Na noite da Vigília de Páscoa, celebramos a ressurreição de Cristo, desafiando a sua morte, que parecia o fim de tudo: «Ó morte, onde está a tua vitória? A morte foi derrotada, Cristo ressuscitou», canta um hino pascal.
A liturgia da Vigília Pascal começou a celebrar-se, na Igreja romana, em meados do século II. A reforma do Concílio Vaticano II pôs em relevo a simbologia batismal: o rito do fogo novo, a procissão de velas, o círio pascal, a bênção da água e a fonte batismal.
Nesta noite santa, renovamos as nossas promessas do Batismo e, quando há catecúmenos preparados, administra-se o sacramento do Batismo. É o nascimento, realizado ou recordado, para a vida nova em Cristo ressuscitado.
São Paulo, escrevendo aos cristãos de Roma, faz uma catequese batismal. Pelo batismo, tornamo-nos participantes da morte e da ressurreição de Cristo. A água que em nós é derramada significa que somos purificados, morrendo ao pecado, para ressuscitarmos para a nova vida da graça: «Se morremos com Cristo, acreditamos também que com Ele viveremos, sabendo que, uma vez ressuscitado dos mortos, Cristo já não pode morrer, a morte já não tem domínio sobre Ele». E, por sua imensa graça, o mesmo acontecerá connosco.
O Evangelho faz-nos encontrar a solicitude das mulheres que foram de manhã cedo ao túmulo onde Jesus tinha sido sepultado. Levavam um gesto de carinho: «perfumes que tinham preparado». Nada iria mudar no corpo inerte de Jesus. Contudo, lá ficava uma prova de amizade que, sendo profunda, sobrevive sempre, não há morte que a mate. Mas foram perfumes para um túmulo vazio, interpeladas por anjos: «Por que buscais entre os mortos Aquele que está vivo?. Não está aqui: ressuscitou». Estas palavras eram tão maravilhosas que pareciam um desvario. Pedro veio confirmar o que dava a impressão de ser um boato inventado por mulheres exaltadas. Afinal, Cristo, como tinha prometido, venceu a morte. Cristo ressuscitou, abrindo para nós a porta da nossa futura ressurreição. A luz venceu as trevas. A vida canta vitória sobre a morte derrotada por Cristo.
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