O patriarca de Lisboa frisou este domingo, em Peniche, que a fé cristã «não tem nada de imaginário ou abstrato», numa homilia em que acentuou a necessidade de os cristãos responderem às necessidades dos mais carenciados.
Na missa que assinalou o encerramento do Ano da Fé no patriarcado lisbonense, D. Manuel Clemente sublinhou que os fiéis só podem ser «definitivos e totais no acolhimento e seguimento de Cristo», que se encontra «nas Escrituras», «nos sacramentos» e «nos irmãos», que pedem «atenção e serviço».
«Importa saber, importa reter, que a fé cristã é um compromisso total com a cruz do mundo, em que Cristo nos espera. Aí mesmo experimentaremos – quando nos abeirarmos de todas as dores e expetativas dos outros – a presença de Cristo, que tão solidariamente nos salva», assinalou.
Depois de lançar um convite a que cada cristão olhe «para si, para a família, para os outros», o patriarca lembrou que a vinda de Cristo à Terra significou para ele «fazer sua a natureza humana, no que esta tem de promessa e igualmente de carência, contradição e até miséria»
Os cristãos, vivendo da misericórdia de Cristo, devem ser também «sinais ativos dela, junto de todas as necessidades do próximo», tornando-se «concidadãos e testemunhas do seu Reino», afirmou na missa referente à solenidade litúrgica de Cristo Rei.
«Deste Reino somos e queremos ser. Por isso aqui estamos e assim daqui partimos, para os compromissos diários da nossa fé, que sempre atua pela caridade, e apenas nesta se credibiliza e demonstra», apontou.
Rui Jorge Martins
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