domingo, 15 de dezembro de 2019

MEDITAÇÃO DIÁRIA Dom, 15 – Domingo III do Advento – Ano A

Is 35, 1-6a.10 / Slm 145 (146), 7-10 / Tg 5, 7-10 / Mt 11, 2-11

Falando em nome de Deus, o profeta Isaías proclama palavras que transbordam de alegria e esperança, animando o seu povo. O contexto social e religioso era dramático. O Templo de Jerusalém tinha sido destruído. As pessoas mais competentes foram deportadas para a Babilónia. Nas ruínas da cidade santa de Jerusalém ficaram os velhos e as crianças. Contentar-se com lamentações pessimistas só torna as tragédias mais trágicas. Quem está do lado de Deus omnipotente não pode deixar de ser profeta da esperança, imitando hoje o que fez Isaías no seu tempo.

O apóstolo Tiago, repetidamente, recomenda-nos a paciência. A eficácia a todo o custo leva-nos ao desânimo. Sigamos o exemplo do agricultor que pacientemente aguarda que a semente que lançou à terra venha a produzir fruto em tempo oportuno. Como afirma o grande escritor e pregador P. António Vieira, «a paciência é a ciência da paz». Bem sabemos que o seu contrário, a impaciência, nos torna intolerantes e agressivos. A paciência leva-nos a sermos donos de nós mesmos e a ter autoridade fraterna perante os outros. Precisamos do remédio da paciência, para que, não obstante todas as dificuldades, Cristo tenha o seu natal nos nossos corações.

O Evangelho relata-nos o desejo de João Batista, na prisão por dizer a verdade, de se certificar sobre a chegada do Messias salvador. Nem sempre é fácil discernir a presença de Deus em nós e nas situações que nos rodeiam. Pelos frutos conheceremos a árvore, recorda-nos o Evangelho, e aqui os frutos são prova evidente da presença da árvore da salvação: «os cegos veem, os coxos andam, os leprosos são curados, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam e a boa nova é anunciada aos pobres». Para a Igreja ser de Cristo, temos de unir a proclamação do Evangelho à dimensão sociocaritativa. A verdade tem de andar sempre de mãos dadas com a caridade..

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