domingo, 24 de novembro de 2013

Pastoral da Cultura

Cristo Rei: Venha a nós o vosso Reino

O que podemos dizer do Reino de Deus é que ele é inseparável de Jesus, deste agora da salvação de Deus, deste transbordar da sua graça na história. É inseparável deste rasgar da história aos pobres e infelizes, deste bálsamo derramado aos corações quebrantados, desta palavra de alento aos que já não esperavam nada. Deste aproximar das vidas concretas à possibilidade da salvação de Deus. Onde Jesus Cristo chegava, chegava o Reino. Onde Jesus Cristo estava, o Reino de Deus mostrava-se. Quando as pessoas tocavam em Jesus, estavam a tocar no Reino, quando O viam estavam a vê-lo. Quando escutavam as suas parábolas estavam a escutar a gramática insuspeita do Reino. Jesus viveu a sua vida como esta manifestação extraordinária do Reino. O Reino de Deus coincidia com a presença de Jesus, e que efeitos extraordinários, esta chegada de Jesus, provocava em tantas vidas.

A fé cristã em duas palavras: «contemplar», «agir»
«Adoração. Fala-se pouco de adoração!» Esta consideração, pronunciada pelo papa Francisco com um misto de tristeza e preocupação, poderia colher o sentido de um dos sinais conclusivos do Ano da Fé. A confirmá-lo, pode acrescentar outro pensamento do papa dirigido aos seminaristas e às noviças na conclusão da sua peregrinação. A união entre ação e contemplação é um dos pontos cardeais que a fé exprime e precisa sempre de ser reafirmada. A fé vive principalmente de adoração. O encontro com Cristo, de facto, requer que a resposta do crente brote da contemplação do seu rosto. A contemplação, contudo, não nos distancia dos compromissos e das preocupações quotidianas, pelo contrário. Ela permite dar sentido e sustentar o cansaço de cada dia. A alegria que provém daquele encontro não é artificial nem limitada a um momento emotivo, mas condição para ver com profundidade e colher o que vale a pena viver.

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