No Natal não celebramos uma recordação, mas uma profecia. O Natal não é uma festa sentimental, mas o juízo sobre o mundo e o novo ordenamento de todas as coisas. Naquela noite, o sentido da história tomou outra direção: Deus para o homem, o grande para o pequeno, do alto para baixo, de uma cidade para uma gruta, do templo para um campo de pastores. A história recomeça dos últimos.
Nenhum papa falou assim em tempos recentes: Comentário sobre o discurso de Francisco à cúria do Vaticano
Nos tempos recentes nenhum papa falou como o papa Francisco.
Ontem disse aquilo que pensa com franqueza, passando por cima de linguagens
alusivas e estilo diplomático. Este discurso ecoa aquele que S. Bernardo –
monge, todavia, não papa – ousou dizer no século XI ao papa e à sua corte:
palavras que poucos souberam escrever ou proclamar sobre a correção dos vícios
eclesiásticos nos momentos em que se tornava urgente uma reforma da Igreja “in
capite et in corpore” [na cabeça e no corpo].
Papa Francisco | Discurso natalício à cúria da Santa Sé, Vaticano, 22.12.2014 | AP Photo/Andreas Solaro, Pool | D.R
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