O papa rejeitou colocar em questão o celibato dos sacerdotes defendido pela Igreja católica romana, considerando, numa conferência de imprensa a bordo do avião em que viaja do Panamá para o Vaticano, que a situação não é opcional.
"Pessoalmente, acho que o celibato é um dom para a Igreja. Além disso, não concordo que seja permitido o celibato opcional. Não", afirmou o papa quando questionado sobre a possibilidade de os sacerdotes casarem e sobre a ordenação de homens casados.
Os católicos que seguem os ritos orientais do catolicismo admitem a ordenação de homens casados, desde que escolham entre o casamento e o celibato antes do diaconato, primeiro grau do sacerdócio que permite pregar, batizar e servir no altar. Situação que o papa rejeita.
"A minha decisão face ao celibato opcional antes do diaconato é 'não'. É a minha opinião pessoal", afirmou no regresso das Jornadas Mundiais da Juventude, que decorreram até domingo no Panamá.
"Posso parecer fechado sobre este assunto, mas não me sentiria bem a aparecer diante de Deus com essa decisão", justificou.
O papa argentino lembrou ainda uma frase do papa Paulo VI sobre o celibato ("Prefiro perder a vida do que mudar a lei do celibato"), acrescentando ser necessário repeti-la, já que é "uma frase corajosa", dita num "momento difícil, em 1968", quando se vivia um movimento de contestação estudantil um pouco por todo o mundo.
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