O bispo Tolentino Mendonça torna-se hoje no 46.º cardeal português da história, numa cerimónia no Vaticano, presidida pelo Papa Francisco, na qual se destaca o juramento de fidelidade e obediência ao chefe da Igreja Católica.
A cerimónia, o sexto consistório ordinário público do pontificado de Francisco, começa às 16:00 locais (menos uma hora em Lisboa), com uma saudação dos novos cardeais ao Papa, seguindo-se uma oração e a leitura do Evangelho.
Francisco faz depois a leitura, em latim, da "fórmula de criação" e elenca os nomes dos novos cardeais, que fazem nesta altura a profissão de fé e o juramento de fidelidade e obediência ao pontífice e aos seus sucessores.
Segundo o guião da cerimónia disponibilizado pelo Vaticano, Tolentino Mendonça, que é o responsável pelo Arquivo Secreto e Biblioteca Apostólica do Vaticano, será o segundo de uma lista de 10 cardeais eleitores a ser criado cardeal e passará a usar as habituais vestes, cuja cor vermelha distingue os cardeais.
Outros três símbolos, além do solidéu vermelho e da cruz peitoral, distinguem um cardeal e que são entregues pelo Papa: o barrete vermelho, o anel e a bula.
Na celebração, segue-se a imposição do barrete cardinalício aos novos cardeais, que simboliza a prontidão para agir com coragem, até com derramamento de sangue, para a defesa da fé cristã, para a paz e tranquilidade dos cristãos, e para a liberdade e crescimento da Igreja Católica.
Já o anel é expressão de uma união mais forte entre o cardeal e a Igreja.
A cada cardeal é ainda entregue a bula de nomeação e atribuída a titularidade de uma igreja de Roma, que reforça a estreita união que os cardeais possuem com o Papa.
A cerimónia termina com o chamado abraço da paz de Francisco.
O presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque e o bispo do Funchal, D. Nuno Brás, são alguns dos que marcam presença nesta cerimónia.
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