Polémica pelos gestos do Papa diante de fiéis que queriam beijar o seu anel
Francisco é um papa de gestos e cultiva a mensagem de uma Igreja pobre para os pobres, de portas abertas, próxima do povo de Deus e que deveria conceber o poder como serviço. Nesse sentido, em todo o seu pontificado busca relacionar palavras e gestos.
Portanto, é justo considerar que um Papa que denuncia o clericalismo e o servilismo do catolicismo de salão não aceite que lhe beijem a mão e que o reverenciem como um monarca. E também que insista em que as pessoas o olhem de frente, e não se rebaixem diante dele.
Francisco recordou que é lícito olhar uma pessoa de cima para baixo apenas se for para se agachar e ajudá-la a se levantar. Se não for assim, não temos o direito de olhar ninguém de cima para baixo (vídeo-mensagem para o Encontro Nacional da Juventude em Rosário 22/05/2018).
O Papa Francisco convive com o poder, mas sem se perder nele. Por isso, tira a mão quando tentam curvar-se para beijá-la, porque considera que tal gesto comunica rebaixar-se perante o outro. Ele busca a sintonia e o alinhamento do olhar com seu interlocutor.
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