domingo, 19 de agosto de 2018

MEDITAÇÃO DIÁRIA Dom, 19 – Domingo XX do Tempo Comum – Ano B

No Evangelho deste domingo continuamos o «discurso do Pão do Céu» começado no domingo passado. Jesus diz-nos que é Ele a verdadeira comida, que é Ele o Pão que nos dá a Vida. O Pão que Ele nos dá é a sua carne. Jesus quer que compreendamos que na vida há um Pão que vale mesmo a pena, um Pão que nunca se acaba, um Pão que não se estraga, que é Ele. Ele faz de Si um dom para a nossa vida, para que sejamos, também nós, filhos no Filho: é n’Ele que somos feitos filhos de Deus. 

Acreditar em Jesus transforma-se assim, para nós, em «mastigar» a sua carne e em «beber» o seu sangue. As palavras «beber», «comer», «mastigar» repetem-se insistentemente. Somos chamados a «comer» a «carne» de Cristo para termos em nós a vida, mas ainda mais: «comer», para nós, não é simplesmente um ato biológico para mantermos a vida, mas é um ato social, um ato de comunhão entre pessoas que partilham a mesa. Quando nos sentamos juntos à mesa, fazemos mais do que um mero partilhar de comida, partilhamos vida. Para nós, a refeição partilhada com outros torna-se num ato de amor. Alguém dizia, parafraseando o Evangelho: «Não só de leite vive a criança, mas de cada palavra que sai da boca da mãe». 

«Comer» significa assimilar aquilo que se come, por isso, para nós, a Eucaristia é assimilar o Filho de Deus, significa fazer da vida d’Ele a nossa vida, significa «assumir», «meter dentro» aquilo que Ele é. Nós tornamo-nos naquilo que comemos; tornamo-nos naquilo que amamos. 

Na segunda leitura, da carta aos Efésios, S. Paulo desafia-nos a viver não como insensatos, mas como pessoas inteligentes. Para isso, convida-nos a aproveitar bem o tempo, para nos enchermos do Espírito Santo, de modo que na nossa vida se possa realizar o Amor, fazendo de Cristo a nossa vida. Assim, S. Paulo mostra-nos algumas consequências de aceitar que Cristo é o nosso pão: recitar salmos, hinos, cânticos espirituais, cantar e salmodiar no nosso coração, dando graças por tudo em todo o tempo a Deus Pai, em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo. A consequência de fazer de Jesus o nosso pão é viver uma vida em que sempre e em tudo damos graças a Deus Pai, uma vida em que aprendemos a superar as nossas dificuldades e os nossos problemas com a certeza de que a nossa vida está nas mãos d’Ele. 

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