Fátima:
destino de vidas, preces e conversões |
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Durante três dias e mais de 60 quilómetros a
palmilhar campo e estrada, teve de se despojar de todo o conforto com que vive
no dia a dia. Nunca tinha andado tanto na vida. Não se recorda de estar tanto
tempo trajada com fato de treino e ténis, sem joias ou maquilhagem. Nunca
dividira a casa de banho com ninguém, muito menos experimentara alguma vez tomar
duche junto de dez outras mulheres. Mas fê-lo. Nunca lhe passou pela cabeça que
um dia dormiria no chão de uma garagem de bombeiros, com o corpo esticado num
retângulo de espuma, literalmente encostado às cabeças e aos pés de dezenas de
peregrinos. «Pensei em trazer o cartão de crédito, mas se o trouxesse não
resistia e caía em tentação.» Apesar do esforço nunca pensou desistir. Há dois
anos repetiu que Deus não existe. Não pode existir. Desde que a irmã mais velha
morreu no final de uma gravidez, com uma septicemia, a sua fé desmoronou-se.
«Mas é impossível viver sem acreditar em Deus.»
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