Para Deus,
todos estão vivos: comentário ao Evangelho de domingo
Ao tempo de Jesus,
a fé na ressurreição era recente e não era ainda partilhada por todos os judeus.
Os fariseus acreditavam nela firmemente; para eles era evidente que o Deus da
vida não abandonaria os seus fiéis à morte. Mas podia ser-se um bom judeu sem
crer na ressurreição da carne. Era o caso dos saduceus. Para justificar a sua
recusa na ressurreição, tentavam demonstrar que uma tal crença conduzia a
situações ridículas. A sua lógica era imparável: uma mulher não pode ter sete
maridos ao mesmo tempo, estamos de acordo; se crê na ressurreição, diziam a
Jesus, o inaceitável vai acontecer: ela teve sete maridos sucessivos, que
morreram uns após outros; mas se todos ressuscitarem, já se sabe o que vai
acontecer! O erro desta argumentação, responderá Jesus, consiste em procurar a
fé nos nossos raciocínios.
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