Hoje celebramos a solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo. É a festa do mistério da Eucaristia. Para os não crentes, é muito difícil compreender como é que nós podemos acreditar que num bocadinho de pão possa estar Deus. Ainda mais desconcertante é a nossa atitude diante desse bocadinho de pão: ajoelhamo-nos em adoração. Como é possível? Pelo sacramento da Eucaristia, acreditamos que não só o pão se transubstancia em Corpo de Cristo, mas também que o vinho se transubstancia em Sangue do Senhor.
O Pão e o Vinho atingem a sua plenitude como Corpo e Sangue do Senhor. Mas porque terá o Senhor escolhido logo o pão e o vinho? São símbolos da nossa vida quotidiana, são aquilo que na cultura hebraica havia de mais comum, de mais simples: o alimento e o trabalho necessários para ganhar a vida. No Pão e no Vinho, Corpo e Sangue do Senhor, santificamos a nossa vida quotidiana e somos santificados por ela. Deus é Aquele que Se faz próximo, que desde sempre e para sempre Se aproxima da nossa vida, da simplicidade do nosso quotidiano.
Não só o Pão e o Vinho chegam à sua plenitude na Eucaristia, mas também nós, aqueles que comungamos o seu Corpo e Sangue, somos levados à plenitude, ao cumprimento de tudo o que somos. Aquilo que somos realiza-se na Eucaristia. Precisamos de recordar sempre a riqueza do seu mistério: é tão importante não separar este sacramento da realização da nossa vida! É importante adorar o Pão e o Vinho, mas não basta! Comendo o Corpo do Senhor, bebendo o seu Sangue somos feitos naquilo que Ele é: realizamos a nossa existência.
A Eucaristia é a vida do Senhor que nos é oferecida! Ele fez-Se para nós comida e bebida, fármaco de imortalidade que nos cura daquilo que nos impede de viver uma vida abundante, livre, amante! O Senhor, por amor, faz-Se Pão para que tenhamos em nós a sua vida.
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