Os mais de 26 milhões de
desempregados na Europa, entre os quais imensos jovens, a vulnerabilidade e a
tristeza crescentes de tanta gente, são sinais inequívocos de que o nosso tempo
precisa de inovações grandes, de topo. A Igreja do papa Francisco está a criar
um ambiente propício para possíveis novas grandes inovações sociais e económicas
de topo. Mas para que este ambiente seja povoado por novo trabalho, direitos,
vida, era precisa a força de Isaías e de Jeremias; ou a força dos carismas. Uma
Catarina de Sena, um D. Bosco, um Martin Luther King olhariam hoje para as
nossas cidades dos seus cumes. Descobririam nas multidões a fome de trabalho e
de vida verdadeira, o medo do presente e do futuro dos filhos. Comover-se-iam,
amar-nos-iam com o seu olhar diferente e alto, e começariam logo a agir,
inovando verdadeiramente. Mas onde estão os profetas de hoje?
Providência de Deus também está nas nossas mãos, sublinha papa, que aponta caminho para a Quaresma
Se cada um de nós não acumula riqueza só para si mas coloca-a ao
serviço dos outros, a Providência de Deus torna-se visível nestes gestos de
solidariedade. Se, no entanto, há quem acumule só para si, o que lhe acontecerá
quando for chamado por Deus? Não poderá levar a riqueza consigo porque – como
sabeis – a mortalha não tem bolsos! É melhor partilhar, porque nós levamos para
o Céu apenas o que partilhámos com os outros. Esta semana iniciaremos a
Quaresma, que é o caminho do Povo de Deus até à Páscoa, um caminho de conversão,
de luta contra o mal com as armas da oração, do jejum, da misericórdia. A
humanidade precisa de justiça, de reconciliação, de paz, e poderá tê-las apenas
se voltar de todo o coração a Deus, que é a sua fonte. Também todos nós
precisamos do perdão de Deus. Entremos na Quaresma em espírito de adoração a
Deus e de solidariedade com quantos, neste tempo, são mais provados pela
indigência e por conflitos violentos.
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