Caros amigos que nos visitais nesta página da
Internet, nesta ocasião tão especial que é celebração do nascimento do nosso
Deus. No Natal somos todos convidados a
entrar na gruta, transformada em catedral de luz, e a contemplar, nesta divina
claridade com os olhos de Maria, O menino de Belém, deitado sobre palhas. “O
Verbo era a Luz verdadeira que a todo o homem ilumina” (Jo 1,9). O silêncio,
música de fundo, no coração da noite, é a nova linguagem do amor, sinal de
acolhimento, respeito e adoração. Nesta escuta silenciosa em comunhão eclesial,
louvamos e adoramos, no Espírito Santo, o inefável amor do Pai, que nos dá como
presente de Natal o maior bem do mundo: o seu Filho Unigénito, cheio de bondade
e misericórdia.
Os sinais da manifestação de Deus,
por vezes desarmam-nos. Deus baixa-se até ao homem, envolto em pobres panos, e
revela-se em gestos de humildade, pequenez e pobreza.
De permeio ao silêncio adorador de
Maria e de José, um movimento inusitado surpreende os céus e as campinas de
Belém. Os Anjos cantam as glórias do Senhor e os pastores, vigilantes, acorrem
apressados ao presépio. Chegou o Emanuel o Deus connosco. O dinamismo do Natal
impele-nos a olhar os céus para discernir a vontade Deus e a contemplar a terra
para escutar os pedidos de socorro dos irmãos que precisam de nós. É impossível
escutar a voz de Deus sem escutar os outros, em particular o grito dos
oprimidos, dos marginalizados, dos pobres desprezados e dos doentes.
Deus enviou o Seu amado Filho, para
nos libertar da escravidão do pecado, e oferece a cada homem e a cada mulher a
possibilidade de viver a plenitude da vida n`Ele. Deus amou de tal maneira o
mundo que enviou o Seu Filho Unigénito para o salvar (cf.1Jo 4,14. A grandeza
deste amor sublime enche-nos de assombro e gratidão, porque Deus, para nos
enriquecer e engrandecer, revestiu-se da natureza humana e fez a Sua tenda
entre nós.
Só aos humildes o Senhor se revela,
só os pequenos têm acesso à gruta de Belém, onde se entra dobrando a cerviz da importância
da auto-suficiência, do amor próprio, vestindo a roupagem da generosa
disponibilidade no serviço. Irmãos deixemo-nos tocar verdadeiramente pelo
espírito do Natal.Pelo espírito de Deus, que é vida, mansidão e paz. O menino
que hoje nasceu é o príncipe da paz, é aquele que nos pode dar a verdadeira
paz.
Neste natal, saúdo com profunda
alegria e sincero afeto no Deus Menino todos os paroquianos de Colares, bem
como todos aqueles que nos visitam nesta altura do ano bem como aqueles que nos
visitam a partir deste blog. Além das luzes e ornamentos natalícios, que
embelezam as nossas ruas e as nossas casas, a alegria, a saudade e o amor
juntam as nossas famílias e amigos, em saudável convívio fraterno. Todos estes
gestos simples de profundo unem o passado e o presente. É tempo de festa e de
alegria que se prolonga durante a oitava do Natal, como se fosse um só dia. O
mistério do natal deve acontecer, todos os dias, na nossa vida!
Boas festas! Alegria! santo e Feliz
Natal!
Pe.
José António Rebelo da Silva.
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