo das acusações», sustentou esta sexta-feira, em Fátima. O prelado referiu-se também à «educação familiar onde, com a melhor das intenções, estiveram ausentes os nãos» e onde «foram aplanadas as montanhas das dificuldades», «sistematicamente satisfeitas as vontades» e «os recursos financeiros não foram geridos com parcimónia. Acresce a este panorama, no mundo da escola, uma pedagogia que afinou, demasiadas vezes, por idêntico diapasão.»
Jornada Nacional da Pastoral da Cultura 2013 sobre “Culturas Juvenis Emergentes”: intervenção de abertura de D. Pio Alves
«Nós, mais adultos – família e escola –, demos o nosso contributo às marcas de uma formação que não é, certamente, a mais adequada para enfrentar os tremendos desafios de uma sociedade que, entretanto, se desregulou, baralhou, faliu. Podemos e devemos, certamente, corrigir a mão e não abandonar os jovens à sua sorte. Mas não podemos substitui-los no imprescindível protagonismo que só eles podem assumir. Caso contrário, não faríamos mais que prolongar uma infantilização que os diminuiria na sua dignidade e não os tornaria atores da sociedade nova que, entre todos, teremos que reinventar.» Intervenção de D. Pio Alves, bispo auxiliar do Porto e presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais.
Evocação
São João: quem é, e o que
nos pede«Começando
pelo aspeto externo, João é apresentado como uma figura muito ascética: vestido
de pele de camelo, alimenta-se de gafanhotos e mel selvagem, que encontra no
deserto da Judeia. O próprio Jesus, certa vez, o contrapôs àqueles que se
«encontram nos palácios dos reis» e que «usam roupas delicadas». O estilo de
João Batista deveria chamar todos os cristãos a escolher a sobriedade como
modelo de vida.» Os católicos assinalam esta segunda-feira, 24 de junho, a
solenidade de S. João Batista, cujo nome é associado a festas populares em
vários pontos de Portugal que movimentam centenas de milhares de pessoas. Alguns
dados sobre o “Precursor” de Cristo, acompanhados por excertos de intervenções
dos papas João Paulo II e Bento XVI.
Jornada da Pastoral da Cultura 2013
Jornada
Nacional da Pastoral da Cultura: Jovens em Portugal, da frustração à
crença
«Frustração» foi uma das palavras mais ouvidas durante as primeiras intervenções na 9.ª Jornada Nacional da Pastoral da Cultura, que decorre hoje em Fátima, a par de uma atitude de crença e esperança. Perante as mais de 120 pessoas presentes no encontro, Manuel Fúria frisou que «ser jovem é difícil e frustrante» e falou do «risco de Portugal começar a ser construído fora de Portugal» devido à emigração. «Ser jovem é dizer que viver não é inútil», salientou o cantautor, enquanto que João Rafael Brites vincou o seu propósito de vida: «Na medida em que depender de mim, vou lutar pelas causas e convicções em que acredito». Por seu lado o sociólogo José Machado Pais afirmou que as recentes manifestações dos jovens querem dizer uma «palavra denunciadora de um presente para esquecer e anunciadora de um futuro para conquistar».
«Frustração» foi uma das palavras mais ouvidas durante as primeiras intervenções na 9.ª Jornada Nacional da Pastoral da Cultura, que decorre hoje em Fátima, a par de uma atitude de crença e esperança. Perante as mais de 120 pessoas presentes no encontro, Manuel Fúria frisou que «ser jovem é difícil e frustrante» e falou do «risco de Portugal começar a ser construído fora de Portugal» devido à emigração. «Ser jovem é dizer que viver não é inútil», salientou o cantautor, enquanto que João Rafael Brites vincou o seu propósito de vida: «Na medida em que depender de mim, vou lutar pelas causas e convicções em que acredito». Por seu lado o sociólogo José Machado Pais afirmou que as recentes manifestações dos jovens querem dizer uma «palavra denunciadora de um presente para esquecer e anunciadora de um futuro para conquistar».
sexta-feira, 21 de junho de 2013
quinta-feira, 20 de junho de 2013
Jornada Nacional da Pastoral da Cultura 2013
Por
que razão os jovens já não vão à missa: Jornada da Pastoral da Cultura sobre
“Culturas Juvenis Emergentes”:
Tentando formular uma primeira resposta ao porquê do afastamento dos jovens da Igreja, devemos tomar consciência do facto de que as paróquias (e, em parte, as associações e os movimentos) são essencialmente lugares de exercício da fé: lugares que ressupõem, naqueles que os frequentam, uma fé no Evangelho já presente e um certo domínio da práxis da oração. Se uma qualquer pessoa, que não saiba o que é a fé, entrar, hoje, numa das inúmeras paróquias (…), não encontrará espaço algum onde possa esclarecer a sua ignorância e, na melhor das hipóteses, ultrapassá-la. Se nela entrar uma qualquer pessoa que não saiba o que é rezar, dificilmente encontrará alguém disposto a ensinar-lhe como se reza. E como é importante a oração, sobretudo no nosso tempo… Uma Igreja assim, que não ensina a crer, que não ensina a rezar, não pode suscitar muito interesse à primeira geração incrédula do Ocidente, a qual, de facto, nada faz para ocultar o seu tão pouco interesse por ela.
Tentando formular uma primeira resposta ao porquê do afastamento dos jovens da Igreja, devemos tomar consciência do facto de que as paróquias (e, em parte, as associações e os movimentos) são essencialmente lugares de exercício da fé: lugares que ressupõem, naqueles que os frequentam, uma fé no Evangelho já presente e um certo domínio da práxis da oração. Se uma qualquer pessoa, que não saiba o que é a fé, entrar, hoje, numa das inúmeras paróquias (…), não encontrará espaço algum onde possa esclarecer a sua ignorância e, na melhor das hipóteses, ultrapassá-la. Se nela entrar uma qualquer pessoa que não saiba o que é rezar, dificilmente encontrará alguém disposto a ensinar-lhe como se reza. E como é importante a oração, sobretudo no nosso tempo… Uma Igreja assim, que não ensina a crer, que não ensina a rezar, não pode suscitar muito interesse à primeira geração incrédula do Ocidente, a qual, de facto, nada faz para ocultar o seu tão pouco interesse por ela.
SEXTA-FEIRA dia 21
Cinema de temática espiritual “Vida de Santo António de Lisboa”, no CEDCRAM, nas Azenhas do Mar às 21h30.
terça-feira, 18 de junho de 2013
«Não se laicizem as festas dos santos»
A
perda de sentido, significado e transcendência das festas religiosas
Por esta altura, um pouco por todo o país, surgem, com toda a pujança, as festas patronais. São manifestações cheias de valores: dos artísticos aos conviviais, dos económicos aos espirituais. Mas nem tudo é ouro de lei. Cristãmente, a festa é a experiência dos acontecimentos nos quais Deus realiza e manifesta a salvação. Se lhe retirarmos esta dimensão, ficamos com um monstro nos braços. O que está largamente a acontecer. Em grande parte porque autarquias e comissões autonomeadas, a quem só interessa o folguedo, operaram uma tal metamorfose que da festa cristã ficou apenas… o nome do santo. Na melhor das hipóteses! E são hoje as “festas do Concelho” ou a “Romaria de qualquer coisa”.
Por esta altura, um pouco por todo o país, surgem, com toda a pujança, as festas patronais. São manifestações cheias de valores: dos artísticos aos conviviais, dos económicos aos espirituais. Mas nem tudo é ouro de lei. Cristãmente, a festa é a experiência dos acontecimentos nos quais Deus realiza e manifesta a salvação. Se lhe retirarmos esta dimensão, ficamos com um monstro nos braços. O que está largamente a acontecer. Em grande parte porque autarquias e comissões autonomeadas, a quem só interessa o folguedo, operaram uma tal metamorfose que da festa cristã ficou apenas… o nome do santo. Na melhor das hipóteses! E são hoje as “festas do Concelho” ou a “Romaria de qualquer coisa”.
O TESTAMENTO DO MENDIGO (Sem Abrigo)
Agora, no fim da vida
Como Sem Abrigo que sou,
Me sinto preocupado,
Intrigado e num momento
Me pergunto, embaraçado,
Se faço ou não testamento.
Não tendo, como não tenho
E nunca tive ninguém,
Para quem é que eu vou deixar
Tudo o que eu tenho: os meus bens?
Pra quem é que vou deixar,
Se fizer um testamento,
Minhas calças remendadas,
O meu céu, minhas estrelas,
Que não me canso de vê-las
Quando ao relento deitado
Deixo o olhar perdido,
Distante, no firmamento?
Se eu fizer um testamento
Pra quem é que vou deixar
Minha camisa rasgada,
As águas dos rios, dos lagos,
Águas correntes, paradas,
Onde às vezes tomo banho?
Pra quem é que vou deixar,
Se fizer um testamento,
Vaga-lumes que em rebanhos
Cercam meu corpo de noite,
Quando o verão é chegado?
Se eu fizer um testamento
Pra quem vou deixar,
Mendigo assim como sou,
Todo o ouro que me dá
O sol que vejo nascer
Quando acordo na alvorada?
O sol que seca meu corpo
Que o orvalho da madrugada
Com sua carícia molhou?
Pra quem é que vou deixar,
Se fizer um testamento,
Os meus bandos de pardais,
Que ao entardecer, nas árvores,
Brincando de esconde-esconde,
Procuram se divertir?
Pra quem é que eu vou deixar
Estas folhas de jornais
Que uso para me cobrir?
Se eu fizer um testamento
Pra quem é que eu vou deixar
Meu chapéu todo amassado
Onde escuto o tilintar
Das moedas que me dão,
Os que têm a alma boa,
Os que têm bom coração?
E antes que a vida me largue,
Pra quem é que eu vou deixar
O grande estoque que tenho
Das palavras "Deus lhe pague"?
Pra quem é que eu vou deixar,
Se fizer um testamento,
Todas as folhas de Outono
Que trazidas pelo vento
Vêm meus pés atapetar?
Se eu fizer um testamento
Pra quem é que vou deixar
Minhas sandálias furadas,
Que pisaram mil caminhos,
Cheias dos pós das estradas,
Estradas por onde andei
Em andanças vagabundas?
Pra quem é que eu vou deixar
Minhas saudades profundas
Dos sonhos que não sonhei?
Pra quem eu vou deixar,
Se fizer um testamento,
Os bancos dos meus jardins,
Onde durmo e onde acordo
Entre rosas e jasmins?
Pra quem é que vou deixar,
Todos os raios de luar
Que beijam minhas mãos
Quando num canto de rua
Eu as ergo em oração?
Se eu fizer um testamento
Pra quem é que vou deixar
Meu cajado, meu farnel,
e a marca deste beijo
Que uma criança deixou
Em meu rosto perguntando
se eu era Papai Noel?
Pra quem é que eu vou deixar,
Se fizer um testamento,
Este pedaço de trapo
Que no lixo eu encontrei
E que transformei em lenço
Para enxugar minhas lágrimas
quando fingi que chorei?
Se eu fizer um testamento...
Testamento não farei!
Sem nenhum papel passado,
Que papéis eu não ligo,
Agora estou resolvido:
O que tenho deixarei,
Na situação em que estou,
Pra qualquer outro mendigo,
Rogando a Deus que o faça,
Depois que eu tiver morrido,
Ser tão feliz quanto eu sou.
Como Sem Abrigo que sou,
Me sinto preocupado,
Intrigado e num momento
Me pergunto, embaraçado,
Se faço ou não testamento.
Não tendo, como não tenho
E nunca tive ninguém,
Para quem é que eu vou deixar
Tudo o que eu tenho: os meus bens?
Pra quem é que vou deixar,
Se fizer um testamento,
Minhas calças remendadas,
O meu céu, minhas estrelas,
Que não me canso de vê-las
Quando ao relento deitado
Deixo o olhar perdido,
Distante, no firmamento?
Se eu fizer um testamento
Pra quem é que vou deixar
Minha camisa rasgada,
As águas dos rios, dos lagos,
Águas correntes, paradas,
Onde às vezes tomo banho?
Pra quem é que vou deixar,
Se fizer um testamento,
Vaga-lumes que em rebanhos
Cercam meu corpo de noite,
Quando o verão é chegado?
Se eu fizer um testamento
Pra quem vou deixar,
Mendigo assim como sou,
Todo o ouro que me dá
O sol que vejo nascer
Quando acordo na alvorada?
O sol que seca meu corpo
Que o orvalho da madrugada
Com sua carícia molhou?
Pra quem é que vou deixar,
Se fizer um testamento,
Os meus bandos de pardais,
Que ao entardecer, nas árvores,
Brincando de esconde-esconde,
Procuram se divertir?
Pra quem é que eu vou deixar
Estas folhas de jornais
Que uso para me cobrir?
Se eu fizer um testamento
Pra quem é que eu vou deixar
Meu chapéu todo amassado
Onde escuto o tilintar
Das moedas que me dão,
Os que têm a alma boa,
Os que têm bom coração?
E antes que a vida me largue,
Pra quem é que eu vou deixar
O grande estoque que tenho
Das palavras "Deus lhe pague"?
Pra quem é que eu vou deixar,
Se fizer um testamento,
Todas as folhas de Outono
Que trazidas pelo vento
Vêm meus pés atapetar?
Se eu fizer um testamento
Pra quem é que vou deixar
Minhas sandálias furadas,
Que pisaram mil caminhos,
Cheias dos pós das estradas,
Estradas por onde andei
Em andanças vagabundas?
Pra quem é que eu vou deixar
Minhas saudades profundas
Dos sonhos que não sonhei?
Pra quem eu vou deixar,
Se fizer um testamento,
Os bancos dos meus jardins,
Onde durmo e onde acordo
Entre rosas e jasmins?
Pra quem é que vou deixar,
Todos os raios de luar
Que beijam minhas mãos
Quando num canto de rua
Eu as ergo em oração?
Se eu fizer um testamento
Pra quem é que vou deixar
Meu cajado, meu farnel,
e a marca deste beijo
Que uma criança deixou
Em meu rosto perguntando
se eu era Papai Noel?
Pra quem é que eu vou deixar,
Se fizer um testamento,
Este pedaço de trapo
Que no lixo eu encontrei
E que transformei em lenço
Para enxugar minhas lágrimas
quando fingi que chorei?
Se eu fizer um testamento...
Testamento não farei!
Sem nenhum papel passado,
Que papéis eu não ligo,
Agora estou resolvido:
O que tenho deixarei,
Na situação em que estou,
Pra qualquer outro mendigo,
Rogando a Deus que o faça,
Depois que eu tiver morrido,
Ser tão feliz quanto eu sou.
quinta-feira, 13 de junho de 2013
Santo António
Santo
António lido por D. Manuel Clemente, novo patriarca de Lisboa
«Há quatro espécies de orgulho, no dizer da Glossa: quando alguém possui um bem e julga ter ele vindo de si mesmo; ou se dado por Deus, considera-o dado em razão dos seus méritos; ou jacta-se de possuir o que não possui; ou despreza os outros e procura pôr em evidência o que possui. Daqui o provérbio: Incha falsamente dos seus méritos e quer passar à frente de todos (…). Que são os outros homens, senão toda a gente, exceto ele? Como se dissesse: Só eu sou justo; os demais são pecadores.» Manuel Clemente tinha sido ordenado padre há três anos quando, em 1982, interveio no Colóquio Antoniano promovido pela Câmara Municipal de Lisboa para evocar o 750.º aniversário da morte de Santo António (1195-1231), doutor da Igreja e padroeiro secundário de Portugal. É da intervenção do historiador, intitulada “Santo António e a reforma do clero do seu tempo”, que apresentamos alguns excertos.
«Há quatro espécies de orgulho, no dizer da Glossa: quando alguém possui um bem e julga ter ele vindo de si mesmo; ou se dado por Deus, considera-o dado em razão dos seus méritos; ou jacta-se de possuir o que não possui; ou despreza os outros e procura pôr em evidência o que possui. Daqui o provérbio: Incha falsamente dos seus méritos e quer passar à frente de todos (…). Que são os outros homens, senão toda a gente, exceto ele? Como se dissesse: Só eu sou justo; os demais são pecadores.» Manuel Clemente tinha sido ordenado padre há três anos quando, em 1982, interveio no Colóquio Antoniano promovido pela Câmara Municipal de Lisboa para evocar o 750.º aniversário da morte de Santo António (1195-1231), doutor da Igreja e padroeiro secundário de Portugal. É da intervenção do historiador, intitulada “Santo António e a reforma do clero do seu tempo”, que apresentamos alguns excertos.
segunda-feira, 10 de junho de 2013
Perspectiva
Portugal e os
portugueses: o olhar de D. Manuel Clemente, novo patriarca de Lisboa
Um
bom indício do modo como nos relacionamos com Portugal são as nossas
autofigurações, as feitas e as por fazer. Quanto às feitas, reparemos em duas,
uma popular e outra erudita. A popular é certamente o Zé Povinho. Desde que
Bordalo a pintou, foi constantemente reproduzida e encontramo-la em todo o lado.
Mas que significa ao certo? Ignorância ou esperteza? De tudo um pouco, como se
tem dito e escrito, em análises rápidas ou de maior fôlego. A erudita
encontra-se nos painéis de Nuno Gonçalves. Quando foram, também eles,
«descobertos», logo atraíram como um íman uma atenção crescente e vivaz. Passou
um século e continuam a olhar-nos, com aquelas dezenas de olhos que nos
perscrutam e avisam, não sabemos bem de quê.
sexta-feira, 7 de junho de 2013
‘Credo - Arte e expressão da Fé’
Claustros mostram o Credo |
Apresentar as várias expressões artísticas do Credo. É este o
objetivo da exposição temporária ‘Credo - Arte e expressão da Fé’, que o
Administrador Apostólico do Patriarcado de Lisboa, D. José Policarpo, inaugurou
no passado dia 27 de maio.
|
A multiplicação
O
dia em que o cardeal Bergoglio multiplicou os alimentos
Tive a
oportunidade de entrevistar Bergoglio em diversas ocasiões e circunstâncias, mas
num momento em que abundam os episódios de quem afirma que o conheceu muito bem,
a minha é realmente uma contribuição mínima. Posso só dizer que uma vez o vi
multiplicar os alimentos, como fez Jesus com os pães e os peixes. Foi em outubro
de 2012. Aquele pequeno milagre ficou-nos gravado no coração. O homem de hoje
que ocupa o sólio de Pedro tinha visto e preenchido uma necessidade, enquanto
ninguém se tinha dado conta.
quinta-feira, 6 de junho de 2013
Leitura
“O Evangelho da
alegria”: livro recém-editado inclui textos do novo patriarca de Lisboa e do
bispo de Lamego
«Da alegria todos sabemos alguma coisa e sobretudo esperamos muito. Com a palavra queremos dizer felicidade, harmonia, entusiasmo até. A vida, porém, enuncia-a com algum receio. Receio de que não chegue, ou de a perdemos depressa demais.» Estas são as primeiras palavras do texto redigido por D. Manuel Clemente, novo patriarca de Lisboa, para o livro “O Evangelho da Alegria”, coordenado por Eugénio Perregil, que a editora Paulus apresenta este domingo, na Feira do Livro de Lisboa. «O tempo soma-se ao tempo, mas nem sempre a alegria à alegria, muito pelo contrário pode ser. Por isso, alguns nos tornamos desconfiados, mais ou menos como o pessimista que dizia da saúde: “É um estado transitório que não augura nada de bom…” Outros, pelo contrário, querem alegrias tão rápidas que acabam por esgotá-las antes de poderem acontecer. É como se apertássemos tanto a água que ela nos escorresse toda entre os dedos.»
«Da alegria todos sabemos alguma coisa e sobretudo esperamos muito. Com a palavra queremos dizer felicidade, harmonia, entusiasmo até. A vida, porém, enuncia-a com algum receio. Receio de que não chegue, ou de a perdemos depressa demais.» Estas são as primeiras palavras do texto redigido por D. Manuel Clemente, novo patriarca de Lisboa, para o livro “O Evangelho da Alegria”, coordenado por Eugénio Perregil, que a editora Paulus apresenta este domingo, na Feira do Livro de Lisboa. «O tempo soma-se ao tempo, mas nem sempre a alegria à alegria, muito pelo contrário pode ser. Por isso, alguns nos tornamos desconfiados, mais ou menos como o pessimista que dizia da saúde: “É um estado transitório que não augura nada de bom…” Outros, pelo contrário, querem alegrias tão rápidas que acabam por esgotá-las antes de poderem acontecer. É como se apertássemos tanto a água que ela nos escorresse toda entre os dedos.»
Jornada Nacional da Pastoral da Cultura 2013
Jornada
Nacional da Pastoral da Cultura: juventude, redes sociais e
espiritualidade
Um grande desafio diz respeito à experiência da
interioridade que o homem de hoje, especialmente se jovem, pode realizar. O
homem que tem alguma habituação à experiência da internet parece, com efeito,
estar mais pronto para a interação do que para a interiorização. E, geralmente,
«interioridade» é sinónimo de profundidade, enquanto «interatividade» é muitas
vezes sinónimo de superficialidade. Estaremos condenados à superficialidade? É
possível conjugar profundidade e interatividade? O desafio é de grande alcance.
A superfície está no lugar da profundidade, a velocidade no lugar da reflexão, a
sequência no lugar da análise, o surf no lugar do aprofundamento, a comunicação
no lugar da expressão, as tarefas múltiplas no lugar da especialização.
terça-feira, 4 de junho de 2013
Papa define pecadores, santos e corrúptos
Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 03-06-2013, Gaudium Press) - Na homilia da Santa Missa celebrada na manhã de hoje, na capela da Casa Santa Marta, o Papa Francisco, a propósito das leituras do dia, definiu os corruptos, os Santos e os pecadores: "três modelos de cristãos que existem na Igreja".
"Não precisamos falar muito dos pecadores, porque sabemos bem como são, já que todos nós o somos. Se algum de nós não se sente pecador, procure um bom ‘médico espiritual', porque alguma coisa está errada", disse o Papa.
Usando a parábola do trecho do Evangelho que trata dos maus vinhateiros, o Papa descreveu como é o corrupto: "aqueles que querem tomar conta da vinha e perderam o relacionamento com o dono dela, aquele que nos chamou com amor, que zela por nós e nos dá a liberdade.
Estas pessoas se sentiram autónomas de Deus.
Estes eram pecadores como todos nós, mas deram um passo avante como se fossem acostumados no pecado, que não precisassem de Deus!
E como não podem negá-lo, criaram um Deus especial: eles mesmos. São os corruptos".
Para o Papa Francisco, os corruptos são os mais perigosos para as comunidades cristãs: "Que o Senhor nos livre de cair neste caminho de corrupção!".
O Papa falou também dos Santos. O que são os Santos?
Ele definiu: "Os santos obedecem ao Senhor, adoram o Senhor e nunca perderam a memória do amor com o qual o Senhor plantou a vinha. Dos santos, a Palavra de Deus nos fala como luz, ‘como aqueles que estarão diante do trono de Deus, em adoração'".
No final de suas palavras o Papa fez uma breve oração pedindo a Deus "a graça de nos sentirmos pecadores, de não sermos corruptos e de caminharmos no caminho da santidade". (JSG).
segunda-feira, 3 de junho de 2013
Pensai...
“Pensai numa mãe solteira que vai à Igreja, à paróquia e diz ao secretário: Quero baptizar o meu menino. E quem a acolhe diz-lhe: Não tu não podes porque não estás casada. Atentemos que esta mãe que teve a coragem de continuar com uma gravidez o que é que encontra? Uma porta fechada. Isto não é zelo! Afasta as pessoas do Senhor! Não abre as portas! E assim quando nós seguimos este caminho e esta atitude, não estamos fazendo o bem às pessoas, ao Povo de Deus. Jesus instituiu 7 sacramentos e nós com esta atitude instituímos o oitavo: o sacramento da alfândega pastoral. (...) Quem se aproxima da Igreja deve encontrar portas abertas e não fiscais da fé!"
(Papa Francisco)
(Papa Francisco)
Destaques da Semana
QUINTA-FEIRA:
1ª quinta feira Oração Vocacional no Mucifal
às 18h00.
SEXTA-FEIRA:
1ª sexta-feira Solenidade do Sagrado Coração de
Jesus Confissões às 20h30, Missa às 21h00, seguida de Adoração ao SS.mo
Sacramento, em Colares.
Mês do Coração de Jesus – Rosário diariamente no Mucifal às 18h00 e em Colares às 18h30.
SÁBADO:
Encerramento
da catequese. Missa ás 10h00, na quinta do Murraçal, seguida de dia de
convívio.
domingo, 2 de junho de 2013
Corpo de Deus: ‘Cristo vivo no coração da Cidade
O Cardeal-Patriarca, D. José Policarpo, preside à celebração em honra do Santíssimo Sacramento da Eucaristia. Entre as 13h e as 16h, ainda na Sé, haverá Adoração do Santíssimo Sacramento.
A Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, que este ano tem como lema, em Lisboa, ‘Cristo vivo no coração da Cidade’, terá também a habitual Solene Procissão do Corpo de Deus, que tem início às 17h e que vai percorrer diversas ruas da cidade de Lisboa: Largo da Sé, Rua das Pedras Negras, Rua da Madalena, Rua dos Condes de Monsanto, Praça da Figueira, Rua da Prata, Rua da Conceição, Rua de Santo António da Sé e Largo da Sé.
A Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, que este ano tem como lema, em Lisboa, ‘Cristo vivo no coração da Cidade’, terá também a habitual Solene Procissão do Corpo de Deus, que tem início às 17h e que vai percorrer diversas ruas da cidade de Lisboa: Largo da Sé, Rua das Pedras Negras, Rua da Madalena, Rua dos Condes de Monsanto, Praça da Figueira, Rua da Prata, Rua da Conceição, Rua de Santo António da Sé e Largo da Sé.
sábado, 1 de junho de 2013
Visitação
de Maria a Isabel: um Magnificat pleno de alegria, fé e delicadeza | IMAGENS |
Pelo Magnificat podemos deduzir que, como nos grandes contemplativos, Deus desperta em Maria um júbilo indescritível. Esse é um dado válido para confirmar a nossa convicção de que a Mãe não só pertence à estirpe dos contemplativos, mas é a coroa e modelo de todos eles. Maria emerge como uma jovem delicada, com grande sentido de serviço fraterno. É fácil imaginar a situação. Isabel está em gravidez adiantada, com eventuais complicações biológicas devido à idade avançada, e tornou-se meio inútil para os trabalhos domésticos. Zacarias estava mudo, «ferido», psicologicamente. Certamente viviam os dois sozinhos. A Mãe foi, para eles, uma bênção caída do céu.
Pelo Magnificat podemos deduzir que, como nos grandes contemplativos, Deus desperta em Maria um júbilo indescritível. Esse é um dado válido para confirmar a nossa convicção de que a Mãe não só pertence à estirpe dos contemplativos, mas é a coroa e modelo de todos eles. Maria emerge como uma jovem delicada, com grande sentido de serviço fraterno. É fácil imaginar a situação. Isabel está em gravidez adiantada, com eventuais complicações biológicas devido à idade avançada, e tornou-se meio inútil para os trabalhos domésticos. Zacarias estava mudo, «ferido», psicologicamente. Certamente viviam os dois sozinhos. A Mãe foi, para eles, uma bênção caída do céu.
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