domingo, 29 de dezembro de 2013

A FAMÍLIA

Famílias visitadas pela graça
Também a família de Nazaré teve as suas cruzes e as suas penas, a começar pela perda de Jesus em Jerusalém, aos doze anos; e, depois, a morte do pai José, a partida de Jesus de Nazaré, afastando-se de Maria, para cumprir uma missão árdua e difícil, até aos dias terríveis da paixão, que fizeram de Nossa Senhora a mãe de todas as dores. Muitas famílias se reconhecerão nesta imagem e se sentirão reconfortadas pelo exemplo da Sagrada Família nas muitas dores da existência quotidiana, com as doenças, as dificuldades económicas e as necessidades laborais que obrigam a viver longe de casa, até à morte das próprias pessoas queridas. Se cada família soubesse reconhecer a graça formidável do sacramento do Matrimónio, nela presente, também encontraria a força para superar desentendimentos e divisões e para curar diariamente as feridas a que a vida quotidiana não nos poupa.

A família é o centro natural da vida humana
Excertos de uma intervenção do cardeal Jorge Mario Bergoglio, hoje papa Francisco: «A família é o lugar da palavra porque está centrada no amor. As palavras ditas e escutadas na família não passam, mas giram sempre em torno do coração, iluminando-o, orientando-o, animando-o. O conselho paterno, a oração aprendida lendo os lábios maternos, a confiança fraterna, as histórias dos avós… são palavras que constituem o pequeno universo centrado em cada coração. (…) Muitas vezes os pais angustiam-se quando sentem que os filhos não comungam os seus valores. O que pode estar certo em determinado nível: a sociedade atual oferece às pessoas muitas coisas que antes oferecia família (e a escola), e que agora se adquirem por outros meios. Mas a centralidade da família, o refúgio da porta que se abre à intimidade, a alegria simples da mesa familiar, o lugar onde uma pessoa se cura das suas doenças e descansa, onde pode mostrar-se e ser aceite como é, esses valores continuam vigentes e são vitais para todo o coração humano.»

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