domingo, 28 de abril de 2019

MEDITAÇÃO DIÁRIA Dom, 28 – Domingo II da Páscoa – Ano C / Domingo da Divina Misericórdia

At 5, 12-16 / Slm 117 (118), 2-4.22-27a / Ap 1, 9-11a.12-13.17-19 / Jo 20, 19-31

Os Atos dos Apóstolos sublinham a unidade que reinava entre os discípulos de Cristo: «unidos pelos mesmos sentimentos, todos se reuniam». Promover a unidade nas nossas famílias e comunidades, nas paróquias e associações é uma prioridade apostólica. Só assim seremos sinal de que vale a pena seguir Cristo.

Os cristãos eram também pessoas estimadas: «o povo enaltecia-os... e cada vez mais gente aderia ao Senhor pela fé». Seguramente que não devemos andar à procura do aplauso dos outros. Por outro lado, devemos facilitar que os outros encontrem em nós um estímulo para serem melhores. O nosso bom nome, proporcionado pelo nosso testemunho de vida, é a porta aberta para dar a conhecer a boa nova de Jesus. O Papa Bento XVI observava que a vida dos cristãos será para muitos o único catecismo em que poderão aprender a seguir Jesus. Com simplicidade, facilitemos aos outros a leitura do catecismo das nossas vidas.

Nas aparições do Ressuscitado, encontramos Jesus a transmitir confiança, alegria e paz. Nesta aparição repete a saudação: «A paz esteja convosco». Viver hoje na presença de Cristo é fonte de serenidade, equilíbrio, consolação e esperança.

A cena da incredulidade de Tomé, perante as aparições do Ressuscitado, tornou-se proverbial: só acredito se vir e tocar. É natural que no campo da nossa fé surjam dúvidas. Não há mal algum em ter dúvidas. O que importa é não estacionar nelas, mas aceitar o desafio para aprofundar e purificar a fé, como aconteceu com Tomé, que acaba por confessar: «Meu Senhor e meu Deus». Por vezes, queremos ter como que provas científicas das razões da nossa fé, pretendendo que tudo seja claro nos mistérios de Deus, com certezas matemáticas. Precisamos de uma inteligência humilde, aceitando a grandeza de Deus, que nos transcende, revelando-Se amorosamente a quem Lhe abre o seu coração. Como alguém afirmava: o crente de joelhos vê mais que o filósofo em bicos de pés.

O Papa São João Paulo II, no ano 2000, instituiu o «Domingo da Divina Misericórdia», a ser celebrado no domingo a seguir à Páscoa. A inspiração veio de Santa Faustina Kowalska, religiosa da Polónia, que teve especiais revelações do Sagrado Coração de Jesus. A misericórdia é uma dimensão fundamental da fé cristã, que o Papa Francisco vigorosamente tem procurado transmitir, inclusive pela celebração do «Ano Santo da Misericórdia» (2015-2016): «a misericórdia é a trave-mestra que sustenta a vida da Igreja».

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