Fraternidade
e justiça não são utopia: Papa propõe “programa de governo” com «humanismo»,
«responsabilidade social» e diálogo» |
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O papa defendeu este sábado que o «humanismo
integral, que respeite a cultura original», a «responsabilidade solidária» e o
«diálogo construtivo» constituem linhas orientadoras para a ação de quem tem um
«papel de responsabilidade» num país. No discurso à «classe dirigente do
Brasil», Francisco frisou que «a fraternidade entre os homens e a colaboração
para construir uma sociedade mais justa não constituem uma utopia, mas são o
resultado de um esforço harmonioso de todos em favor do bem comum». A «via a
seguir» deve assegurar que «ninguém fique privado do necessário, e que a todos
sejam asseguradas dignidade, fraternidade e solidariedade». E acrescentou:
«Quando os líderes dos diferentes setores me pedem um conselho, a minha resposta
é sempre a mesma: diálogo, diálogo, diálogo. A única maneira para uma pessoa,
uma família, uma sociedade crescer, a única maneira para fazer avançar a vida
dos povos é a cultura do encontro; uma cultura segundo a qual todos têm algo de
bom para dar, e todos podem receber em troca algo de bom. O outro tem sempre
algo para nos dar, desde que saibamos nos aproximar dele com uma atitude aberta
e disponível, sem preconceitos».
Papa
pede ao clero para pensar pastoral a partir das pessoas mais afastadas e
«promover cultura do encontro» |
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«Decididamente pensemos a pastoral a partir da
periferia, daqueles que estão mais afastados, daqueles que habitualmente não
frequentam a paróquia», pediu este sábado o papa a bispos, padres, diáconos e
seminaristas. «Não podemos ficar encerrados na paróquia, nas nossas comunidades,
quando há tanta gente esperando o Evangelho! Não se trata simplesmente de abrir
a porta para acolher, mas de sair pela porta fora para procurar e encontrar»,
que também «são convidados para a Mesa do Senhor». O clero é igualmente chamado
a «promover a cultura do encontro», para fazer frente à «cultura de exclusão»
que ganhou espaço «em muitos ambientes», onde «não há lugar para o idoso, nem
para o filho indesejado», frisou Francisco na catedral do Rio de
Janeiro.
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