sábado, 16 de novembro de 2013

33º Domingo tempo comum – Ano C


Evangelho Lc 21, 5-19

Comentário Breve

Os relatos do fim do mundo que, anualmente, escutamos ao longo do mês de Novembro, visam ajudar os cristãos a enfrentarem as primeiras perseguições, incutindo a fundamentada esperança que Deus cuidas dos seus discípulos perseguidos.
O fim do mundo, entre não falar dele e pretender ver os primeiros sinais nas catástrofes que nos assolam, estes dias nas Filipinas, somos chamados a olhar para a realidade como pertença de Deus e espaço do seu agir. Encarar o fim do mundo como discípulos serve, não para nos desinteressarmos do mundo, mas para sentir a força do amor de Deus que nos vincula. 
A tentação permanente, fruto do nosso pecado, é querer saber quando isso vai acontecer. A pergunta deve antes ser como vai a Igreja atravessar e superar as dificuldades actuais?
Confiança é a chave. Se "é preciso que estas coisas aconteçam", Cristo sossega nos pedindo que ninguém se "alarme", desafiando a que lhe entreguemos as nossas desconfianças.
Povo contra povos, nações contra nações pode ser ocasião para que cada um se debruce sobre a complexidade das relações geoestratégicas do mundo, sem deixar de acreditar na Paz que implica justiça, perdão, verdade... a fim de me empenhar na sua realização no concreto dos meus dias. Dias de solidariedade, de acções concretas que ajudem os que, por razões de carestia perderam a esperança, possam olhar o futuro com renovada confiança.
Este discurso não é para levar os discípulos a entrar em pânico. A constatação de que a nossa história e o nosso quotidiano estão cheios de casos semelhantes deve encaminhar-nos ao encontro de Cristo que nos inspirará a sabedoria para derrotar os adversário. É o verdadeiro desconcerto, mas se atender-mos que Cristo é a fonte da nossa existência, numa vida dada na entrega da Sua, o caminho é o da perseverança e confiança também na entrega da nossa em prol de todos os irmãos.
É no tempo de crise que a ocasião de dar testemunho se torna mais forte e, se quisermos, mais credível a partir de nossa condição de servos ou servidores do projecto de Cristo.

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