segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

A CHATA EM FIM DE ANO, CHATEIA MESMO

Hoje, sentada frente à janela da sala, consigo ver as lindas pinceladas com que Tu, Deus, conseguiste pintar o nascer do sol, que parece um pouco mandrião em querer se mostrar.
É então, que me dou comigo a pensar nesta enorme FAMÌLIA que vamos abraçando por estes caminhos que percorremos.  
Eu já tinha uma família, nasci nela e nela aprendi a crescer, bem, outras vezes, menos bem, produto dos valores transmitidos por aqueles que por mim passaram e que eu assimilei, ou nem por isso. Descobrimos, neste caso descobri, que há uma escolha... a escolha do que queremos e que mais tarde, será muitas vezes, o que somos.
Duas pessoas, cada qual de suas famílias, transportando sentimentos e tradições diferentes.... Assim era eu, menina e moça, pensando pronta para ser crescida e lá vamos para o matrimónio.... Eu e ele, o meu marido! De duas famílias nasce mais uma... que vai começar a crescer.....
Da nova família, fruto da união de amor (aqui para nós, às vezes "esquecido" pela nossa condição humana) nascem 2 rebentos lindos e amorosos (sou a mãe claro!). Estes rebentos, confiados, por Deus à nossa protecção, cá vão crescendo e mais tarde são mais duas famílias (amorosas!) a juntar às que já são e às quais nunca deixarão de pertencer, como um entrelaçado de vidas que se cruzam.... que se amam!...
E então.... vejo, no entanto que a minha família não se limita só a estes membros. Ela estende-se não só pelos avós, pais, marido, filhos e netos, mas é alargada aos tios, primos e aos mais amigos e aos menos amigos. Claro que isto só é possível, porque TU, meu Deus, Único e Trino de Amor, sempre estiveste presente nas nossas vidas desde o momento que os nossos pais nos conceberam no seio das nossas mães, colaborando contigo no grande PLANO DA CRIAÇÃO.
Reconheço que sou uma ÚNICA família, reunida em Cristo, apesar de tantos e diferentes que chegam todos os dias ao meu dia a dia! A todos queria abraçar e amar, mas muitas vezes as minhas fragilidades superam este meu querer.... não passando o queria para o quero. Não é uma questão de tempo verbal, é sim, uma questão do tempo do meu coração, que muitas vezes se fecha ao outro, a qualquer outro (às vezes, muitas à família nuclear).
Por isso, neste final de ano, a todos os meus familiares amigos e amigos familiares eu quero agradecer toda vossa compreensão e ternura que tem para comigo, a chata. Agradece-vos e peço perdão por todas as vezes que contaram comigo e eu não estava disponível, por não ter estado atenta, por não ter querido, ou simplesmente atarefada de mais, para que tudo corresse bem, me esqueci de vós. 
Desejo-vos um Ano 2015, cheio das maiores bênçãos de Deus, com muita Paz e Amor, com a CARIDADE que só Ele tem para nos oferecer.
E agora, como diz o povo (e não só... mas também Jesus), os últimos são os primeiros.
Como não podia deixar de ser: TU ÉS o primeiro. Eu Te louvo Senhor por toda a Tua Criação e Te agradeço todos aqueles que pões no meu caminho. Ajuda-me a ser para eles a pequenina luzinha do testemunho do Teu infinito Amor e perdoa-me por Te ter esquecido, tantas vezes no outro.
Com uma saudação fraterna em Cristo nossa Pascoa, nesta quadra celebrado Menino, vos deixo neste Ano Velho que vai virar, numa fracção de segundo, em ANO NOVO, que ele seja para vós um ANO de ESPERANÇA e PAZ,

ana saldanha(elemento da Equipa Casais Stª Maria/Colares)

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