A comunhão é felicidade,
bem-estar, bem-viver. Mas dentro de nós e à nossa volta a vida mostra-nos
continuamente um espetáculo de não-comunhão. Dizer – e recordá-lo sempre – que a
comunhão é vocação da humanidade significa ter uma ideia acerca da saúde e da
doença das sociedades humanas. O humanismo hebraico-cristão, por exemplo,
fala-nos de um início da humanidade na comunhão, um início que é também o fim
último da história, a meta para a qual tendemos. A não-comunhão não é nem a
primeira nem a última palavra sobre o destino do homem. Dizer que a comunhão é a
saúde e a não-comunhão a doença, significa ter uma ideia da terapia necessária.
A cultura dominante, pelo contrário, está a inverter esta ordem e transformou a
doença em saúde. É o que faz quando diz que a rivalidade, a inveja e a
prepotência são os principais agentes de crescimento económico; e que a
concórdia, a gratuidade e a igualdade não fazem crescer o PIB.
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