As parábolas transmitem uma impressão particularmente instrutiva
dos múltiplos mundos de trabalho e dos diferentes contextos de vida dos
contemporâneos de Jesus. Na sua diversidade situacional, revelam que o trabalho,
aos olhos de Jesus, constitui uma evidente missão; no seu mundo de trabalho, o
homem é percebido com todos os seus talentos e riqueza de ideias. A Jesus não
interessa o estatuto social de alguém ou o valor da sua atividade, por isso ele
pode falar muito naturalmente de um servo ou de um senhor, de um proprietário ou
de um criado, de um rei ou do seu exército. Jesus vem ele próprio do mundo do
trabalho e, durante a sua atividade pública, insere-se conscientemente no mundo
do homem trabalhador. Dá assim a entender que confirma o mundo com as suas
condições de vida e que vê no trabalho o elemento fundamental para a realização
do mundo.
Textos do Concílio Vaticano II: direito ao trabalho, direitos dos trabalhadores
Tendo em conta as funções e produtividade de cada um, bem
como a situação da empresa e o bem comum, o trabalho deve ser remunerado de
maneira a dar ao homem a possibilidade de cultivar dignamente a própria vida
material, social, cultural e espiritual e a dos seus. Dado que a atividade
económica é, na maior parte dos casos, fruto do trabalho associado dos homens, é
injusto e desumano organizá-la e dispô-la de tal modo que isso resulte em
prejuízo para qualquer dos que trabalham.
Sem comentários:
Enviar um comentário