Is 7, 10-14 / Slm 23 (24), 1-6 / Rm 1, 1-7 / Mt 1, 18-24
Acaz, rei de Israel, perante a ameaça dos assírios, no século VIII antes de Cristo, está prestes a ceder a soberania do seu povo aos invasores. O profeta Isaías desafia-o a confiar em Deus, pois só Ele é todo-poderoso. O sinal do auxílio divino irá ser: «a virgem conceberá e dará à luz um filho e o seu nome será Emanuel».
O título de «Emanuel», que significa Deus connosco, aplica-se plenamente a Jesus Cristo, pois é verdadeiramente um como nós. Heresias houve que negaram Jesus ser autenticamente humano, porque isso iria contra a dignidade do estatuto de Deus. A encarnação do Filho de Deus, cujo nascimento celebraremos dentro de dias, é um mistério maravilhoso em que Deus infinito assume por inteiro a nossa humanidade.
S. Paulo, no início da sua carta aos cristãos de Roma, recorda-lhes, e a nós também, que somos «amados por Deus». É uma identificação magnífica. Quem sou eu? Sou um «amado por Deus», título que nos honra e dignifica extraordinariamente. Mas isto cria em nós uma feliz obrigação. Por isso, Paulo acrescenta: somos «chamados a ser santos».
No Evangelho encontramos a chamada «anunciação a José», que era noivo de Maria. Mas o inexplicável acontece: antes de viverem em comum, José verifica que a sua noiva está grávida. Homem bom e justo, acha que a melhor solução para tão grave problema será abandonar Maria em segredo. Mas durante o sono um anjo apareceu-lhe para lhe explicar que o que não é possível aos homens é possível a Deus, pois «o que nela se gerou é fruto do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho e tu pôr-Lhe-ás o nome de Jesus, porque Ele salvará o povo dos seus pecados». Quem se confia a Deus acaba por verificar que se desfazem os becos-sem-saída.
Celebremos o Natal de Jesus, não apenas na companhia maternal de Maria, mas tendo bem presente a pessoa do justo José, elemento fundamental da família do Salvador e nosso intercessor para encontrarmos a solução dos problemas com a originalidade de Deus.
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